Eles
foram uma das bandas mais influentes dos anos 60. Liderados por
Arthur Lee, o Love lançou vários discos, mas foi
com o terceiro, Forever Changes, que a banda se solidificou com
um dos melhores expoente da Costa Oeste dos Estados Unidos. Um
disco que acaba de receber um tratamento diferenciado da gravadora
Rhino e que foi relançado com faixas bônus e um livreto
maravilhoso. Se você curte Grateful Dead, Jimi Hendrix,
Buffalo Springfield ou Doors, e não conhece o trabalho
do Love, corra atrás porque vale a pena.
O ano
de 1967 foi mágico para o rock. Vários artistas
lançaram seus álbuns de estréia: Pink Floyd,
Doors, Velvet Underground, Nico, Grateful Dead, Jimi Hendrix,
Janis Joplin, entre outros. Também foi o ano de ouro para
alguns grupos: The Who, Beatles, Byrds, Country Joe and The Fish,
Buffalo Springfield e o Love.
A banda era liderada por
Arthur Lee, um dos poucos negros a ter essa posição
em uma banda de rock, em 1965 (dois anos portanto da Jimi Hendrix
Experience). Lee era considerado uma espécie de visionário,
dono de um temperamento difícil.
Lee achava que aquele trabalho
seria o prenúncio de sua morte, já que acreditava
que estaria completamente deteriorado fisicamente, aos 26 anos.
Mas aquele menino de 22 anos errou feio na sua projeção.
Depois de um sucesso raozável com o primeiro disco, Love,
que vendeu 100 mil cópias lançou o segundo, Da
Capo, que seguiu o mesmo caminho e o Love virou uma banda
cult, já que Lee recusava-se a a excursionar muito longe
de Los Angeles.
Ao contrário de outro
contratado da Elektra, os Doors, o selo tentava fazer com que
a banda viajasse por todo o país e pedia um hit-single
igual a "Light My Fire" da banda de Jim Morrison.
Ou
nas palavras de Jac Holzman, presidente do selo: "Arthur
era e provavelmente é um das pessoas mais espertas que
conheci do meio. Apesar do talento, ele preferia ficar isolado
mais do que o necessário e isso prejudicou muito sua carreira.
Ele foi um dos maiores gênios que conheci, mas apesar de
tanta genialidade, recusava a aparecer em público."
Mesmo sem ser um entusiastas
de shows, Lee era um perfeccionista no estúdio e contava
com vários músicos adicionais para os arranjos.
Para produzir Forever
Changes, ele queria mesclar um pouco de jazz, música
mexicana e até clássica. Foi nessa época
que começou a amizade com Hendrix, que tocou em alguns
discos posteriores a Forever. Ele sabia que não
tinha na banda músicos tão técnicos como
o trio de Hendrix ou mesmo o Who de Pete Townshend. A saída
foi fazer um disco menos explosivo, mas mais requintados instrumentalmente
falando.
O produtor Bruce Botnick
conta um pouco a história do disco: "No começo
de Forever Changes eu e Neil Young produziríamos
o disco. Neil estava meio cheio do Buffalo Springfield e eu pensei
que ele tocaria alguns solos de guitarra. Mas ele não estava
bem fisicamente e pulou fora do projeto, deixando comigo a produção.
A produção acabou sendo minha junto com o Arthur.
Mas o Love estava passando por um momento ruim, porque a banda
não tocava havia um bom tempo e eles estavam separados.
Eu pensei em chamar alguns dos melhores músicos de estúdio
disponíveis e deixar Bryan McLean cantar e tocar suas músicas
e fazer o mesmo com Arthur. Ele tocou guitarra e depois trabalhava
nas partes da música e gravamos duas canções
em três horas: "The Daily Planet" e "Andmoreagain".O
grupo estava presente e eu me lembro deles crescendo aos poucos.
A banda levou um choque e esqueceram os problemas e começaram
a trabalhar no disco como novamente um grupo. Nós usamos
as duas músicas gravadas, mas fizemos uns overdubs para
que soasse como uma banda novamente.
Arthur Lee lembra bem do
projeto: "Nós tínhamos o costume de trabalhar
toda a noite. Depois que começamos a ganhar dinheiro paramos
de produzir. Quanto mais dinheiro entrava, menos produzíamos
e isso deteriorou o Love. Cada um queria seu carro, sua casa e
não precisavam mais de mim, que escrevia 90% das canções.
Depois do insucesso das primeiras
gravações em junho, voltaram ao estúdio em
agosto par acabar o que tinha começado. Mas a banda veio
por um ou dois dias e sumiu de novo.
Lee queria algo mais orquestral,
do mesmo jeito que os Beatles fizeram com Sgt. Pepper's.
Foi
aí que apareceu David Angel, que ajudou no disco inteiro.
Ele tentou músicos da Filarmônica de Los Angeles.
Eu expliquei quais partes que desejava em ter o som mais elaborado.
O álbum Forever Changes seria as minhas últimas
palavras dessa vida. E como a morte estava lá, essas seriam
minhas mudanças para sempre.
Lee não morreu e continuou
com o nome e o grupo em vários discos iregulares. Em 1980
tentou mais uma volta. Hoje ele cumpre uma pena de 12 anos por
agredir sua ex-mulher, coisa constante em sua vida. Há
até um site que recolhe e-mails de ajuda a Arthur para
que seja solto. Um dos músicos mais brilhantes de sua geração,
que acabou na prisão por porte de armas, de drogas, e por
violência.
Fique com a letra Alone Again
Or.....um abraço
Yeah, said it's all right
I won't forget
All the times I've waited patiently for you
And you'll do just what you choose to do
And I will be alone again tonight my dear
Yeah, said it's all right
I won't forget
All the times I've waited patiently for you
And you'll do just what you choose to do
And I will be alone again tonight my dear
Yeah, I heard a funny
thing
Somebody said to me
You know that I could be in love with almost everyone
I think that people are
The greatest fun
And I will be alone again tonight my dear
Yeah, said it's all right
I won't forget
All the times I've waited patiently for you
And you'll do just what you choose to do
And I will be alone again tonight my dear
Yeah, said it's all right
I won't forget
All the times I've waited patiently for you
And you'll do just what you choose to do
And I will be alone again tonight my dear
|