169 - Dead Kennedys


Que Johnny Rotten que nada! Se você quer saber quem foi o verdadeiro anti-cristo do rock leia esse texto. Ninguém merece mais esse título do que Jello Biafra. Ninguém incomodou mais a conservadora e retrógrada sociedade norte-americana do que o ex-líder do Dead Kennedys. Jello foi (e ainda é) um dos maiores agitadores da cultura alternativa mundial, e por causa disso foi processado inúmeras vezes, inclusive por seus colegas de banda que lhe tomaram o nome e limparam seu bolso. Em protesto a isso, falarei apenas de seus anos, porque o que sobrou dos Dead Kennedys é tão relevante quanto seria a volta dos Smiths sem Morrissey...


Jello BiafraSe tem um cara que sabe incomodar é Jello Biafra. Líder da mais anarquista banda de todos os tempos, ele é também um dos maiores lutadores contra as grandes organizações multinacionais. Jello luta pelo utópico: melhor distribuição de renda, fim do racismo, da violência. Perto dele, Bono é apenas um seminarista.

Eric Boucher (seu nome real) sempre foi uma pessoa que resolveu lutar contra o sistema e a mediocridade. Jello (ou Eric) nasceu em Boulder, estado do Colorado, e assim que conseguiu, largou a medíocre vida que levava.

Acabou parando em San Francisco, a meca dos hippies nos anos 60 e um dos lugares mais improváveis para Jello, que odiava toda a mística dos anos 60 - "eu jamais consegui ser afetado ou gostar de Grateful Dead, um bando de velhos idiotas que ficam se drogando e masturbando suas guitarras" - e resolveu adotar o estranho codinome Jello Biafra, após ler sobre a vergonhosa guerra civil na Nigéria, especialmente em Biafra, na Nigéria, que tentou se tornar independente em 1967, proclamando a República de Biafra. O resultado de tal ousadia foi o massacre da etnia dos ibos, que após 32 meses de batalhas, mortes, bloqueios, resultou na morte de 1 milhão de pessoas e a perda da liberdade, em 1970.

E desde cedo, Jello começou a se identificar com o espírito dos punks, embora não sentisse muito bem um paralelo com os grupos de então. "Eu comecei prestando a atenção nos New York Dolls e em David Bowie, mas os Dolls eram muito coloridos para o público médio de heavy metal da América e não fizeram sucesso.

Mas suas músicas eram simples e fáceis de serem tocadas e sua postura agressiva me estimulou. Uma das minhas primeiras influências foi o Ramones, que vi em um show em Denver, no Colorado, abrindo para uma banda de merda chamada Night City, com uma platéia cheia de flores e que pareciam ser todos fãs do country de Joni Mitchell. Foi lindo ver Johnny colocando sua guitarra no volume 10 e dando aqueles cordes avisando que estavam no palco. Mas a melhor coisa deles era passar aquela mensagem de que qualquer um de nós podíamos fazer aquele tipo de som e que podíamos vencer toda aquela merda que imperava nas rádios."

Mas Jello não queria ser uma banda punk que falava apenas de namoradas, crises juvenis. Queria abordar temas políticos, incomodar, falar o que ninguém ousava.

Dessa maneira, nascia em 1978, o Dead Kennedys com Jello nos vocais, Klaus Flouride (baixo), East Bay Ray (guitarra) e Ted (bateria). Logo também entraria um guitarrista que seria conhecido apenas como 6025.

Desde o nome, o Dead Kennedys queria incomodar. Seu som era mais violento do que os Ramones, suas letras muito mais pesadas e Jello parecia que tinha tomado sucessivos choques elétricos antes de pisar no palco. Com seu gestual nervoso e não deixando a platéia um segundo em paz, o grupo começou a tocar pela região e em 1979 lançam o explosivo compacto com as canções "California Über Alles" e "Man With The Dogs", onde desciam o pau no governador Jerry Brown.

O compacto chamou a atenção e o grupo lançou outro ainda mais poderoso, com "Holiday In Cambodia" e "Police Truck". Jello fez algo que chocou a conservadora sociedade norte-americana: lançou-se candidato à prefeito da cidade nas eleições, ficando em quarto lugar com mais de 6 mil votos. Entre suas propostas, queria que os policiais fossem escolhidos pela população e obrigar os políticos a se vestirem com roupas de palhaço.

capa do disco Fresh Fruit for Rotting VegetablesEm 1980 assinam com a independente I.R.S. (que seria o primeiro lar do R.E.M.) e o mundo conhece a grande obra-prima do hardcore, o disco Fresh Fruit for Rotting Vegetables.

O disco é um petardo em todos os sentidos: começa pelas canções com temas que falam de drogas ("Drug Me"), aluguel ("Let's Lynch The Landlord"), matança dos pobres ("Kill The Poor"), alistamento militar ("When Ya Get Drafted"), além, claro, de "California Über Alles" e "Holiday in Cambodia".

As letras eram de um outro mundo: com sua ironia, cinismo e contundência, Jello mostrava o lado podre da América, aquele que não era mostrado na televisão. Mas o disco tinha um outro item especial: um belíssimo pôster colorido que o grupo trabalhou durante 16 horas seguidas em sua confecção.

O disco trazia as seguintes faixas:

Lado A

1. "Kill the Poor" (written by East Bay Ray, Biafra) 3:07
2. "Forward to Death" (written by 6025) 1:23
3. "When Ya Get Drafted" 1:23
4. "Let's Lynch the Landlord" 2:13
5. "Drug Me" 1:56
6. "Your Emotions" (written by East Bay Ray) 1:20
7. "Chemical Warfare" 2:58

Lado B

1. "California Über Alles" (written by Biafra, John Greenway) 3:03
2. "I Kill Children" 2:04
3. "Stealing People's Mail" 1:34
4. "Funland at the Beach" 1:49
5. "Ill in the Head" (written by 6025, Biafra) 2:46
6. "Holiday in Cambodia" (written by Biafra, Greenway) 4:37
7. "Viva Las Vegas" (written by Doc Pomus, Mort Shuman) 2:42

Jello era um caso raro entre os punks: apesar de tanta raiva contida, o cantor abominava o uso de drogas e não gostava de posturas radicais de seus fãs nos shows: "às vezes a linha que separa os fãs do fascismo é muito tênue. Eu prego um rompimento com essa mediocridade, mas não prego a violência."

Logo após o lançamento, o baterista Ted sai, entrando D.H. Pelligro em seu lugar, um baterista negro e que gostava dos Dead Kennedys.

Mas Jello não queria ficar preso a um contrato com uma gravadora que considerava tão comercial quanto qualquer outra - "assim que fizerem dinheiro serão apenas mais uma" - e resolve montar seu próprio selo, a Alternative Tentacles.

"Eu não posso falar de algo alternativo e gravar por uma grande companhia como faz o Clash, que se diz um grupo político, mas que só está interessado em dinheiro, drogas e sexo. Eu não trairia meus fãs dessa maneira."

Um dos motivos que fez Jello sair do selo foi que o lançamento, pela I.R.S., do disco com uma capa toda laranja, o que o irritou: "eles acabaram com a capa e fizeram isso sem nos avisar, apenas para venderem mais. Disseram que podiam fazer uma capa diferente para a edição americana e outra para a importada. Mandamos mudarem na hora." O grupo era representado na Inglaterra e Europa pela minúscula Cherry Red.

E pela Alternative Tentacles o primeiro lançamento pelo novo selo foi o EP In God We Trust, em 1981. Enquanto isso, Fresh Fruit for Rotting Vegetables acabou fazendo furor na Europa, conseguindo ser disco de ouro na Inglaterra e o compacto Too Drunk to Fuck / The Prey, lançado logo em seguida, ficou entre as 40 mais tocadas daquele país, apesar de ter sido banida das rádios.

capa do EP In God We TrustO grupo colecionou uma grande confusão quando lançou um compacto pela Subterranean Records com a música "Nazi Punks Fuck Off", que estava no EP.

A polêmica aconteceu por dois motivos: primeiro porque um apresentador de televisão chamado Phil Donahue afirmou que o grupo estava abraçando o nazismo. Mas Phil acabou sendo corrigido por um telespectador ainda ao vivo.

E, a segunda polêmica, era a própria letra. Jello e os demais estavam cansados de ver os nazistas dizerem que eram fãs da banda e provocarem um festival de violência nos shows.

O EP trazia as seguintes faixas:

Lado A

1. "Religious Vomit" – 1:04 (6025)
2. "Moral Majority" – 1:55
3. "Hyperactive Child" – 0:37
4. "Kepone Factory" – 1:18

Lado B

5. "Dog Bite" – 1:13 (Klaus Flouride)
6. "Nazi Punks Fuck Off" – 1:03
7. "We've Got a Bigger Problem Now" – 4:29
8. "Rawhide" – 2:11 (Ned Washington and Dimitri Tiomkin)

capa do disco Plastic Surgery DisastersEm 1982, o grupo lançou o segundo LP, Plastic Surgery Disasters e o Dead Kennedys deu um tempo e Jello começou a trabalhar sua gravadora para se tornar um nome forte no underground americano e mundial.

O LP trazia as seguintes faixas:

Lado 1

1. "Government Flu" – 3:01
2. "Terminal Preppie" – 1:30
3. "Trust Your Mechanic" – 2:55
4. "Well Paid Scientist" – 2:21
5. "Buzzbomb" (East Bay Ray, Jello Biafra) – 2:21
6. "Forest Fire" – 2:22
7. "Halloween" (East Bay Ray, Jello Biafra) – 3:35
8. "Winnebago Warrior" – 2:09

Lado 2

1. "Riot" (Dead Kennedys) – 5:57
2. "Bleed for Me" (Dead Kennedys) – 3:24
3. "I Am the Owl" (Dead Kennedys) – 4:51
4. "Dead End" (East Bay Ray) – 3:56
5. "Moon Over Marin" (East Bay Ray, Jello Biafra) – 4:29

Jello começou então a lançar várias coletâneas de bandas punks e hardcore, tornando-se um embaixador dos independentes no mundo todo. Jello continuava sua luta pelo direito de expressão: "o termo punk é aceito como um termo perigoso e as pessoas gostam de dizer que o punk está morto, mas que as grandes bandas de rock não estão. O punk não morrerá até que algo mais perigoso o substitua. E isso irá demorar."

Os anos seguintes foram gastos com excursões e divulgação das idéias anárquicas do grupo. Mas Jello enfrentava também problemas dentro da banda. Por ser o único membro a não consumir drogas - "elas são tão nocivas quanto a religião - o vocalista enfrentava o estranhamento de seus colegas. E, pior, via vários fãs morrendo de overdose.

"Algumas pessoas tentam se livrar das drogas indo para a religião. É uma postura ridícula. Você sai de um estado de alienação e entra em outro. A América é extremamente perigosa hoje. Esses malditos pastores da televisão se entopem de cocaína e depois ficam pregando e afirmando que estão vendo uma iluminação. Devem estar é viajando."

Ainda em 1982, a Alternative lança uma coletânea fundamental para a massificação do gênero na América, Let Them Eat Jellybeans, com as bandas novatas Black Flag, Flipper, Circle Jerks, The Bad Brains e Voice Farm.

E, já nessa época, Jello começa a brigar com um outro tipo de pessoa que não o deixaria em paz: os pirateiros.

Biafra reclamava que estava sendo roubado por gente do seu próprio meio, que vendiam os direitos de seus discos, sem avisá-lo, para o estrangeiro e faturavam em cima. Um exemplo disso, segundo o cantor, foi o lançamento de Fresh Fruit for Rotting Vegetables no Brasil, quando ele já havia deixado a banda.

"Quando me falaram que o disco havia saído no Brasil fiquei furioso porque nunca me pediram autorização e não vi um centavo da grana."

capa do disco FrankenchristMas polêmica mesmo eles iriam arranjar com o próximo disco, Frankenchrist. E o grande motivo foi o pôster interno.

A banda tinha usado uma ilustração do artista suíço H. R. Ginger chamada Landscape No. 20: Where We Are Coming From, onde havia ilustrações de pênis e ânus.

Se a arte por si só já era ofensiva, tomou um rumo pior quando uma mãe pegou o disco que sua filha de 13 anos havia comprado para dar de presente a seu irmão de 11 e viu aquilo.

Imediatamente a banda se viu no maior processo criminal de sua carreira e que se arrastaria por dois anos. Processados por obscenidade e por distribuição de pornografia a menores, o Dead Kennedys parou suas atividades, assim como o selo.

O polêmico disco trazia as seguintes faixas:

Lado A

1. "Soup Is Good Food" – 4:18 (Jello Biafra)
2. "Hellnation" – 2:22 (D.H. Peligro)
3. "This Could Be Anywhere (This Could Be Everywhere)" – 5:24 (Jello Biafra)
4. "A Growing Boy Needs His Lunch" – 5:50 (Jello Biafra)
5. "Chicken Farm" – 5:06 (Jello Biafra)

Lado B

6. "Jock-O-Rama (Invasion of the Beef Patrol)" – 4:06 (Jello Biafra)
7. "Goons of Hazzard" – 4:25 (East Bay Ray, Jello Biafra)
8. "M.T.V. - Get off the Air" – 3:37 (Jello Biafra)
9. "At My Job" – 3:41 (East Bay Ray)
10. "Stars and Stripes of Corruption" – 6:23 (Jello Biafra)

Jello foi violentamente acordado, teve sua casa invadida por policiais, preso e cópias do disco apreendidas. Foi também vetada a prensagem de novas cópias do álbum.

Mas Jello não aceitou e resolveu literalmente ir pro pau, sendo um dos fundadores da No More Censorship Defense Fund, uma organização que lutava pelo direito de expressão e que tentava juntar artistas que também sofriam esse tipo de perseguição.

O apoio veio basicamente de jovens e gente desconhecida, mas virou manchete quando três nomes importantes apoiaram sua luta: Frank Zappa, Little Steven e Paul Kantner.

capa do disco Bedtime for DemocracyA luta durou dois anos e nesse meio tempo o Dead lançou o último disco com Jello, em 1986, Bedtime for Democracy, que se mostrou um desapontamento. A tensão do processo e as brigas internas resultaram em um disco fraco.

Em 1987, Jello conseguiu o que tanto queria, a absolvição: por 7 a 5 foi considerado inocente, vencendo sua alegação que o encarte estava dentro de um contexto artístico do disco e que o grupo não estava obrigando ninguém a comprar seu trabalho.

O LP trazia as seguintes faixas:

Lado A

1. "Take This Job and Shove It" – 1:25 (David Allan Coe)
2. "Hop with the Jet Set" – 2:07
3. "Dear Abby" – 1:09
4. "Rambozo the Clown" – 2:25
5. "Fleshdunce" – 1:29
6. "The Great Wall" – 1:32
7. "Shrink" – 1:44
8. "Triumph of the Swill" – 2:17
9. "Macho Insecurity" – 1:30
10. "I Spy" – 2:30 (D.H. Peligro)
11. "Cesspools in Eden" – 5:56

Lado B

12. "One-Way Ticket to Pluto" – 1:38
13. "Do the Slag" – 1:36 (East Bay Ray)
14. "A Commercial" – 1:33
15. "Gone with My Wind" – 1:43
16. "Anarchy for Sale" – 1:18
17. "Chickenshit Conformist" – 5:58
18. "Where Do Ya Draw the Line" – 2:39
19. "Potshot Heard 'Round the World" – 2:10 (East Bay Ray, Jello Biafra)
20. "D.M.S.O." – 2:09
21. "Lie Detector" – 3:43 (East Bay Ray, Jello Biafra)

capa do disco Give Me Convenience or Give Me DeathMas o Dead Kennedys já não existia e Jello começava a sair em carreira-solo fazendo shows por conta própria, já que os demais integrantes não o suportavam mais. Ainda nesse ano saiu uma coletânea editada pelo cantor, Give Me Convenience or Give Me Death.

Jello saiu do julgamento como o grande vencedor, além de ter virado um herói (literalmente falando) dos mais fracos. Mas o que ele não esperava é que, anos depois, quando o grupo não mais existia, fosse enfrentar um outro julgamento contra seus ex-companheiros.

Os demais integrantes alegavam que Jello não havia pago corretamente os direitos autorais anteriormente e o processaram, mesmo tendo sido feito um acordo, com o cantor admitindo a contabilidade errada e os ressarcindo. Ainda assim, os demais contrataram um advogado especializado em direitos autorais e pleitearam (e venceram) um processo em que levaram US$ 200 mil.

Jello respondeu, irônico, que eles pagaram o advogado com o próprio dinheiro que ele havia desembolsado para acertar com os outros músicos. Por causa disso foi criado até um site chamado Dead Kennedys News, onde os demais músicos (que ficaram com o nome) mostram todos os passos do processo, e, não satisfeitos, saíram maculando o legado com shows em que aparecem com um cantor qualquer e faturando em cima do legado.

Mas essa parte não entrará aqui por respeito a Jello. Fiquem com a letra de "Holiday in Cambodia". Um abraço e até a próxima coluna

Holiday in Cambodia

So you been to school for a year or two
And you know you've seen it all
In daddy's car, thinkin' you'll go far
Back east your type don't crawl
Play ethnincky jazz to parade you snazz
On your five grand stereo
Braggin' that you know how the niggers feel the cold
And the slum's got so much soul
It's time to taste what you most fear
Right Guard will not help you here
Brace yourself, my dear… .
It's a holiday in Cambodia
It's tough, kid, but it's life
It's a holiday in Cambodia
Don't forget to pack a wife
You're a star-belly sneech, you suck like a leech
You want everyone to act like you
Kiss ass while you bitch so you can get rich
While your boss gets richer off you
Well you'll work harder with a gun in your back
For a bowl of rice a day
Slave for soldiers ‘til you starve
Then your head is skewered on a stake
Now you can go where people are one
Now you go where they get things done
What you need, my son…
Is a holiday in Cambodia
Where people dress in black
A holiday in Cambodia
Where you'll kiss ass or crack
Pol Pot, Pol Pot, Pol Pot, Pol Pot, etc…. .
And it's a holiday in Cambodia
Where you'll do what you're told
A holiday in Cambodia
Where the slums got so much soul

Discografia

California Über Alles / Man with the Dogs* (1979)
Fresh Fruit for Rotting Vegetables (1980)
California Über Alles / Man with the Dogs* (1980)
Holiday in Cambodia / Police Truck (1980)
Kill the Poor / In-Sight* (1980)
Can You Hear Me? Music from the Deaf Club** (1980)
Too Drunk to Fuck / The Prey* (1981)
In God We Trust, Inc.(EP, 1981)
Plastic Surgery Disasters w/ In God We Trust Inc. (1982)
Nazi Punks Fuck Off! / Moral Majority* (1982)
Bleed for Me / Life Sentence* (1982)
Halloween / Saturday Night Holocaust* (1982)
Let Them Eat Jellybeans** (1982)
Burning Ambitions: A History of Punk** (1982)
Wargasm** (1982)
Punk and Disorderly** (1982)
Not So Quiet on the Western Front** (1982)
Rat Music for Rat People** (1982)
P.E.A.C.E.** (1984)
Frankenchrist (1985)
Viva La Revolution!** (1985)
Play New Rose For Me** (1986)
Lovedolls Superstar Soundtrack** (1986)
Bedtime For Democracy (1986)
Give Me Convenience or Give Me Death (1987)
Faster & Louder** (1993)
Real Punk!** (1996) Cleopatra Records
Official Skateboard World Championship** (1997)
Snowboard Tribute** (1998)
United States of Punk** (1998)
Mutiny On the Bay (2001)
Live at the Deaf Club (2004)

* compactos
** coletâneas




 

 

Colunas