Daevid
Allen é um bruxo. Um homem que vive pelo prazer da música.
Anyway, Anyhow, Anywhere como já cantou o The
Who. Esse disco, em reunião com Graham Clark e Mark Robson
deixa de lado as viagens malucas e sensacionais do Gong. Apenas
músicas acústicas em uma celebração
ao vivo. Mark cuidou dos pianos, didgeridu, flautas e voz. Graham
ficou com o violino e Daevid, violão, glissando e vocais
também. As 11 canções não são
apenas músicas simples. É um ritual, uma alquimia,
uma sensação. Desde a abertura com "Zero Theme",
passando por canções longas e de uma beleza arrebatadora,
o ouvinte é levado pelo silêncio, pela delicadeza,
pela paz. Não há incursões da platéia
no meio delas, apenas discretos aplausos de quem aprecia e respeita
o momento. Allen conheceu seus companheiros durante os encontros
do Invisible Opera Company. Mark o conheceu na Austrália
e Graham, em Londres, em 1988. Suas intervenções
ao glissando (instrumento que no Brasil é tocado com maestria
por Fabio Golfetti do Violeta de Outono) dão uma riqueza
harmônica, bem como as incursões de flautas de Robson
e o violino de Clark.
As gravações
foram em Manchester, no dia 10 de Novembro de 1991, no Witchwood,
com exceção das faixa 7 e 8 (Trial by headline e
Isle of Glass), gravadas no dia 5 de Outubro, no Town and Country,
de Londres. Uma ironia: em uma época das bandas que misturavam
dance com rock (caso de Primal Scream, Inspiral Carpets), um show
desse chega a ser até algo bizarro.
Mas não há
nada bizarro ou chato. O clima quase barroco e os temas místicos/esotéricos
que tanto agradam os fãs o Gong não o decepcionarão.
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