Grande parte da Família ainda desconhece a chamada linhagem “Malkoviana” e seus dons peculiares e ameaçadores. Os Lunáticos são poucos: uma situação que aqueles que os conhecem gostariam de perpetuar a qualquer custo.
Entre os preocupados anciões Ventrue, a história sobre a origem dos Malkovianos já foi confirmada. Parece que um certo Dr. James Griffin Hartleigh, do Broadmoor Criminal Lunatic Asylum (Manicômio Penal de Broadmoor), Inglaterra, certo dia se interessou por um de seus pacientes, um tal Anton Malkov, Dizia-se que Malkov era parente dos czares da Rússia, sendo esse o principal motivo, segundo Hartleigh acreditava, para Malkov ter sido trazido a Broadmoor durante a noite (afinal o manicômio abrigava muitos internos cujo paradeiro era um segredo, a não ser para suas famílias ricas e envergonhadas). Hartleigh nunca soube os pormenores do crime cometido pelo pobre-diabo, mas o diretor havia-lhe recomendado veementemente nunca tocar Malkov nem fitá-lo nos olhos. Além disso, apesar de ser um recluso que raramente deixava a sua cela escura, Malkov parecia exercer um estranho fascínio sobre os outros loucos. Hartleigh o considerava um caso intrigante, e suas desconexas entrevistas só fizeram aguçar-lhe o interesse. Evidentemente, Malkov sentia o mesmo. Ou pelo menos não haveria outra razão concebível para ele decidir Abraçar tal médico.
Hartleigh, ainda tonto, foi para casa naquela mesma noite e matou a esposa. Ainda hoje ele não consegue lembrar precisamente o que o motivou a fazê-lo. Está certo que ele sempre tivera algumas dúvidas sobre a relação da mulher com o cozinheiro, mas…bem, não importa. Ao voltar a si e ver-se sugando avidamente o sangue da esposa, até mesmo um poço de Razão como ele era obrigado a admitir que algo estava muito errado. Depois de acobertar apressadamente o crime (o que infelizmente, exigiu outro assassinato), Hartçeigh voltou ao manicômio para exigir uma explicação de Malkov. O lunático o afugentou com sua risada zombeteira e retumbante. O médico nunca se atreveu a retornar.
Depois de alguns meses de investigação árdua, Hartleigh localizou um cavalheiro idoso e solitário cujo nome era mencionado nos documentos de Malkov. Pena que essa pessoa ilustre não era muito acessível. De fato, ele pareceu bastante melindrado ao saber onde o desgarrado Malkov havia se escondido, e ficou imediatamente colérico quando Hartleigh perguntou se ele e Malkov tinham algum parentesco e se o cavalheiro sabia de algum caso de insanidade ou doenças sanguíneas na família. Por fim, o Ventrue se exasperou com aquele vergonhoso despropósito de infante-neto e invadiu a mente de Hartleigh. Contudo, na intimidade do contato psíquico, Hartleigh contra-atacou por reflexo…e encontrou algo que ele poderia distorcer.
Com uma facilidade surpreendente, ele deixou o vampiro ancião num estado não muito diferente daquele no qual ele mesmo se comportara de maneira tão lastimável.
Desde então, Hartleigh Abraçou vários infantes: médicos a serem “consultados” e fidalgotes para se infiltrar entre os Ventrue e procurar as respostas que seus irmãos de clã, escandalizados lhe haviam negado. Com o tempo, alguns desses infantes se separaram do rebanho, como fizera Malkov e geraram estirpes próprias.
Até hoje a linhagem não tentou seriamente reivindicar o status que, em teoria, lhe é devido como uma inovação do Sangue; sua criação parece ter sido profundamente indesejada.
Os Ventrues se recentem da atenção que os Malkovianos atraem por sua própria instabilidade mental e, como os Ventrue e os Malkovianos às vezes são difíceis de distinguir uns dos outros, poucos Lordes ousam descartar a terrível possibilidade de uma contaminação secreta do clã como um todo.
Muitos vampiros de outras estirpes também tendem a enlouquecer com o passar do tempo, e eles certamente não querem a “ajuda” de ninguém nesse quesito.
Para aqueles que não tem essa propensão, suas mentes são o último santuário que lhes resta, a única coisa com a qual ainda podem contar depois de seus corpos terem se transformado de maneira tão monstruosa e de seus instintos terem sucumbido à Fera. E assim, a maioria dos lLnáticos sabiamente se orienta em levar seus Réquiens de modo a não incitar a ira de outros membros da Família. É claro que até mesmo o mais despretencioso Malkoviano ocasionalmente se vê importunado por alguém que parece merecer o gostinho da maldição que ele tanto se esforçou para suportar com dignidade.
Clã de origem: Ventrue
Alcunha: Lunáticos
Coalizão: A maioria dos Malkovianos finge ser outras coisas, na maioria das vezes Ventrues, e costumam dar preferência a Coalizões que mais fazem sentido para as identidades que assumem. Assim, muitos se não a maioria pertencem ao Invictus. A tendência ao fanatismo da Lancea Sanctum também atrai alguns, principalmente os afligidos por obsessções e visões. Alguns solicitam filiação ao Ordo Dracul e ao Circulo da Ancião, ávidos pelo alívio que o conhecimento místico pode trazer, mas geralmente são marginalizados em algum momento do processo de iniciação.
Disciplinas da linhagem: Auspício, Dominação, Ofuscação e Resiliência
Fraqueza: Os Malkovianos estão sujeitos à fraqueza do Clã Ventrue (penalidade de -2 nos testes de Humanidade realizados com o propósito de evitar perturbações depois de falhar em um tesde de degeneração). Além disso, todos os Malkovianos são obrigados a adquirir uma perturbação “fundamental” que será sua para sempre.