A cada ano tento começar com algo
diferente. E, para fugir apenas das tradições roqueiras,
2005 abre com um artista mais do que especial: John Coltrane e
sua obra-prima, A Love Supreme. Um dos discos mais importantes
e influentes da história (abriu as portas até para
o psicodelismo, e era umas das grandes paixões de Roger
McGuinn dos Byrds). A Love Supreme sedimentou o nome de Coltrane
com o maior saxofonista depois do jazz depois de Charlie Parker
e um dos músicos mais importantes, revolucionários,
estudiosos e influentes desde então. A Love Supreme é
mais do que um disco de quatro temas; é sua homenagem a
Deus, e segundo o próprio músico, a única
vez em que conseguiu imaginar toda a música em sua cabeça
e saber exatamente o que queria. Se algum disco chegou perto de
ser chamado de "música sagrada" é este.
Aliás, Coltrane era considerado quase um santo por fãs
e colegas, e sua morte em 1967, de câncer no fígado,
foi um choque devastador para o mundo musical.
O
público ficou atônito e surpreso quando Miles Davis
se aproximou do microfone para dizer algumas palavras, já
que Miles se dirigir ao público no meio de um show era
algo impensável tanto para os fãs como até
para ele próprio.
Porém, o motivo
era mais do que especial, afinal ele tinha um triste anúncio
para fazer: John Coltrane o comunicara que estava deixando o quinteto
para seguir seu próprio caminho.
A decisão deixou
Miles arrasado, pois sabia que nunca mais teria em sua banda um
músico com tal calibre. Mas se o mundo perdia uma das mais
fantásticas dupla do jazz, ganhava mais um gênio
que marcaria época com sua própria banda e, em outros
trabalhos. Nunca mais a música (incluindo o rock) soaria
mais da mesma maneira. E essa influência seria escancarada
de maneira definitiva com A Love Supreme.
John Coltrane conseguiu
criar em torno de si um grande mito, de maneira intencional ou
não. Aliás, a única que praticamente lhe
importava era a música, tanto a ocidental como a oriental.
Nascido na improvável cidade de Hamlet, na Carolina do
Norte, no dia 23 de setembro de 1926, com o nome de batismo de
John William Coltrane, era filho de um alfaiate que morreu quando
ele tinha 12 anos.
Porém, começou
a se interessar seriamente pela música aos 17 anos, quando
resolveu ser músico profissional.
Estudioso, sério
e com grande apetite para aprendizado, Coltrane sempre tentou
ter uma grande disciplina para o trabalho. Ainda jovem, conheceu
um de seus ídolos, Charlie Parker, que lhe ensinou a tocar
sax alto.
Mas
foi no sax tenor, que Coltrane fez fama e começou a arregimentar
fãs. Depois de passar pela banda de Dizzy Gillespie, o
maior amigo de “Bird” Parker, acabou entrando no novo
quinteto que Miles Davis estava formando.
Coltrane não era
a opção favorita de Miles, que queria Sonny Rollins
para o grupo, mas logo viu que tinha achado o melhor saxofonista
que poderia encontrar.
O estilo econômico
e com grande liberdade de improvisação de Miles
fez Coltrane crescer de forma assustadora. Em pouco tempo ele
era a estrela maior do quinteto (após o líder, evidentemente),
em um time de notáveis, como o baterista Phily Joe Jones,
o pianista Red Garland e o baixista Paul Chambers.
(John
Coltrane e Dizzy Gillespie)
Porém,
ao mesmo tempo em que ia galgando na carreira, Coltrane enfrentava
uma dura luta com as drogas, especialmente a heroína. Por
causa dela, ele se ausentou do grupo de Miles entre 1956 e 1957,
sendo substituído por Sonny Rollins.
“Trane” (como
ficou conhecido por músicos, amigos e fãs) percebeu
que não seria possível conciliar o álcool
e as drogas pesadas com sua música e tomou uma atitude
corajosa ao tentar abandonar tudo e se concentrar apenas em sua
arte. Para isso, contou com o apoio de duas mulheres; sua esposa
Naima e sua mãe.
A luta não foi fácil,
mas Coltrane conseguiu e logo depois voltava ao grupo de Miles,
que era agora um sexteto, com a entrada de Julian “Cannonball”
Aderley no sax alto, Bill Evans no piano e Jimmy Cobb, na bateria.
Com esse time – acrescido
de Wynton Kelly nas gravações – o grupo produziu
o disco que é considerado o mais importante da história
do jazz, Kind Of Blue, que oportunamente será
comentado com mais detalhes neste espaço.
Pouco
tempo depois, Coltrane diria a Miles que deixaria o grupo para
cuidar mais de sua própria carreira. Coltrane tinha uma
visão mais mística do que Miles sobre a música.
Livre das drogas, concentrou-se
em explorar novos territórios, tentando misturar a música
africana e indiana em seu trabalho.
No mesmo ano em que é
lançado Kind Of Blue, ele lança
Giant Steps, um disco exuberante, que trazia
uma canção intitulada “Naima”, homenagem
à sua esposa e que acabou sendo sua composição
favorita em todo seu catálogo.
Coltrane ainda não
tinha um grupo fixo e nesse trabalho contou com a ajuda de Paul
Chambers, Jimmy Cobb e Wynton Kelly (os dois últimos na
própria “Naima”), além de Art Taylor
(bateria) e Tommy Flanagan (piano).
Coltrane já começava
a explorar outros ritmos e tinha particular predileção
pelo músico Ravi Shankar, a tal ponto de dar o nome do
indiano a um de seus filhos, isso antes dos dois se conhecerem.
Com uma disciplina imensa para trabalhar, Coltrane encontrava
sempre muitos locais para tocar e como não gostava de faltar
a nenhum compromisso, era cada vez mais requisitado.
Foi somente em 1960 que
pensou em formar um grupo, The John Coltrane Quartet. Mas até
chegar à formação clássica –
McCoy Tyner (piano), Jimmy Garrison (baixo) e Elvin Jones (bateria)
houve um longo caminho.
McCoy,
por exemplo, foi o pianista com o qual sempre quis trabalhar,
mas como McCoy ainda não estava disponível optou
por Steve Kuhn, de 22 anos, recém-graduado em Harvard.
Para o baixo, convidou Steve Davis.
A bateria foi o instrumento
que mais preocupava Coltrane. A sua vontade era contratar imediatamente
Elvin Jones, mas como ele cumpria pena por porte de drogas, acabou
chamando Pete LaRoca, recomendado por Kuhn.
Mas o próprio Kuhn
teve vida curta no grupo, já que ele não conseguia
tocar o que Coltrane exigia. Após seis semanas com o pianista
e usando toda sua elegância e educação, Coltrane
avisou que seria obrigado a promover uma mudança, já
que o pianista não conseguia executar o que ele queria.
E, aproveitando que Mccoy
Tyner estava disponível, o contratou. Com
os três, Coltrane começou a fazer uma excursão
pelo país, e ao invés de escrever novas músicas,
ficava horas e horas praticando com seu sax tenor e também
com um sax soprano, instrumento que encontrava dificuldades para
tocar.
Enquanto
treinava, Coltrane procurava saber notícias de Elvin, já
que LaRoca o deixava desanimado, por não tocar de uma maneira
com a qual John sonhava: alta, enérgica. Em Detroit chamou
Billy Higgins, mas ainda assim não era o som que tanto
desejava. Mas em Los Angeles as coisas mudaram.
Após dispensar o
baterista, encontrou Thad Jones, trompetista e irmão de
Elvin e que estava na cidade tocando com Count Basie. Ao vê-lo
soube que seu irmão acabara de ser solto e pegou um número
de telefone. Ao ligar para Elvin, fez duas perguntas: se ele estava
longe das drogas e se queria tocar em seu grupo. Exultante, Elvin
disse sim às duas perguntas (embora tenha mentido sobre
narcóticos). E assim, Coltrane tinha o baterista que tanto
sonhara.
Meses depois, Coltrane
fez outra mudança. Usando novamente toda sua diplomacia,
aproximou-se de Steve Davis e disse, mais uma vez, que precisaria
fazer uma mudança. Dessa maneira, Reggie Workman entrou
no lugar do baixista.
Após
uma série de bons discos em 1960 e receber o prêmio
de músico do ano da conceituada revista Down Beat,
Coltrane conheceu Eric Dolphy, que tocava sax, clarineta e flauta.
Dolphy era a pessoa que Coltrane tanto procurava e o convidou
para cuidar dos arranjos de dois discos, Africa/Brass
e Olé Coltrane.
Esse dois discos marcavam
a estréia de Coltrane em um novo selo, Impulse!. E a Impulse!
ofereceu a Coltrane um contrato que faria dele o mais bem pago
músico de jazz, sendo superado apenas por Miles Davis.
O contrato era simples:
por um ano (com opção de renovação
por mais dois anos) Coltrane receberia US$ 50 mil dólares
adiantados, divididos em três parcelas: US$ 10 mil no primeiro
ano e US$ 20 mil nos anos seguintes. O contrato o obrigava lançar,
pelo menos dois discos a cada ano e para escapar dos altos impostos,
os royalties seriam pagos em quatro parcelas trimestrais
de US$ 2.500.
Se esse contrato assustaria
qualquer músico de hoje em dia, para Coltrane era um alívio.
Finalmente seria bem pago para fazer aquilo que lhe parecia a
coisa mais natural do mundo: gravar.
Assim,
Coltrane começou a produzir um disco mais inovador do que
outro em seqüência. Suas obras estavam longe de serem
facilmente assimiladas e há quem o acusasse de não
ter a mesma delicadeza ou riqueza de um Lester Young.
Mas o caminho dele era
outro. Coltrane queria explorar fronteiras onde ninguém
havia chegado. No final do ano, ele substituiu Reggie Workman
por Jimmy Garrison, consolidando a clássica formação
de seu quarteto, com Elvin Jones na bateria, McCoy Tyner no piano
e Garrison no baixo.
O ritmo de trabalho de
Coltrane era exaustivo, mas os músicos entendiam perfeitamente
a necessidade dele de gravar e se expressar. Após abandonar
as drogas, Coltrane começou a enfrentar problemas com o
excesso de peso corporal e tomava várias precauções
com sua saúde, embora seu peso oscilasse muito ao longo
dos anos.
De todos os músicos
o que mais o agradava era Elvin, que considerava seu irmão
gêmeo. Apenas Elvin era capaz de reproduzir na bateria o
vulcão que era Coltrane no sax tenor. Cada vez mais místico
e voltado para Deus, Coltrane perdoava o temperamento instável
e explosivo do baterista.
Na biografia Chasin’
the Trane de J.C. Thomas, Elvin conta uma história
interessante: após pedir o carro de Coltrane para ir a
um encontro, Elvin o destruiu ao colidir com uma árvore,
na volta. Embora tenha saído ileso, ficou com medo da reação
de Coltrane. Quando contou a ele que havia destruído seu
veículo, ficou surpreso com a resposta: “Bem, eu
posso conseguir outro carro, mas não outro Elvin.”
Com
o quarteto solidificado, Coltrane pode fazer todos os discos que
desejava e para grande surpresa da Impulse!, tornou-se um excelente
vendedor de vinis.
Porém, sua vida
pessoal sofria com o ritmo totalmente voltado ao trabalho e em
1963 separou-se de Naima. Mas logo conheceu Alice com quem se
casaria e viveria até sua morte, em 1967.
Em abril de 1964, teve
seu contrato renovado com a Impulse! em bases muito melhores.
Mantendo o mesmo esquema (um ano com opção de renovar
por mais dois), receberia agora US$ 25 mil dólares adiantados,
a cada ano. Coltrane era o músico de maior vendagem do
selo, e cada disco seu vendia entre 25 mil a 50 mil cópias,
um número excelente para um disco de jazz. A Love
Supreme seria um caso à parte, vendendo mais de
100 mil cópias em aproximadamente um ano.
Apesar de seus discos não
aparecerem nas paradas de sucesso, Bob Thiele, produtor do selo,
fez um interessante comentário: “John vendia muito
para um músico de jazz, mas eu quase nunca ouvia sua música
em rádio e me perguntava, afinal, quem comprava seus discos.
Então, quando comecei a visitar várias escolas e
universidades em um programa educacional, descobri que ele tinha
um enorme público entre os estudantes e vi que eram eles
os amantes de sua música.”
E no mesmo ano que renovou o contrato com a Impulse!, Coltrane
lançaria sua obra máxima, A Love Supreme.
Quando
se preparava para gravar o disco, ele tinha duas imagens em mente:
Deus e o físico alemão Albert Einstein, de quem
era fã. Coltrane o considerava uma pessoa iluminada e gostava
de conversar sobre como a música derivava da matemática,
da maneira que os intervalos afetam alguns acordes e como poderia
ser usada para criar uma nova ordem musical.
Matemática, à
parte, era Deus também que o inspirava. Deus e seu lado
místico, principalmente por estar estudando a cabala. Por
isso, quando Coltrane reuniu o quarteto para gravar o disco, dizia
que muitas vezes conversava com o Senhor por horas. Durante esses
meses, ele começou a sentir dores na barriga, dores essas
que acabariam resultando no câncer de fígado que
o mataria.
Coltrane queria entender
os mistérios da vida, da morte e para muitas pessoas era
um prenúncio de que não viveria muito mais. Particularmente,
sua mãe ficava exasperada ao ouvir seu filho dizer que
havia composto A Love Supreme como um presente
a Deus. Isso era um sinal de que Ele o estava chamando e que logo
iria embora.
Verdade, ou não,
Coltrane escreveu no encarte original do disco que experimentou
a graça de Deus em 1957, que o conduziu a uma vida mais
produtiva e rica. Coltrane diz ainda que o disco é um humilde
presente a Ele e termina com a frase “Louvado seja Deus”.
Durante
a gravação, Coltrane deixou clara sua emoção,
dizendo que era a primeira vez que recebia toda a música
que queria gravar e era, de fato, a primeira vez que tinha tudo
pronto.
E o que ele tinha pronto
era quase um mantra, dividido em quatro partes: “Acknowledgment”,
“Resolution”, “Pursuance” e “Psalm”.
A primeira faixa, “Acknowledgment”,
surpreende com uma pequena intervenção vocal de
Joh, recitando, em forma de mantra, o título do disco.
Cada faixa levou o título de Part 1, Part 2, Part 3 e Part
4 do produtor Bob Thiele, que editou as duas primeiras no lado
A e as outras duas no lado B do disco. O mais impressionante é
que as duas últimas faixas foram gravadas em apenas um
take, com um pequeno intervalo para que John explicasse
o que queria.
McCoy Tyner relembra que
algumas músicas já tinham sido tocadas em concertos
e que John fazia isso porque gostava de experimentá-las,
dar uma nova roupagem a elas.
Com A Love Supreme
e seus pouco mais de 32 minutos de música, Coltrane expandiu
seu universo para um lugar onde não poderia mais voltar.
Phil Lesh (Grateful Dead) e Roger McGuinn (Byrds) poderiam falar
horas de como a música de Coltrane influenciou não
apenas a eles, mas também a toda uma geração
de músicos que criaram o movimento hippie, e o rock dos
anos 60, que particularmente não interessava Coltrane.
Daí em diante, Coltrane
entraria em trabalhos cada vez mais intrincados, viscerais, pesados,
e que afugentariam boa parte dos seus fãs. Sobre isso,
o músico afirmava que estava ciente de que perdia adeptos
de seus sons, mas que não podia fazer nada a respeito,
pois só se interessava em progredir e que se o preço
fosse esse, arcaria sem reclamar. Vale acrescentar que a foto
da capa do disco foi tirada pelo produtor Bob Thiele, em 1962,
quando Coltrane gravou um disco em parceria com o não menos
lendário Duke Ellington.
Mas
mesmo que a música de Coltrane tenha entrado numa espiral
muito experimental e incompreendida, ele continuou tocando até
que o câncer o levou às quatro da manhã de
17 de julho de 1967.
Nunca mais a música
– seja ela o jazz ou qualquer outra – experimentaria
tanta inovação. Nem Hendrix, nem ninguém,
teve tempo ou talento para tanto.
Encerro com o poema “A
Love Supreme” escrito pelo próprio. Um abraço
e até a próxima coluna.
I will do all I
can to be worthy of Thee O Lord.
It all has to do with it.
Thank you God.
Peace.
There is no other.
God is. It is so beautiful.
Thank you God. God is all.
Help us to resolve our fears and weakness.
Thank you God.
In You all things are possible.
We know. God made us so.
Keep you eye on God.
God is. He always was. He always will be.
No matter what... it is God.
He is gracious and merciful.
It is most important that I know Thee.
Words, sounds, speech, men, memory, thoughts,
fears and emotions – time – all related...
all made from one... all made in one.
Blessed be His name.
Thought waves – heat waves – all vibrations –
all paths lead to God. Thank you God.
His way... it is so lovely... it’s gracious.
It is merciful. Thank you God.
One thought can produce millions of vibrations
and they all go back to God... everything does.
Thank you God.
Have no fear... believe... Thank you God.
The universe hás many wonders. God is all.
His way... it is so wonderful.
Thoughts – deeds – vibrations, etc.
They all go back to God. He cleanses all.
He is gracious and merciful... Thank you God.
Glory to God. God is so alive.
God is.
God loves.
May I be acceptable in Thy sight.
We are all in His grace.
The fact that we do exist is acknowlodgement
of Thee O Lord.
Thank you God.
God will wash way all our tears...
He always has...
His always will.
Seek His everyday. In all ways seek God everyday.
Let us sing all songs to God.
To whom all praise is due... praise God.
No road is na easy one, but they all
go backto God.
With all we share God.
It is all with God.
It is all with Thee.
Obey the Lord.
Blessed is He.
We are from one thing... the will of God...
Thank you God.
I have seen God – I have seen ungodly –
none can be greater – none can compare to God
Thank you God.
He will remake us... He always has and He
always will.
It is true – blessed be His name - Thank you God.
God breathes through us so completely...
so gently we hardly fell it.. yet.
it is our everything.
Thank you God.
ELATION – ELEGANCE – EXALATION –
All from God.
Thank you God. Amen.
Discografia-solo
Dakar (1957)
Coltrane (1957)
Lush Life (1957)
Traneing In (1957)
Blue Train (1957)
Cattin’ With Coltrane and Quinichette (1957)
Wheelin’ And Dealin’ (1957)
The Believer (1957)
The Last Trane (1957)
Soultrane (1958)
Settin’ The Pace (1958)
Black Pearls (1958)
Standard Coltrane (1958)
The Stardust Session (1958)
Bahia (1958)
Coltrane Time (1958)
Blue Trane: John Coltrane Plays The Blues (1958)
Like Sonny (1958)
Giant Steps (1959)
Coltrane Jazz (1959)
Echoes Of An Era (1959)
My Favorite Things (1960)
Coltrane’s Sound (1960)
Coltrane Plays The Blues (1960)
The Best of John Coltrane (1961)
The Heavyweight Champion (1961)
Africa/Brass (1961)
Olé Coltrane (1961)
The Complete Africa/Brass (1961)
Live At The Village Vanguard (1961)
Impressions (1961)
The Complete Paris Concerts (1961)
The Complete Copenhagen Concerts (1961)
Live In Stockholm, 1961 (1961)
Ballads (1961)
Coltrane (1962)
From The Original Master Tapes (1962)
Live At Birdland (1962)
The European Tour (1962)
The Complete Graz Concert vol 1 (1962)
The Complete Graz Concert vol 2 (1962)
The Complete Stockholm Concert vol 1 (1962)
The Complete Stockholm Concert vol 2 (1962)
Stockholm’62 The Complete Second Concert vol 1 (1962)
Stockholm’62 The Complete Second Concert vol 1 (1962)
Coltrane Live At Birdland (1963)
The Gentle Side of John Coltrane (1963)
The Paris Concert (1963)
‘63 The Complete Conpenhagen Concert vol 1 (1963)
‘63 The Complete Conpenhagen Concert vol 1 (1963)
Live In Stockholm,1963 (1963)
Afro Blue Impressions (1963)
Newport ‘63 (1963)
Coast To Coast (1964)
Crescent (1964)
A Love Supreme (1964)
Dear Old Stockholm (1964)
The John Coltrane Quartet Plays (1965)
The Major Works of John Coltrane (1965)
Transition (1965)
New Thing At Newport (1965)
Live In Paris (1965)
Live In Antibes 1965 (1965)
Love In Paris (1965)
A Love Supreme: Live In Concert (1965)
A Live Supreme (1965)
New York City ’65 vol 1 (1965)
New York City ’65 vol 2 (1965)
Live In Seattle (1965)
OM (1965)
First Meditations (1965)
Meditations (1965)
Sun Ship (1965)
Kulu Se Mama (1965)
Live At The Village Vanguard Again! (1966)
Live In Japan (1966)
Interstellar Space (1966)
Stellar Regions (1966)
Expression (1967)
A John Coltrane Retrospective (1967)
Discografia com
outros músicos
com Dizzy Gillespie
Dee Gee Days (1952)
com Johnny Hodges
Used To Be Duke (1954)
com Miles Davis (quando músico fixo da banda de
Miles Davis)
Miles (1955)
Cookin’ (1956)
Relaxin’ (1956)
Workin’ (1956)
Steamin’ (1956)
‘Round About Midnight (1956)
Milestones (1958)
Miles And Coltrane (1958)
‘58 Sessions (1958)
Compact Jazz/Miles Davis (1958)
Mostly Miles (1958)
Live In New York (1958)
Kind Of Blue (1959)
On Green Dolphin Street (1960)
Live In Zurich (1960)
Miles Davis In Stockholm (1960)
com Miles Davis
(já não mais como membro fixo, apenas convidado)
Some Day My Prince Will Come (1961)
Circle In The Round (1961)
com Tadd Dameron
Mating Call (1956)
com Paul Chambers
Chamber’s Music (1956)
com Elmo Hope
The All Star Sessions (1956)
com Sonny Rollins
Tenor Madness (1956)
com Prestige All
Stars
Tenor Conclave (1956)
Interplay For Two Trumpets And Two Tenors (1956)
The Cats (1957)
com Thelonious
Monk
Thelonious Himself (1957)
Thelonious Monk With John Coltrane (1957, lançado em 1961)
Monk’s Music (1957)
Live At The Five Spot Discovery! (1958)
The Complete Riverside Recordings (1958)
The Complete Blue Note Recordings (1958)
com Oscar Pettiford
Winners’s Circle (1957)
com Art Blakey
Art Blakey’s Big Band (1957)
com Sonny Clark
Sonny’s Crib (1957)
com Wilbur Harden
Dial Africa (1958)
Africa – The Savoy Sessions (1958)
com Cannonball
Adderley
Cannonball & John Coltrane (1959)
com Milt Jackson
Bags & Trane (1959)
com Don Cherry
The Avant-Garde (1960)
com Eric Dolphy
John Coltrane Quartet With Eric Dolphy (1961)
John Coltrane Meets Eric Dolphy (1961)
com Duke Ellington
Duke Ellington & John Coltrane (1962)
com Johnny Hartman
John Coltrane And Johnny Hartman (1963)
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