086 – Pere Ubu

Nem tudo que veio da nova cena norte-americana na década de 70 contemporânea ao pessoal de Nova York era necessariamente punk. Uma das bandas mais originais e desconcertantes era um grupo de Cleveland, que misturava cacofonia, barulho, Captain Beefheart, Frank Zappa, jazz, rock, soul e minimalismo. O nome de tal ousadia é Pere Ubu, grupo que ainda está na ativa, apesar de infinitas formações. Sempre liderado pelo vocalista David Thomas, uma pessoa com olhar insano e idéias mais insanas, o Pere Ubu foi um dos fundadores do chamado “som industrial”. Sua carreira incomum e acidentada é uma das mais curiosas já relatadas.


Se há uma palavra que pode definir o Pere Ubu, é grotesco. E se acha que a banda se sentirá insultada, saiba que servirá como um grande elogio, porque mostrar o lado caótico do mundo, do homem em meio a um mundo industrializado, seus medos, rancores, paranóias, sempre foi o maior objetivo desse grupo, que recheava todo esse pesadelo com um solo igualmente ou até mais selvagem, alto, desconcertante. O mundo não é um lugar agradável, você dirá ao ouvir o grupo; e David Thomas apenas sorrirá para você e dirá “absolutamente, não é”.

David Thomas era um jovem cheio de tédio e louco para mudar sua vida sem graça, e com 20 anos resolveu virar crítico musical. Adotou o singelo pseudônimo de Crocus Behemoth e ficava freqüentando os shows de rock, entre eles os do MC5, Stooges e Blue Oyster Cult. Dois anos depois resolveu montar sua própria banda, The Rocket from the Tombs, especializada em covers de velhos clássicos do rock. No Rocket, David já trabalhava com uma pessoa que seria decisiva em sua carreira, o guitarrista Peter Laughner, com quem compartilhava idéias peculiares sobre como um grupo deveria soar: a música deveria falar sobre a convulsão social das pessoas, paranóias, medos, inseguranças e dar vazão ao ser humano que nascia sob a ótica industrial.

Para exprimir toda esse pesadelo, resolveram adotar o nome Pere Ubu, baseado em três fatos:
1 – Pere Ubu era o personagem central de uma peça escrita pelo francês Alfred Jarry (1873-1907). Em francês, Pere é pai e Ubu, o nome do personagem.
2 – Era um nome simples, com boa sonoridade e apenas três sílabas.
3 – A peça de Jarry consistia em fazer o público participar do ato. Ele usava máscaras, seus personagens de maneira desconexas, monocórdicas e por cartazes.

Além de David e Peter, Tim Wright, que nunca havia colocado a mão em um baixo, concordou em aprender o instrumento e até comprou um Dan Electro de seis cordas, usado e Scott Krauss assumiu a bateria. Scott e Peter dividiam, à época, um apartamento não muito longe de Allen Ravenstine, um músico que fazia experimentações esquisitas com sons e tinha reputação de excêntrico. Allen também morava com outra figura estranha, Tom Herman, que tinha um Morley Pedal Fuzz Wah e tocava quase todas as noites. Todos eles foram convidados e aceitaram em fazer parte do novo grupo. Após alguns ensaios, debutaram ao vivo na véspera do Ano Novo, em um bar onde David fazia bico como porteiro. O show quase foi adiado porque Allen não podia tocar. Para a sorte da banda, Dave Taylor, um balconista de loja de discos e amigo da banda, tinha o mesmo EML sintetizador de Allen, uma feliz coincidência, já que este teclado era quase uma raridade. Tocaram canções próprias, além de covers de Stooges, Velvet e o clássico do grupo Seeds, “Pushin’ too Hard”.

Da esquerda para a direita: Tom Herman, Scott Krauss, David Thomas, Alan Ravenstine e Tony Maimone, em um show de 1977Além das idéias pessoais, David foi fisgado também pelo espírito que o punk começava a dispertar por todos os cantos e acabou conhecendo o vocalista Stiv Bators, dos Dead Boys, um dos primeiros punks da América. Em Julho, Peter conseguiu trazer o Television, de Tom Verlaine, para Cleveland e serviram como banda-suporte. Dois meses depois, gravaram o primeiro compacto como Pere Ubu: 30 Seconds Over Tokyo/Heart of Darkness. A música era áspera, suja, quase inaudível, uma mistura de Stooges com Velvet Underground. A letra não era nada agradável: Aranhas negras explodem a artilharia anti-aérea pelo céu/alcançando com suas garras por todos os lados/Sem lugar para correr ou fugir/ sem fuga da corrida suicida.

Eis a letra inteira da canção:


30 seconds over Tokyo

Flew off early in the haze of dawn
in a metal dragon locked in time,
skimming waves of an underground sea
in some kind of a dream world fantasy
Sun a hot circle on a canopy,
’25 a racing blot on a bright green sea
Ahead the dim blur of an alien land,
time to give ourselves to strange gods’ hands
Dark flak spiders bursting in the sky,
reaching twisted claws on every side
No place to run,
no place to hide,
no turning back on a suicide ride
Toy city streets crawling through my sights,
sprouting clumps of mushrooms like a world surreal
This dream won’t ever seem to end,
and time seems like it’ll never begin
30 seconds,
and a one way ride
30 seconds,
and no place to hide
30 seconds over Tokyo

Um dos maiores segredos do Pere Ubu era juntar o sarcasmo e toda ironia do punk com a visão de David e Peter, que misturavam o humor com o pesadelo. E para embalar tudo isso, um som caótico, mas que no fundo era extremamente bem tocado e articulado. Esse binômio resultou em algo totalmente novo, já que a base sonora era o rock and roll clássico, que recebeu camadas e mais camadas de experimentalismo, principalmente através de Tom Herman e de Allen Ravesntine, que tirava sons estranhos de seus teclados e foi um dos pioneiros na maneira de explorar os recursos sonoros dos sintetizadores além dos padrões normais. Mas David também fazia diferença, principalmente em cima de um palco. Para começar era uma figura tão grotesca quanto o nome do grupo: grande, pesado, cabelos eriçados, olhar seco, nervoso, e dono de um timbre vocal que tentava casar os crooners antigos com a levada simples e quase rústica dos bluesmen. Por tudo isso, o Pere Ubu era uma espécie de Velvet Underground atualizado: dificilmente alguém passava batido ao ver e ouvir o grupo: era adoração ou o ódio imediato. Não havia meio termo.

Após o lançamento do primeiro compacto, lançaram um segundo em Março de 1976: Final Solution/Cloud 149. “Final Solution tinha uma leva meio Tom Verlaine na guitarra e mais uma letra nada fácil de ser digerida.

Final solution
The girls won’t touch me cause I got a misdirection,
and livin at night isn’t helpin my complexion
The signs all say it’s a social infection
A little bit of fun’s never been an insurrection
Mom threw me out til I get some pants that fit
She just don’t approve of my strange kind of wit
I get so excited I always gotta lose it,
then they pack me off & make me take the cure
But I don’t need a cure,
don’t need a cure
don’t need a cure,
need a final solution
Buy me a ticket to a sonic reduction
Guitars gonna sound like a nuclear destruction
It seems I’m the victim of natural selection,
or maybe just another slide in another direction
I don’t need a cure,
don’t need a cure
don’t need a cure,
need a final solution
Solution!

Apesar de não serem exatamente um sucesso comercial, bem longe disso, na verdade, os dois compactos chamaram a atenção para a proposta inovadora da banda. A falta de esperança, o masoquismo explícito, a cacofonia e o já citado caos proposital não encontravam similares em outras bandas. Além disso, David, outrora um cara fechado e quase tímido, começava a atrair os holofotes para sua pessoa, principalmente na maneira de teatralizar suas performances. O Pere Ubu era por demais abstrato. Em Maio de 1977, Peter surpreende a todos ao anunciar que abandonaria o grupo, justamente o mentor de toda a concepção sonora, alegando que desejava fazer um som mais psicodélico, um retrocesso em sua carreira contemporânea. O amante de Pink Floyd da primeira hora foi encontrado morto dias depois, vítima de uma overdose. Meses depois, em 1978, Tim Wright também deixa a banda, entrando Tony Maimone em seu lugar. Com David (agora pilotando teclados ocasionais), Tom Herman, Allen e Scott entram em estúdio para gravar o primeiro disco do grupo, o clássico The Modern Dance.

capa de The Modern DanceAs idéias para o disco continuavam as mesmas, mas os pesadelos ganharam mais força através de outras imagens. David cantava sobre o desgaste mental das pessoas, da pressão social que os homens estavam expostos e da violenta, suja e desagradável sociedade moderna. A tal dança moderna era mais uma maneira de como todas as pessoas deveriam se comportar para poderem sobreviver ao massacre das grandes cidades. A canção-título, com colagens de vozes desconexas e um vocal sofrido de David mostra toda sua angústia e pode ser considerado um dos marcos e hinos do movimento punk, embora nunca tenham abraçado o punk como ideologia e forma de viver.

Eis a letra.
The modern dance


Down to the bus
into the town
our poor boy can’t get around
Eight fifty-five
down at the show
she leaves early
He’ll never know
Cuz our poor boy
believes in chance
he’ll never get the modern dance
Under the door there’s an eye on the place
He watches for the shadows race
Watch real close
Look real fast
He’s in touch
It’ll never last
Cuz our poor boy
believes in chance
he’ll never get the modern dance

A mistura sonora, muitas vezes comparada ao Captain Beefheart e até os primeiros trabalhos de Frank Zappa, era mais complexa do que parecia, reproduzindo de barulhos de chaminés, pessoas trabalhando em ambientes fechados, e acreditem, casando essa balbúrdia toda até com funk e soul, que eram possíveis de serem notados. O disco vendeu apenas 15 mil cópias, um número bastante modesto, porém o suficiente para marcarem seu terreno entre os novos artistas.

Sobre todo esse caos e tumulto, David explicava o conceito: “A sociedade moderna é extremamente cruel com os homens. Ela nos transformou em verdadeiros andróides sem capacidade alguma sequer para expressarmos o que sentimos. Você acorda, sai correndo para pegar sua condução, entra em uma fábrica imunda e que exala fuligem preta e venenosa; fica horas e horas sentado em uma mesa com várias pessoas ao seu lado em um ambiente extremamente impessoal e sem nenhuma privacidade. E ao chegar em sua casa (que não é um lar, por ser apenas quase um dormitório) ainda come uma comida industrializada sem gosto e assistindo televisão. Sinceramente, que tipo de vida é essa?”

Se você acha que o rapaz estava brincando, veja a letra de “Life Stinks”: “A vida fede/ Já estou em cor-de-rosa/ Não posso pestanejar/ Não posso piscar/ Eu gosto dos Kinks/ Preciso de uma bebida/ Não consigo pensar/ Gosto dos Kinks/ A vida fede.”

capa de Dub HousingNo mesmo ano, já por uma grande gravadora, lançaram Dub Housing o desespero aumenta e o desconforto do ouvinte chega a ser até superior ao de Modern Dance. A depressão é ainda maior, a melancolia, maior e os personagens parecem ainda mais incapazes de berrarem perante a tanto horror, um hino à depressão que, talvez, apenas o Joy Division pudesse igualar, embora sob outra ótica. O “cardápio” aumenta e é mais horripilante do que nunca.

Eis a letra da faixa-título…
Dub housing
Have you heard about this house?
Inside, a thousand voices talk
and that talk echoes around and around
The windows reverberate
The walls have ears
A thousand saxophone voices talk
You should hear how we syllogize
You should hear
about how Babel fell and still echoes away,
how we idolize,
theorize,
syllogize,
in the dark,
in the heart
Talk!
All I hear is…
Talk!
Hear the sound of the jibberty jungle
In the dark, a thousand insect voices chitter-chatter
The sun goes up,
goes over,
goes down
I seek sleep,
I sleep,
I forget

O ano fecha ainda com o EP Datapanik In The Year Zero e a volta para casa após uma série de shows tendo o Human League abrindo para o grupo no Reino Unido e a lendária diva Nico e o grupo psicodélico Red Crayola pelo resto da Europa. Em Londres, o público comprava ingressos para a Magical Mystery Ubu Tour, e ganhava uma surpresa: todos eram colocados dentro de um ônibus e rumavam para um rumo desconhecido, até chegarem em Chislehusrt Caves, onde assistiam o Pere Ubu tocar em um palco improvisado, em alguns buracos dentro das cavernas.

capa de New Picnic TimeNo ano seguinte, mudam de selo, indo para a emergente e independente Rough Trade, que anos depois seria a casa dos Smiths. Mas antes disso, o Pere Ubu faria mais um disco-pesadelo, New Picnic Time. O ano havia começado com uma aparição no The First International Garage Exhibition, mas os atritos começaram a pipocar. Os choques internos já eram notados e Tom era o mais frustrado de todos. Mesmo assim, começaram as gravações do disco. O disco era ainda mais desajustado, as letras ficaram mais abstratas e os vocais gritados de David com mais ênfase do que antes. O som ficara mais encorpado, mais denso, rico e pode ser considerado um marco de um novo rótulo, o “rock industrial”. Peças como “The Dogs Are barking” ou “Small Dark Cloud” são as provas de que o grupo arriscara muito em termos técnicos e estéticos. E se as coisas não ia bem dentro do Pere, a gota d’água para Tom foi após um show frustrante com apenas cinco espectadores. Irritado com a falta de sucesso e brigando por um espaço maior, deixou o grupo. A banda entrou em uma crise profunda e só voltou a respirar quando David e Allen convocaram um novo guitarrista: Mayo Thompson, guitarrista do Red Crayolas.

Mayo conta que ficou gostou dos integrantes de cara e um jantar na casa de Allen, fechou a questão. E, se Thompson gostou dos integrantes, foi também decisivo para o próximo disco. The Art Of Walking, o segundo disco pela Rough Trade, de 1980, é uma virada musical, com a banda abandonando um pouco seu pesadelo sonoro, e agora quase dadaísta, e fazendo um som mais psicodélico. Retrocesso? Nem tanto. Apesar de suavizarem, ficaram mais palatáveis, acessíveis, calmos. Mesmo assim, mostravam seu lado ousado como em Loop, herdeira do estilo de Brecht de compor. Allen, no entanto, deixava suas esquisitices comerem soltas e há até quem apontava a banda de estar flertando com o som gótico da época. O grupo saiu em turnê com o reformado Gang of Four e Andy Gill ainda se lembra desses shows: “eles eram a única banda expressionista do mundo com equipamento e conhecimento para produzirem música concreta com um nível de consciência nunca visto antes na música popular. A música deles era cheia de alma, coração. Mesmo não fazendo um rock básico, havia esse elemento em suas composições.”

O disco marcou a debandada de outro integrante original, o baterista Scott Krauss, que no entanto, voltaria em 1987, na segunda reencarnação da banda. Sem Scott, o grupo era um quinteto: Thomas, Ravenstine, Maimone, Thompson e o percussionista Anton Fier, ex-Feelies e Lounge Lizards. Enquanto a banda se organizava, foi lançado um álbum ao vivo, em 1981, 390 Degrees of Simulated Stereo, Ubu live Vol.1.

No ano seguinte, lançaram The Song Of The Bailing Man. O grupo se mostrava meio cansado, repetindo fórmulas e perdendo força. As idéias originais, soavam agora datadas, sem impacto. Uma desastrada série de apresentações no inverno daquele ano sepultou o grupo. Não havia mais conversa, não havia amizade. O Pere Ubu acabaria e ficaria esquecido, perdido no limbo até 1987. Nesse anos todos, apenas uma coletânea, Terminal Tower: an archival collection, em 1985.

Mas se o grupo terminou, os integrantes, continuaram a trabalhar. Krauss e Maimone juntaram-se ao guitarrista Jim Jones e montaram o Home and Garden lançando um EP em 1983, com o sugestivo título How I Spent My Vacation.

Mas ninguém foi mais prolífico que o vocalista que construiu uma sólida carreira-solo com uma série de discos: Sound of the Sand (And Other Songs of the Pedestrians), em 1981; Winter Comes Home, (1982); Variations a Theme, de 1983; Monster Walks the Winter Lake e More Places Forever, ambos de 1985 e Blame the MessengerErewhom (1996); Mirror Man, de 1999; Bay City, em 2000, e finalmente, Surf’s Up!, em 2001.

Da esquerda para a direita: Alan Ravenstine, Tony Maimone, Chris Cutler, David Thomas, Jim Jones e Scott Krauss, em 1988E em 1987, eles voltaram com tudo. Os velhos companheiros lá estavam: Scott Krauss, Alan Ravenstine, Tony Maimone e com dois novos membros: o parceiro de Scott, Jim Jones e Chris Cutler, também baterista. Uma grande volta com um grande disco, The tenement years. Ao invés da anarquia e rebeldia dos anos anteriores, surge uma banda mais madura, experiente, mais satírica, menos engajada.

O disco seguinte, Cloudland, de 1989, mostra já uma banda bem mais acessível e até sonhando com um sucesso radiofônico, com “Breath”. A idéia é serem menos excêntricos, a conquistarem uma audiência maior. “Cansamos de ser comentados, mas pouco ouvidos. Queremos o inverso agora”, desabafa David, em entrevistas. Mas a primeira baixa é Allen Ravenstine, o mago do grupo, que vai tentar a carreira de piloto de avião, entrando Eric Drew Feldman em seu lugar, ex-Captain Beeheart. Em compensação lançam em 1991, o disco Worlds in Collision, com o maior hit da banda, “Oh Catherine”, uma canção quase-romântica e uma estrutura muito próxima de uma música convencional.

Eis a letra…


Oh Catherine
Oh Catherine
I was out on a river and stuck on a raft
Swept out to sea I don’t know how to get back
Like a house on a hill
I remember you still
Oh Catherine
I was riding a blue train flat out on the rails
I looked out the window
I was livin in hotels
A house on a hill I remember you still
But I ain’t ever gettin home
and you ain’t ever gonna know
how I tried to love you
Now that I only know
what I used to know
it’s like I live in a ghost tale
Catherine
there’s a place in my heart the years don’t go
The days pass it by and you never grow old
A house on a hill I remember you still
But I ain’t ever gettin home
and you ain’t ever gonna know
the story

Mas Feldman pouco fica e já no disco seguinte, The Story Of My Life, de 1993 o grupo é apenas um quarteto, com David, Scott e Jim Jones (que dividem sintetizadores e teclados) e Tony Maimone. O disco é um fiasco, com canções longe do velho Pere Ubu, que parecia flertar com bandas pops. Logo após o disco, Garo Yellin e Michele Temple, entram na banda. Michele, inclusive, ocupa o lugar do demissionário Tony Maimone. Meses depois entra Robert Wheeler nos teclados e theremin. A grande curiosidade sobre Wheeler é que é um descendente do inventor da lâmpada, Thomas Edison.

Krauss sai novamente da banda e é substituído por Scott Benedict. Em 1995 a banda lança uma série de álbuns: Ray gun suitcase, Harpen singlesBeach boys see dee plus e Folly of youth see dee plus.

caixa Datapanik In the Year ZeroEm 1996, lançam uma caixa de cinco cds que leva, curiosamente, o mesmo nome do EP de 1978, Datapanik In The Year Zero. A caixa engloba todas as faixas gravadas entre 1975 e 1982, além de um show pirata intitulado 390 Degrees of Simulated Stereo, Ubu live vol. 2 e um cd com faixas de bandas pré-Pere, tocando, entre outras coisas, Seeds.

Quando o grupo era dado como morto lançam, em 1998, o disco Pennsylvania e um disco ao vivo, em 1999, intitulado Apocalypse Now (Thirsty Ear, 1999), gravado em 1991.

capa de St ArkansasO último registro da banda é o CD St Arkansas, de 2002, que conta a história de um homem de negócio pela América.

O grupo segue ainda na estrada e com a mesma disposição em gravar, embora sua inspiração pareça ter sumido. Essa foto abaixo é da atual formação, ou pelo menos dos músicos que começaram o ano de 2003.

 

Da esquerda para a direita: Robert Wheeler, Michele Temple, Tom Herman, David Thomas e Steve Mehlman.Se você quiser conhecer apenas um disco da banda, fique com The Modern Dance. Se tiver mais dinheiro compre a caixa Datapanik in The Year Zero, ou então abaixe todas as canções via internet. Mas não deixe de conhecer o som dessa banda, uma das mais peculiares e pessoais de toda a música. Um abraço e até a próxima!

Discografia

30 Seconds Over Tokyo/Heart of Darkness (EP, 1975)
Modern Dance (1978)
Datapanik In The Year Zero (1978)
Dub Housing (1978)
New Picnic Time (1979)
The Art of Walking (1980)
390 Degrees of Simulated Stereo, Ubu live Vol.1 (1981)
Song of the bailing Man (1982)
Terminal tower: an archival collection (1985)
The tenement years (1988)
Cloudland (1989)
Worlds in collision (1991)
Story of my life (1993)
Ray gun suitcase (1995)
Harpen singles (1995)
Beach boys see dee plus (1995)
Folly of youth see dee plus (1995)
Datapanik in the year zero (caixa com cinco cds, 1996)
Pennsylvania (1998)
Apocalypse now (live, 1999)
St Arkansas (2002)