435 – Voluntários da Pátria

No começo da década de 80, a loja Baratos Afins deu uma grande força às bandas independentes ao montar o selo de mesmo nome. Se as bandas não venderam muito, ao menos foram importantes para abrir espaços para muita gente talentosa. Uma dessas bandas – que teve apenas um LP gravado – foi o Voluntários. Liderado pelo guitarrista Miguel Barella, o Voluntários teve em sua formação Guilherme Isnard (depois vocalista do Zero), Thomas Pappon (Fellini e Smack), Nasi (Nazi, à época) e Ricardo Gaspa (ambos, futuros integrantes do Ira!). Com uma sonoridade mais definida e mais trabalhada que os demais grupos do selo, o Voluntários da Pátria deixou um belo registro e que merece ser resgatado.


(Primeira formação dos Voluntários: da esquerda para a direita: MinhoK, Guilherme Isnard, Miguel Barella e Thomas Pappon. Faltou o baixista Maurício, futuro integrante do Ultraje a Rigor. Crédito da foto: Luís Crispino.)

Para contar a história do grupo, entrevistei três integrantes da banda: os guitarristas Miguel Barella, Giuseppe Frippi e o baterista Thomas Pappon. Eles falaram da vida, das gravações e das diversas formações do grupo. As fotos que ilustram a matéria foram todas retiradas do site sacimusic, de Miguel Barella, com os devidos créditos.

Após a explosões do punk e da new wave no mundo, que mostrou que qualquer jovem poderia formar uma banda, muitos sonhavam em formar uma banda. E como qualquer outro grupo, nasceu os Voluntários da Pátria.

O grupo nasceu em 1982, após um encontro entre o guitarrista Miguel Barella (foto, em instantâneo de Jac Leirner) e o baterista Thomas Pappon.

Miguel, paulistano da capital, tinha crescido como qualquer garoto da sua idade, ouvindo Beatles, Rolling Stones, Jovem Guarda e foi, aos poucos, se aproximando mais dos progressivos ingleses e o jazz rock feito por Miles Davis, Mahavishnu, Chick Corea e pelo grupos do selo ECM.

Miguel Barella já havia tocado no Agentss, de Kodiak Bachine, que durou pouco, mas deixou um interessante legado: “O Agentss foi o projeto de 3 cabeças bastante diferentes: Kodiak, Eduardo (Amarante, futuro integrante do Zero) e eu. Deixamos um legado pequeno, mas consistente: 2 singles e 5 shows. Foi uma época interessante em São Paulo. Tínhamos poucos lugares para tocar, mas pessoas muito antenadas. Até hoje recebo e-mails de foram pedindo informações, autorização para remixes etc…”

Assim, após o fim do Agentss, nascia o Voluntários. Ao longo dos anos, a banda apresentou três formações:

Formação 1

Guilherme Isnard (vocal)
Miguel Barella (guitarra)
MinhoK (guitarra)
Maurício (baixo)
Thomas Pappon (bateria)

Formação 2

Nazi (vocal)
Miguel Barella (guitarra)
Giuseppe Lenti (guitarra)
Ricardo Gaspa (baixo)
Thomas Pappon (bateria)

Formação 3

Paulo H (vocal)
Miguel Barella (guitarra)
Giuseppe Lenti (guitarra)
AkiraS (baixo)
EdsonX (bateria)

(Segunda formação dos Voluntários. Em pé; Miguel Barella e Thomas Pappon. Sentados; Nazi, Ricardo Gaspa e Giuseppe Frippi. Crédito da foto: J. R Duran.)

O começo foi difícil…

Segundo Thomas Pappon, a banda surgiu meio que por “acidente”: “fundei os Voluntários com o Miguel Barella, que me ligou do nada em algum momento no inicio de 1982 perguntando se eu queria tocar na Gang 90. Ele namorava uma menina que tinha um irmão, com quem eu tocava numa banda. Essa namorada tinha mencionado para ele que o irmão tocava com um cara que ‘gostava de new wave’, e por isso ele me ligou. Topei, fomos ensaiar com a Gang 90, mas não durou muito, fui dispensado poucas semanas depois (aparentemente o Julio Barroso queria a volta do Gigante Brazil). Mas fiz amizade com o Miguel e ficamos com o plano de fazer algo juntos. No dia 7 de setembro de 1982 (a data acabou infleunciando a escolha do nome), fizemos um ensaio. O Miguel levou o Jacky (R.H. Jackson, baixo) e eu levei o Minho K (Celso Pucci, guitarra). Foi um barato, assim nasceu a banda.

Barella se lembra bem do começo: “uma jam com o Jackie o Thomas e eu serviu para despertar as afinidades musicais entre… o Thomas e eu. O Thomas foi para a Alemanha e ficou por isso mesmo. Antes do Thomas ir para a Alemanha ensaiamos com a Gang 90. Nessa época a Gang ficou reduzidíssima (sairam todos os músicos) e o Julio pediu que eu apresentasse gente nova. Os ensaios eram no apartamento da May East, na Praça da República, com a Sandra no piano Fender, o Thomas na bateria eu na guitarra e a Claudia Niemayer no baixo. O Julio ficava observando e soltava uns comentários do tipo: ‘toca como o Arto; encarna um James White’, etc. Lembro que o Julio ficou indignado com o Thomas quando ele falou XTC em vez de EKSTICI.

Por enquanto, ainda não tinha Voluntários da Pátria nem embrião da banda. Toquei com Gang 90 no Victoria Club com a Sandra no piano, Skowa no baixo e Victor Leite na batera. Nessa noite o Ira abriu para a Gang. A Sandra e eu continuamos a conversar sobre as possibilidades de uma banda etc… e o ponto em comum era ‘Thomas na batera’, mas ele estava na Alemanha tentando uma bolsa para estudar cinema.

Não sei bem como, mas um dia a Sandra diz que encontrou o Thomas na rua e um dia ele, mais MinhoK, estavam fazendo um som no porão. O Jackie estava lá com o stick mas logo depois voltou para Nova Iorque. O MinhoK apresentou o riff que acabou virando “Cadê o Socialismo”.

Barella discorda apenas da origem do nome: “um dia o MinhoK estava divagando sobre os nomes e disse ‘hoje passei pela Rua Voluntários da Pátria’. Na sequência falei que era um bom nome para o grupo. presentamos para o Thomas e ele também gostou. Uma sugestão anterior, dada pelo Thomas, era Gdansk (copiado de Warsaw, primeiro nome do Joy Division).

Os primeiros tempos tiveram aquele típico entra-e-sai de membros: “a Sandra e a Marcinha apareceram em vários ensaios mas a poesia teutônica das letras do Thomas inibia quem tinha que interpretá-las. A Sandra já falava em trocar o piano pelo baixo, eu queria dar uma chance, mas fui voto vencido.

Finalmente apareceu o primeiro baixista: Rodrigo. O Thomas conhecia ele da USP e eu porque era irmão de uma antiga namorada. Ele, definitivamente, não falava o nosso dialeto. A referencia mais próxima era o Police que tocava no rádio. Mesmo assim insistimos um pouco. O próximo passo era conseguir um vocalista!

Sábado após o ensaio, o Thomas, MinhoK e eu marcamos encontro no Rose BomBom. Era a primeira fase do Rose, montado num lugar que foi a primeira loja de discos do gênero punk-new-wave que conheci em SP – fora as Galerias que eram mais genéricas. O dono da loja era um americano de nome Bob, amigo do Kodiak.

Lá pelas tantas encontramos o Antonio Bivar, que eu conhecia através do Julio Barroso e da Gang90, e começamos a conversar… numa certa altura do papo alguém perguntou se ele gostaria de cantar na nova banda que se chamava Voluntários da Pátria etc. O Bivar disse ser muito tímido para cantar, mas não descartou totalmente o convite.

Alguns dias depois recebi um telefonama da Paula Lemos dizendo que um amigo dela tinha encontrado a Monica Figueiredo (e provavelmente o Bivar) saindo do Rose. Papo vai, papo vem e a Paula disse que ia me ligar um amigo dela que soube pela Monica Figueiredo que o Voluntários procurava um vocalista. O nome desse amigo era Guilherme Isnard.

Pronto, o time estava completo: Isnard, Mauricio, Pappon, MinhoK e eu. Ensaios, ensaios, ensaios, faíscas. O ar ficava carregado com uma tensão evidente entre as aspirações do Guilherme e os objetivos da banda.”

(Com Frippi – segurando o copo – nasce a segunda formação do grupo. Crédito da foto: Corina Crawford.)

MinhoK acabou saindo e Giuseppe Frippi acabou assumindo a outra guitarra. Italiano nascido em Alessandra, região do Piemonte, Giuseppe Lenti viveu em vários países. Seu pai era um executivo de uma multinacional e viveu em vários países.

Seu amor à música cresceu na Argentina:“foi onde dei meus primeiros passos na guitarra….A cena lá era fervilhante: muitas bandas de blues e Rock tocavam com frequência e vendo gente como Pappo, Cláudio Gabis (aqui tocou um certo tempo na banda do Nei Matogrosso logo depois da separação dos S&M), Luís Alberto Spinetta, Edelmiro Molinari acabei aprimorando meu conhecimento do instrumento (fora, obviamente, ouvir muito Hendrix e Santana, que eram os guitarristas ‘internacionais’ que eu mais curtia na época) …. Cheguei no Brasil em 74, com 16 anos.”

Logo que chegou ao Brasil, conheceu Miguel: “eu tinha formado uma banda com um pessoal da minha escola que se apresentava nos festivais do Colégio Objetivo e o Miguel também chegou a tocar nesses eventos. Começamos a trocar idéias durante as passagens de som e acabamos ficando muito amigos. Inclusive porque acabei montando uma nova banda com músicos que ele me apresentou. Tempo depois ele me convidou a me unir aos Voluntários, já que o MinhoK (o outro guitarrista) tinha abandonado a banda…

Sua grande paixão na guitarra, depois de Hendrix, era Robert Fripp, líder do King Crimson e acabou sendo conhecido como Frippi, com “i” no final.

Para Pappon, a segunda era a mais consistente, tanto que gravou o único LP do grupo: “A primeira era com o Minho K, o Maurício (do Ultraje) no baixo e o Guilherme Isnard nos vocais. A outra com o Frippi, o Gaspa e o Nasi. Os nomes falam por si. A vantagem da segunda é que havia uma trama de guitarras mais definida e resolvida, o baixo era mais presente. Mas a grande diferença estava nos cantores. Dois estilos totalmente diferentes. De um lado, Brian Ferry e do outro – sei lá – Bono, no início de carreira. New Romantic x Clash. Hoje acho que o Isnard combinava melhor com o som e a imagem da banda. O Nasi estava por demais comprometido com o estilo de rebeldia adolescente do Ira!, o que não combinava muito com os Voluntários – nem com letras como ‘O Homem Que Eu Amo’.

(Nazi em um show dos Voluntários. Crédito: Simone Lima)

Para Barella, a grande preocupação sonora da banda era trabalhar muito os arranjos; de forma interativa e fragmentada. “Tudo era dividido em partes que se juntavam como quebra cabeças. Um instrumental forte com resultado ‘pop’” E para que essa concepção desse certo era vital a presença de Giuseppe Frippi, já que Barella admite que a primeira formação deixava um pouco a desejar.

“A primeira tinha o o Guilherme Isnard como vocalista e o MinhoK na outra guitarra; Thomas na bateria. Estavamos experimentando fórmulas. Não era muito boa ao vivo. A segunda foi a que gravou o LP, muito boa ao vivo. O Giuseppe e eu limpamos e consolidamos os arranjos das guitarras. O Thomas fez o mesmo com a bateria.”

Os integrantes traziam diversas influências sonoras: The Cure, Gang of Four, Joy Division, League of Gentleman, Bill Nelson, XTC, King Crimson (especialmente o disco Discipline), além dos grupos de Nova York, como Television e Talking Heads.

O único disco editado do grupo, em 1984, saiu pelas Baratos Afins, com um longo e explicativo texto na contra-capa:

Grupo paulista formado em setembro de 1982. Realizou uma série de shows no ano de 1983. Tocou no Carbono 14, Rose Bom Bom, Lira Paulistana, Clash, Sesc Pompéia e Napalm (São Paulo), Noites Cariocas e Circo Voador (Rio de Janeiro).

Os Voluntários da Pátria não se apresentam ao vivo desde o início de 1984 (exceção feita ao show pelas Diretas-Já no Centro Cultural São Paulo). Durante este tempo, o grupo se dedicou à criação e aperfeiçoamento de músicas para a composição do grupo desde o seu surgimento. O objetivo inicial deste trabalho era o de registrar este material em um LP.

O papel do disco seria o de reproduzir fielmente os sons produzidos pelo grupo. A “fidelidade” em questão se refere ao som produzido ao vivo pelos Voluntários da Pátria, com os timbres de seus instrumentos equalizados de acordo com sua própria concepção estética. E o primeiro passo na tentativa de ir de encontro a este critério, foi de abandonar toda e qualquer perspectiva de lançar o LP por uma gravadora. Tinha-se descoberto que as gravadoras são incapazes de reconhecer e avaliar trabalhos que fogem dos padrões derivados de modismos passageiros. Não existe interesse nem iniciativa no sentido de se fazer um investimento a longo prazo, dirigido a um novo mercado, um mercado sólido sustentado por uma base real: a relação do consumidor criterioso com a música criteriosa, ou seja, uma relação onde os envolvidos partem para a discussão sobre determinado trabalho, situando-o em determinado contexto e resguardando ou não seu papel histórico de obra de arte. Tinha-se descoberto também, que os produtores de disco daqui são incapazes de situar qualquer tipo de música feita por jovens, em outro universo que não seja o das FMs e AMs comerciais. Isto revela sua desinformação: ignoram, entre outras coisa, o movimento punk, um movimento que praticamente alterou o comportamento do mercado fonográfico a nível mundial, além de ter influenciado toda uma geração de músicos e ouvintes.

Os Voluntários da Pátria partiram então para a auto-produção, contando com a ajuda mecência de Luiz Carlos Calanca (Baratos Afins Records). O resultado é um LP com oito faixas instigantes, três das quais censuradas. São oito faixas onde prevalece a originalidade da integração letra/música/arranjo (os Mutantes faziam isso com classe). O LP, situado no marasmo da MPB, merece ser tratado seriamente. O disco foi gravado em julho/84 no Mosh Studio (16 canais), São Paulo, e lançado pelo selo Baratos Afins Discos.

Os Voluntários da Pátria são: Miguel Barella (guitarra, guitarra sintetizada), Giuseppe Frippii (guitarra, guitarra sintetizada), R. Gaspa (baixo), Nazi (vozes) e Thomas Pappon (bateria e vozes de fundo).

Ao ser editado em LP, trazia oito músicas:

Lado A

01. O Homem que eu Amo
02. Iô Iô
03. Um, Dois, Três, Eu te amo
04. Nazi Über Alles

Lado B

01. Marchas
02. Verdades e Mentiras
03. Cadê o Socialismo
04. Terra Devastada

O disco foi editado em CD, com sete faixas bônus, todas ao vivo:

09. Resistência Afegã
10. Iô Iô
11. Verdades e Mentiras
12. Um, Dois, Três, Eu te amo
13. Cadê o Socialismo
14. Fúria Brasileira
15. Marcha

O relançamento em CD, aliás, teve um show comemorativo, em janeiro de 1990 no Aeroanta. A formação para essa apresentação foi: Nazi, Miguel, Giuseppe, Gaspa e Kuki na bateria.

(Foto da banda em 1984 à época da gravação: da esquerda para a direita: Nazi, Thomas, Frippi, Barella e Gaspa. Crédito: Arquivo Pessoal de Miguel Barella.)

Segundo Miguel, “fomos para o melhor estúdio que podíamos pagar (o Mosh) e tudo correu sem surpresas. Os técnicos de som não tinham e menor idéia como conseguir a sonoridade que buscávamos, mas o resultado final ficou razoável.”

Thomas conta que eles não tinham a menor expectativa em ver o disco lançado: “a gravação dos Voluntários foi em maio/junho de 84 Nós bancamos as gravações e o (Luiz) Calanca só decidiu lançar algumas semanas depois do trabalho pronto, ou seja, ninguém sabia (enquanto estávamos gravando) sequer se o disco seria lançado. Naquela época as bandas nao tinham firmeza nem dinheiro e peito para fazer tudo sozinho até o fim. Ainda bem que existia a Baratos Afins.”

Frippi se lembra de uma história divertida: !o Nasi quebrou o queixo pouco antes de gravar as vozes num acidente de carro e tivemos que esperar que ficasse “bom” para completar o processo (que – evidentemente – ficou certo tempo em standby…).”

No entanto, o Voluntários era uma banda sem grande preocupação comercial. “Era um veículo de expressão. Jamais pensamos em um grande selo”, garante Barella. Frippi, no entanto, gostaria de ter tido uma chance “desde que este não quisesse modificar o conceito estético da banda.”

Por isso mesmo, as apresentações eram poucas: “Eu e o Giuseppe tinhamos empregos fixos, então os ensaios eram à noite ou no fim de semana. Shows só no fim de semana”. Thomas recorda desses ensaios: “eram em Indianópolis, longe pacas da minha casa.”

As dificuldades em se apresentar e sem grandes perspectivas foram a deixa para que Thomas saísse do grupo, afinal ele já integrava o Fellini e o Smack. “Foi exatamente por isso (estar em três grupos ao mesmo tempo) que acabei saindo da banda. Não dava para tocar em três bandas, tive que deixar uma delas. Optei por sair dos Voluntários. Os Voluntários eram algo novo na época. O pessoal gostava, os músicos eram bons. Mas a opção de sair não foi difícil de tomar. O Smack era uma superbanda, a gente fazia um puta som, rolava uma química muito forte ali. O Fellini eu amava, sabia que a gente tava fazendo algo muito legal.”

(Última formação dos Voluntários: em pé, da esquerda para a direita: o vocalista Paulo Horácio, o baterista Edson X, o baixista Akira S e Giuseppe Frippi. Sentado: Miguel Barella. Crédito da foto: Ruy Mendes.)

O grupo ainda resistiu com uma terceira formação, mas durou apenas até fevereiro de 1986, quando fizeram o último show, para o programa Mixto Quente, da Rede Globo. Após isso, Miguel e Giuseppe fizeram dois discos sob o nome de Alvos Móveis – Alvos Móveis e Slow Link.

Barella nunca deixou a música de lado: Nunca parei de tocar. Desde 2000 estou envolvido com improvisação. Tenho um trio que chama LCD e o duo Rohrer-Barella. Gravamos várias coisas que foram lançadas fora do Brasil, tocamos no LEM, em Barcelona. Em 2010, toquei em Shanghai com músicos chineses…” Barella se diz “apaixonado e completamente absorvido, no momento” por Kaki King.

Frippi recentemente lançou um disco solo pela Voiceprint, Desert Wind. Thomas passou pelo Fellini, com vários discos, Smack e The Gilbertos. Nazi e Gaspa ficaram famosos com o Ira! Akira S liderou o combo Akira S e as Garotas que Erraram. Guilherme Isnard foi vocalista do Zero.

As perspectivas de se reunirem são poucas e não animam muito, afinal anda muito difcíl tocar ao vivo. Ou nas próprias palavras de Pappon: “tudo continua tosco e dificil para bandas independentes. Mas hoje é pior, porque me parece que não há mais interesse em rock. Na época, pelo menos, todo mundo tinha curiosidade, e a imprensa e as radios davam uma puta força.”

Espero que tenham gostado. Um abraço e até a próxima coluna.