Um mestre do humor e uma das figuras mais
peculiares do mundo do rock. Um homem que explodiu para o mundo
da música aos 35 anos. Após contrair poliomielite
aos sete anos, Ian sofreu sérias limitações
físicas e ficou com seu corpo seriamente comprometido.
Mas nem isso foi o suficiente para que ele deixasse a música
e até o cinema, sua segunda carreira e onde brilhou em
produções pequenas e até famosas, como em
O Corvo. Considerado um dos maiores nomes e mitos da cena que
explodiu com o surgimento do punk, Ian faleceu em 2000, após
uma longa e dolorosa luta contra um câncer por cinco anos.
Mas jamais será esquecido por amigos e fãs como
um homem que fez do humor sua grande arma.
“Sexo
e drogas e rock and roll, é tudo que meu cérebro
e corpo precisam, sexo e drogas e rock and roll, realmente, é
bom demais.”
Essa frase, mais politicamente
incorreta do que nunca, assaltou as paradas de sucesso em 1977
e foi feita por um homem já velho (35 anos), baixinho,
com uma cara grande e que se apresentava invariavelmente de luvas
pretas e cachecol branco no pescoço. Um homem que teve
sua infância destruída aos sete anos quando contraiu
poliomielite e ficou três anos internado, deixando seu corpo
com uma aparência bizarra. E que morreu aos 57 anos, após
lutar anos e anos contra um câncer de cólon e que
depois atacou seu fígado. Mas que mesmo assim mantinha
seu humor intacto. “Desde criança peço de
Natal uma nova perna esquerda. Nunca fui atendido por aquele velhinho
barbudo, mas quem sabe esse ano ele não se lembra do meu
pedido?”, dizia Ian, que utilizava uma perna mecânica
para se locomover.
A vida de Ian nunca foi
fácil, mas ele não reclamou. Nascido em Essex, Londres,
no dia 12 de março de 1942, era um garoto normal de subúrbio,
até ser acometido pela poliomielite, e passar anos e anos
trancados em um hospital. “Foram três anos de minha
vida em um lugar onde reinava a lei da selva. Eu fui muito infeliz.”
O resultado foi, fisicamente, desastroso para Ian, mas que resolveu
não ficar choramingando ou lamentando a má sorte.
Ao invés disso, resolveu seguir a vida. Aos 16 anos entrou
para a Walthamstow Art College e em 1964, mudou-se para a Royal
College of Art e desenvolveu uma tese sobre Al Capone. Em 1966,
tornou-se professor e deu aulas no Luton College of Further Technology
e depois no Canterbury’s College of Art.
Ian adorava dar aula, mas
sonhava com outro tipo de arte: a música. O garoto que
era apaixonado pelo rock de Gene Vincent, tinha adquirido a paixão
também pelo jazz e ritmos negros. E aos 28 anos resolveu
abandonar as telas (“eu era um pintor, mas sabia que meu
futuro não estava nos pincéis. Eu sempre fui um
‘rocker’”) e formou o grupo Kilburn & the
High Roads, em novembro de 1970.
O grupo teve várias
formações, mas consistia basicamente em Ian, nos
vocais, Russell Hardy (piano), Charlie Hart (baixo) e Ted Speight
(guitarra). Durante meses ensaiaram em um minúsculo estúdio
em Covent Garden, trabalhando com clássicos do rhythm and
blues e rock and roll. Em dezembro de 1971, a banda debutou com
um concerto no Croydon Scholl Of Art.
O ano de 1972 foi mais
proveitoso e fizeram várias apresentações
e começaram a chamar a atenção devido ao
carisma de Dury. Nesse ano, o Kilburn já tinha o saxofonista
Davey Payne e o guitarrista Keith Lucas como novos integrantes.
Conseguem o apoio de Dave Robinson para trabalhar como empresário
da banda e começam a circular no circuito de “pub
rock” londrino, que tinha como expoente máximo o
Dr. Feelgood. Robinson não ficaria muito tempo e uma dupla,
Charlie Gillett e Gordon Neiki assumem a responsabilidade de promover
o grupo, e ao mesmo tempo, a incentivar Dury a compor suas próprias
canções. Surpreendentemente são convidados
pelo The Who para abrir seus shows em 1973, conseguindo atrair
a atenção de um público ainda maior.
O Kilburn era considerada
a banda mais estranha de todo circuito, tanto musicalmente quanto
visualmente. Com grande presença em cena, especialmente
com Ian mancando e balançando feito um maluco, acabaram
sendo considerados como excêntricos e totalmente insanos.
Em 1974, conseguem um contrato com a Raft, uma subsidiária
da WEA. Mas o grupo teve uma grande frustração quando
Tony Ashton (que iria produzir o primeiro disco do grupo) foi
demitido. O grupo acaba assinando com a gravadora Dawn e gravam
o primeiro disco, "Handsome".
Apesar
do disco ter uma sonoridade incomum para aqueles dias, deixou
os fãs decepcionados por soar tão limpo e polido,
parecendo em nada com a banda que barbarizava em palco. De fato,
os dois primeiros compactos do grupo, Rough Kids/Billy
Bentley e Crippled With Nerves/Huffety Puff,
soavam dessa maneira. Ian explicava que já estava farto
de todo os berros e da feiúra que eles passavam e que se
sentiam muito mais livres soando dessa maneira. O disco só
chegou às lojas em junho de 1975, justamente quando a banda
havia se separado, desiludida com os resultados. Mas Ian não
havia desistido ainda da carreira de músico e começou
a escrever novas canções com Rod Melvin, que havia
entrado no grupo no lugar de Russell, que abandonara a banda.
Ian convidou Dave Robinson para assumir novamente o posto de empresário
e montou o Ian Dury & The Kilburns. Novas canções
começaram a surgir, como “What A Waste”, “Nervous
Piss”, “England’s Glory” e o novo grupo
começou a ganhar uma nova cara. No entanto sofrem uma baixa
importante com a saída de Rod Melvin, em janeiro de 1976.
Chaz Jankel, ex-Byzantium é seu substituto. E o grupo continua
sua caminhada para fazerem sucesso. Mas...
Logo
após assinarem com uma nova empresa para cuidarem dos negócios
do grupo, novamente são obrigados a pararem suas atividades
por um problema muito mais sério: a saúde de Dury.
Preocupados com o débil estado do vocalista, os médicos
o aconselharam a desistir da desgastante rotina de shows e o grupo
fez sua última apresentação em Walthamstow,
tendo o show aberto por duas novas bandas: Stranglers e 101’ers,
onde tocava um certo Joe Strummer.
Ian
não queria desistir da música, não depois
de seis anos lutando e tendo começado a construir uma reputação
com suas novas músicas. Resolveu persistir e em 76, Dave
Robinson conseguiu um novo contrato com um selo que aparecia,
a Stiff, que depois seria a casa de Elvis Costello. Em junho de
1977 lançam o compacto “Sex & Drugs & Rock
& Roll” e explodem.
A canção assalta as paradas inglesas e européias.
Ian estava de volta e agora fazia parte do novo movimento, chamado
de punk rock.
Veja a letra desse clássico
absoluto...
Sex And Drugs And
Rock 'N' Roll
Sex and drugs and
rock and roll
Is all my brain and body need
Sex and drugs and rock and roll
Are very good indeed
Keep your silly
ways or throw them out the window
The wisdom of your ways, I've been there and I know
Lots of other ways, what a jolly bad show
If all you ever do is business you don't like
Sex and drugs and
rock and roll
Sex and drugs and rock and roll
Sex and drugs and rock and roll
Is very good indeed
Every bit of clothing
ought to make you pretty
You can cut the clothing, grey is such a pity
I should wear the clothing of Mr. Walter Mitty
See my tailor, he's called Simon, I know it's going to fit
Here's a little
piece of advice
You're quite welcome it is free
Don't do nothing that is cut price
You know what that'll make you be
They will try their tricky device
Trap you with the ordinary
Get your teeth into a small slice
The cake of liberty
Sex and drugs and
rock and roll
Sex and drugs and rock and roll
Sex and drugs and rock and roll
Sex and drugs and rock and roll
Sex and drugs and rock and roll
Sex and drugs and rock and roll
Sex and drugs and rock and roll
Sex and drugs and rock and roll
Sex, drugs, rock, roll
Sex, drugs, rock, roll
E
sem perder tempo lança um novo disco: New Boots
and Panties!!. Tendo Jankel como principal responsável
pelos arranjos e chamando antigos companheiros como músicos
convidados, entre eles Davey Payne e Ted Speight, gravam um disco
brilhante!
Contendo canções
do quilate de “Wake Up And Make Love With Me”, “Sweet
Gene Vincent” e “If I Was With A Woman”, Dury
mostra toda a ironia e inteligência em letras bem construídas.
Há também uma canção quase auto-biográfica,
“Billericay Dickie”.
Aceitam
um convite para saírem em uma excursão com os outros
artistas do selo. Ian e Jankel resolvem formar outro grupo e resolvem
adotar o nome The Blockheads, por sinal, uma das canções
do disco. Nascia o Ian Dury & The Blockheads. Norman Watt-Roy
(baixo), Charley Charles (bateria), John Turnbull (guitarra),
Davey Payne (sax) e Mickey Gallagher (piano) eram os integrantes.
O grupo é a grande atração da turnê
“Stiff’s Live Stiffs”. O disco chega ao quinto
lugar da parada e vende mais de 500 mil cópias na Inglaterra.
Em novembro, o grupo consegue
o primeiro lugar na parada com “Hit Me With Your Rhythm
Stick”.
E em mais uma prova de
picaretagem da indústria fonográfica, a Warner,
que havia dispensado o grupo em 1974, aproveita o sucesso de Ian
e lança um disco intitulado Wotabunch
batizando o grupo de Kilburn + High Roads - Featuring Ian Dury.
Ian
Dury e os Blockheads eram uma das maiores sensações
da Europa. Passam o ano de 1978 correndo entre vários palcos
e estúdio e no ano seguinte lançam o segundo disco,
Do It Yourself, em maio. Igualmente uma obra-prima,
tem a sorte de um novo single lançado em julho, “Reason
to be Cheerful”, ajudar ainda mais as vendagens.
O ano de 1980 começa
triste com a partida de Chaz Jankel, que sai em carreira-solo.
Para seu lugar o excepcional guitarrista Wilko Johnson, ex-Dr.
Feelgood e considerado um dos melhores guitarristas da Inglaterra
é escalado. Para se ter uma idéia do seu talento,
Wilko foi cogitado para substituir Mick Taylor, quando este deixou
os Rolling Stones.
Apesar
de talentosa, a nova dupla Dury-Johnson não consegue reviver
os bons momentos que tiveram com Chaz. Lançam um novo trabalho,
Laughter, que traz dois hits menores, “I
Wanna Be Straight” e “Superman’s Big Sister”
e não consegue o mesmo sucesso.
Em 1981, deixam a Stiff
e assinam com a Polydor. Lançam o disco Lord Upminster.
Embora o disco seja creditado a Ian e os Blockheads, na verdade,
a banda não existia mais. Ian chamou o velho parceiro Chaz
e, juntos, viajaram para as Bahamas onde gravaram com a famosa
dupla rítmica Sly Dunbar e Robbie Shakespeare, o disco
todo. Apesar de conter boas músicas, e em especial o single
“Spatiscus Autisticus”, Ian soava cansado e sem inspiração.
Com
o fim dos Blockheads, alguns músicos tentaram a vida em
outras bandas ou participações, e, talvez, tenha
sido Mickey Gallagher quem conseguiu o melhor “emprego”,
excursionando com o Clash entre 1981 e 1982. Sua participação
pode ser ouvida no ao vivo From Here to Eternity.
Dois títulos são lançados após o final
do grupo: uma coletânea lançada pela Stiff em 1981,
Juke Box Dury e um disco creditado a Ian Dury
& the Kilburns chamado Upminster Kids, em
1983.
Em 1984, lança o
disco 4000 Weeks Holiday, creditado a Ian Dury
And the Music Students.
Depois disso, resolveu
dar um tempo em gravações e dividiu seu tempo entre
apresentações e o cinema. Sua primeira investida
foi no filme Hit Me, em 1979. Em 1985 participou
da série de televisão Secret Diary of Adrian
Mole Aged 13 ¾ e em outro filme feita para a tela
pequena, Number One, que contava com a participação
de Bob Geldof. O ano terminou de forma conturbada na vida pessoal,
já que acabou se separando de sua primeira esposa Betty
Rathnell, com quem era casado desde 1967.
Em 1986 atua em uma grande
produção, Pirates, dirigido por
Roman Polanski e estrelado por Walter Matthau. Seu personagem
tinha o singelo nome de “Meat Hook” (Gancho de Carne)
e, também, em outra produção para a televisão,
King of the Ghetto. No ano seguinte participa
de uma produção portuguesa, Rocinante,
que era o nome do cavalo de Don Quixote! Em 1987, é a vez
de atuar em outro filme, estrelado por Bob Dylan, chamado Hearts
of Fire, mostrando um currículo incomum.
Recebe
um convite para escrever um musical e em 1989 lança Apples,
que três anos mais tarde seria produzido e encenado pela
Royal Court Theatre. Contando com o apoio dos amigos Mickey Gallagher
e Chaz Jankel fez mais algumas trilhas sonoras. E em 1991, sai
um novo disco de Ian com os Blockheads: Warts 'n' Audience,
um disco ao vivo e gravado em 22 de dezembro de 1990, e feito
por um motivo nobre. Após descobrirem que o baterista do
grupo Charley Charles estava com câncer, fizeram uma série
de apresentações, visando arrecadar dinheiro para
o amigo, contando com Stephen Monti na bateria. Mas infelizmente
Charles morreu sem poder ver essas apresentações.
Essa
seria a primeira de uma série de ligações
de Ian Dury com o câncer. A segunda pessoa próxima
de Ian a morrer da mesma forma seria a ex-esposa Betty, em 1994.
Warts 'n' Audience foi lançado por um
novo selo, a Demon Records, que lançaria outro trabalho
de Dury em 1992, The Bus Drivers Prayer And Other Stories.
Mas o câncer que
tanto rondou sua vida, infelizmente apareceu em sua vida em 1995,
quando foi diagnosticado um câncer de cólon. Mesmo
assim, Dury resolveu não ficar parado e chorando e continuou
trabalhando, participando do filme O Corvo e
realizando um antigo sonho: em 1998, reuniu os Blockheads e entram
em estúdio para lançarem um novo disco com músicas
inéditas, após quase 20 anos de sumiço. O
resultado é Mr. Love Pants, que mesmo
não fazendo sucesso comercial recebeu elogios. Ian fez
uma aparição em um show ao ar livre em Londres,
com Paul Weller e comandou uma nova turnê pelo país,
sempre com casa esgotada por onde quer que tocassem.
Resolveu então lutar
contra o câncer e em 1998 viajou para a África do
Sul e Sri Lanka, ao lado do cantor pop Robbie Williams, em trabalhos
para a Unicef que o nomeou embaixador e Representante Especial
do Comitê Britânico da entidade, honra que apenas
o ex-James Bond, Roger Moore, a atriz Vanessa Redgrave e John
Fashanu possuem.
No
entanto, o câncer se espalhou para o fígado, piorando
cada vez mais o estado de saúde do cantor, que, ainda assim,
encontrou motivação para continuar a trabalhar.
Participou do especial “Night at the Dogs” no estádio
Walthamstow Greyhound, em prol da organização CancerBACUP,
em 1º de março.
Ian faz um discurso emocionado:
“dizem que é muito difícil conviver com o
câncer, mas há pessoas - como o CancerBACUP –
que podem te ajudar a vencê-lo.”
Em abril, o grupo fez três shows em Londres e partiram para
várias apresentações pela Inglaterra. Em
setembro, a BBC2 apresentou um documentário de uma hora
intitulado Ian Dury – On My Life. No mesmo
mês saiu uma nova coletânea de sua carreira The
Very Best Of Ian Dury & The Blockheads - Reasons To Be Cheerful,
com 18 sucessos. Incansável, encontrou fôlego para
participar do novo disco do Madness, seus velhos amigos e entrou
em estúdio para um outro disco com os Blockheads. No dia
6 de fevereiro fez sua última aparição pública
em um especial intitulado New Boots and Panto,
com a participação de Kirsty MacColl, como convidada.
Ian se retirou definitivamente
de cena e foi para casa onde viria a falecer, tragicamente, no
dia 27 de março. Em 2000 saiu um disco ao vivo All
The Best, Mate: Live, com a mesma foto utilizada na capa
de Warts. No dia 16 de junho foi realizado no
Brixton Academy um concerto em sua homenagem com a presença
de vários amigos.
Em
2001 foi lançado um disco tributo intitulado Brand
New Boots and Panties, com vários astros tocando
as músicas do antológico disco lançado em
1977. Tendo os Blockheads como banda base em oito das dez músicas,
foi uma linda homenagem a Ian. Veja quem cantou em cada faixa..
"Wake Up & Make
Love With Me" - Sinead O'Connor & The Blockheads
"Sweet Gene Vincent" - Robbie Williams & The Blockheads
"I'm Partial To Your Abracadabra" - Paul McCartney &
The Blockheads
"My Old Man" - Madness
"Billericay Dickie" - Billy Bragg & The Blokes
"Clevor Trever" - Wreckless Eric & The Blockheads
"If I Was With A Woman" - Cerys Matthews(Catatonia)
& The Blockheads
"Blockheads" - Grant Nicholas(Feeder) &The Blockheads
"Plaistow Patricia" - Shane McGowan & The Blockheads
"Blackmail Man" - Keith Allen & The Blockheads
Os
Blockheads até hoje continuam a excursionar mantendo o
espírito de Dury vivo. Para encerrar essa coluna vale lembrar
algumas frases que o próprio cantor deu em uma entrevista.
“Eu quis me juntar a CancerBACUP porque queria fazer diferença.
Meu medico disse que 51% da luta contra o câncer vem do
seu espírito. Eu quis abraçar outras pessoas que
enfrentavam o mesmo problema. Eu tenho 56 anos e provavelmente
sou mais alegre e divertido que as pessoas da minha idade. Eu
considero o trabalho como uma distração. É
muito melhor do que ficar em casa sentado, mórbido, esperando
o fim. Eu sempre me senti uma pessoa de muita sorte na vida, jamais
reclamei dos meus problemas. Perdi minha primeira companheira
e quando descobriram que eu tinha essa doença tive a sorte
de conhecer Sophy. A única coisa que me entristece é
saber que não poderei ver meus filhos pequenos crescerem.
E eu não me importo se serei lembrado ou esquecido quando
morrer, eu quero apenas viver.”
Com essas palavras, deixo
vocês com a letra da canção que consagrou
o grupo e deu o primeiro lugar nas paradas. Os dois primeiros
discos foram relançados em 1996 com uma edição
remasterizada e faixas extras, entre elas “Sex & Drugs
& Rock & Roll” e “Hit Me With Your Rhythm
Stick” e valem serem importados.
Um abraço e até
a próxima coluna!
Hit Me With Your
Rhythm Stick
In the deserts
of Sudan
And the gardens of Japan
From Milan to Yucatan
Every woman, every man
Hit me with your
rhythm stick.
Hit me! Hit me!
Je t'adore, ich liebe dich,
Hit me! hit me! hit me!
Hit me with your rhythm stick.
Hit me slowly, hit me quick.
Hit me! Hit me! Hit me!
In the wilds of
Borneo
And the vineyards of Bordeaux
Eskimo, Arapaho
Move their body to and fro.
Hit me with your
rhythm stick.
Hit me! Hit me!
Das ist gut! C'est fantastique!
Hit me! hit me! hit me!
Hit me with your rhythm stick.
It's nice to be a lunatic.
Hit me! Hit me! Hit me!
Hit me! Hit me!
Hit me!
In the dock of
Tiger Bay
On the road to Mandalay
From Bombay to Santa Fe
Over hills and far away
Hit me with your
rhythm stick.
Hit me! Hit me!
C'est si bon, mm? Ist es nicht?
Hit me! hit me! hit me!
Hit me with your rhythm stick.
Two fat persons, click, click, click.
Hit me! Hit me! Hit me!
Hit me! Hit me!
Hit me!
Discografia
Como Kilburn &
The High Roads
Rough Kids/Billy Bentley
(single, 1974)
Crippled With Nerves/Huffety Puff (single, 1975)
“Handsome" (1975)
Wotabunch (1977)
solo e com os Blockheads
New Boots & Panties!!
(1977)
Do It Yourself (1979)
Laughter (1980)
Lord Upminster (1981)
Juke Box Dury (1981)
4.000 Weeks Holiday (1984)
Sex and Drugs and Rock and Roll (1987)
Apples (1989)
Warts 'n' Audience (1991)
Ian Dury & The Blockheads (caixa com três cds - New
Boots and Panties, Do It Yourself e Sex and Drugs and Rock and
Roll) (1991)
The Bus Drivers Prayer And Other Stories (1992)
Sex & Drugs & Rock 'n' Roll: Best Of Ian Dury... (1992)
The Best of Ian Dury (1995)
The Best of Ian Dury (1996)
Mr. Love Pants (1998)
Reasons To Be Careful (1998)
The Very Best Of Ian Dury & The Blockheads - Reasons To Be
Cheerful (1999)
All The Best, Mate: Live (2000)
Como Ian Dury &
The Kilburns
Upminster Kids (1983)
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