Nem
tudo que veio da nova cena norte-americana na década de
70 contemporânea ao pessoal de Nova York era necessariamente
punk. Uma das bandas mais originais e desconcertantes era um grupo
de Cleveland, que misturava cacofonia, barulho, Captain Beefheart,
Frank Zappa, jazz, rock, soul e minimalismo. O nome de tal ousadia
é Pere Ubu, grupo que ainda está na ativa, apesar
de infinitas formações. Sempre liderado pelo vocalista
David Thomas, uma pessoa com olhar insano e idéias mais
insanas, o Pere Ubu foi um dos fundadores do chamado "som
industrial". Sua carreira incomum e acidentada é uma
das mais curiosas já relatadas.
Se há
uma palavra que pode definir o Pere Ubu, é grotesco. E
se acha que a banda se sentirá insultada, saiba que servirá
como um grande elogio, porque mostrar o lado caótico do
mundo, do homem em meio a um mundo industrializado, seus medos,
rancores, paranóias, sempre foi o maior objetivo desse
grupo, que recheava todo esse pesadelo com um solo igualmente
ou até mais selvagem, alto, desconcertante. O mundo não
é um lugar agradável, você dirá ao
ouvir o grupo; e David Thomas apenas sorrirá para você
e dirá "absolutamente, não é".
David Thomas era um jovem
cheio de tédio e louco para mudar sua vida sem graça,
e com 20 anos resolveu virar crítico musical. Adotou o
singelo pseudônimo de Crocus Behemoth e ficava freqüentando
os shows de rock, entre eles os do MC5, Stooges e Blue Oyster
Cult. Dois anos depois resolveu montar sua própria banda,
The Rocket from the Tombs, especializada em covers de velhos clássicos
do rock. No Rocket, David já trabalhava com uma pessoa
que seria decisiva em sua carreira, o guitarrista Peter Laughner,
com quem compartilhava idéias peculiares sobre como um
grupo deveria soar: a música deveria falar sobre a convulsão
social das pessoas, paranóias, medos, inseguranças
e dar vazão ao ser humano que nascia sob a ótica
industrial.
Para exprimir toda esse
pesadelo, resolveram adotar o nome Pere Ubu, baseado em três
fatos:
1 - Pere Ubu era o personagem central de uma peça
escrita pelo francês Alfred Jarry (1873-1907). Em francês,
Pere é pai e Ubu, o nome do personagem.
2 - Era um nome simples, com boa sonoridade e apenas três
sílabas.
3 - A peça de Jarry consistia em fazer o público
participar do ato. Ele usava máscaras, seus personagens
de maneira desconexas, monocórdicas e por cartazes.
Além de David e
Peter, Tim Wright, que nunca havia colocado a mão em um
baixo, concordou em aprender o instrumento e até comprou
um Dan Electro de seis cordas, usado e Scott Krauss assumiu a
bateria. Scott e Peter dividiam, à época, um apartamento
não muito longe de Allen Ravenstine, um músico que
fazia experimentações esquisitas com sons e tinha
reputação de excêntrico. Allen também
morava com outra figura estranha, Tom Herman, que tinha um Morley
Pedal Fuzz Wah e tocava quase todas as noites. Todos eles foram
convidados e aceitaram em fazer parte do novo grupo. Após
alguns ensaios, debutaram ao vivo na véspera do Ano Novo,
em um bar onde David fazia bico como porteiro. O show quase foi
adiado porque Allen não podia tocar. Para a sorte da banda,
Dave Taylor, um balconista de loja de discos e amigo da banda,
tinha o mesmo EML sintetizador de Allen, uma feliz coincidência,
já que este teclado era quase uma raridade. Tocaram canções
próprias, além de covers de Stooges, Velvet e o
clássico do grupo Seeds, "Pushin' too Hard".
Além
das idéias pessoais, David foi fisgado também pelo
espírito que o punk começava a dispertar por todos
os cantos e acabou conhecendo o vocalista Stiv Bators, dos Dead
Boys, um dos primeiros punks da América. Em Julho, Peter
conseguiu trazer o Television, de Tom Verlaine, para Cleveland
e serviram como banda-suporte. Dois meses depois, gravaram o primeiro
compacto como Pere Ubu: 30 Seconds Over Tokyo/Heart of
Darkness. A música era áspera, suja, quase
inaudível, uma mistura de Stooges com Velvet Underground.
A letra não era nada agradável: Aranhas negras explodem
a artilharia anti-aérea pelo céu/alcançando
com suas garras por todos os lados/Sem lugar para correr ou fugir/
sem fuga da corrida suicida.
Eis a letra inteira da
canção:
30 seconds over Tokyo
Flew off early
in the haze of dawn
in a metal dragon locked in time,
skimming waves of an underground sea
in some kind of a dream world fantasy
Sun a hot circle on a canopy,
'25 a racing blot on a bright green sea
Ahead the dim blur of an alien land,
time to give ourselves to strange gods' hands
Dark flak spiders bursting in the sky,
reaching twisted claws on every side
No place to run,
no place to hide,
no turning back on a suicide ride
Toy city streets crawling through my sights,
sprouting clumps of mushrooms like a world surreal
This dream won't ever seem to end,
and time seems like it'll never begin
30 seconds,
and a one way ride
30 seconds,
and no place to hide
30 seconds over Tokyo
Um dos maiores segredos do Pere Ubu era juntar o sarcasmo e toda
ironia do punk com a visão de David e Peter, que misturavam
o humor com o pesadelo. E para embalar tudo isso, um som caótico,
mas que no fundo era extremamente bem tocado e articulado. Esse
binômio resultou em algo totalmente novo, já que
a base sonora era o rock and roll clássico, que recebeu
camadas e mais camadas de experimentalismo, principalmente através
de Tom Herman e de Allen Ravesntine, que tirava sons estranhos
de seus teclados e foi um dos pioneiros na maneira de explorar
os recursos sonoros dos sintetizadores além dos padrões
normais. Mas David também fazia diferença, principalmente
em cima de um palco. Para começar era uma figura tão
grotesca quanto o nome do grupo: grande, pesado, cabelos eriçados,
olhar seco, nervoso, e dono de um timbre vocal que tentava casar
os crooners antigos com a levada simples e quase rústica
dos bluesmen. Por tudo isso, o Pere Ubu era uma espécie
de Velvet Underground atualizado: dificilmente alguém passava
batido ao ver e ouvir o grupo: era adoração ou o
ódio imediato. Não havia meio termo.
Após o lançamento
do primeiro compacto, lançaram um segundo em Março
de 1976: Final Solution/Cloud 149. "Final
Solution tinha uma leva meio Tom Verlaine na guitarra e mais uma
letra nada fácil de ser digerida.
Final solution
The girls won't touch me cause I got a misdirection,
and livin at night isn't helpin my complexion
The signs all say it's a social infection
A little bit of fun's never been an insurrection
Mom threw me out til I get some pants that fit
She just don't approve of my strange kind of wit
I get so excited I always gotta lose it,
then they pack me off & make me take the cure
But I don't need a cure,
don't need a cure
don't need a cure,
need a final solution
Buy me a ticket to a sonic reduction
Guitars gonna sound like a nuclear destruction
It seems I'm the victim of natural selection,
or maybe just another slide in another direction
I don't need a cure,
don't need a cure
don't need a cure,
need a final solution
Solution!
Apesar de não serem
exatamente um sucesso comercial, bem longe disso, na verdade,
os dois compactos chamaram a atenção para a proposta
inovadora da banda. A falta de esperança, o masoquismo
explícito, a cacofonia e o já citado caos proposital
não encontravam similares em outras bandas. Além
disso, David, outrora um cara fechado e quase tímido, começava
a atrair os holofotes para sua pessoa, principalmente na maneira
de teatralizar suas performances. O Pere Ubu era por demais abstrato.
Em Maio de 1977, Peter surpreende a todos ao anunciar que abandonaria
o grupo, justamente o mentor de toda a concepção
sonora, alegando que desejava fazer um som mais psicodélico,
um retrocesso em sua carreira contemporânea. O amante de
Pink Floyd da primeira hora foi encontrado morto dias depois,
vítima de uma overdose. Meses depois, em 1978, Tim Wright
também deixa a banda, entrando Tony Maimone em seu lugar.
Com David (agora pilotando teclados ocasionais), Tom Herman, Allen
e Scott entram em estúdio para gravar o primeiro disco
do grupo, o clássico The Modern Dance.
As
idéias para o disco continuavam as mesmas, mas os pesadelos
ganharam mais força através de outras imagens. David
cantava sobre o desgaste mental das pessoas, da pressão
social que os homens estavam expostos e da violenta, suja e desagradável
sociedade moderna. A tal dança moderna era mais uma maneira
de como todas as pessoas deveriam se comportar para poderem sobreviver
ao massacre das grandes cidades. A canção-título,
com colagens de vozes desconexas e um vocal sofrido de David mostra
toda sua angústia e pode ser considerado um dos marcos
e hinos do movimento punk, embora nunca tenham abraçado
o punk como ideologia e forma de viver.
Eis a letra.
The modern dance
Down to the bus
into the town
our poor boy can't get around
Eight fifty-five
down at the show
she leaves early
He'll never know
Cuz our poor boy
believes in chance
he'll never get the modern dance
Under the door there's an eye on the place
He watches for the shadows race
Watch real close
Look real fast
He's in touch
It'll never last
Cuz our poor boy
believes in chance
he'll never get the modern dance
A mistura sonora, muitas
vezes comparada ao Captain Beefheart e até os primeiros
trabalhos de Frank Zappa, era mais complexa do que parecia, reproduzindo
de barulhos de chaminés, pessoas trabalhando em ambientes
fechados, e acreditem, casando essa balbúrdia toda até
com funk e soul, que eram possíveis de serem notados. O
disco vendeu apenas 15 mil cópias, um número bastante
modesto, porém o suficiente para marcarem seu terreno entre
os novos artistas.
Sobre todo esse caos e
tumulto, David explicava o conceito: "A sociedade moderna
é extremamente cruel com os homens. Ela nos transformou
em verdadeiros andróides sem capacidade alguma sequer para
expressarmos o que sentimos. Você acorda, sai correndo para
pegar sua condução, entra em uma fábrica
imunda e que exala fuligem preta e venenosa; fica horas e horas
sentado em uma mesa com várias pessoas ao seu lado em um
ambiente extremamente impessoal e sem nenhuma privacidade. E ao
chegar em sua casa (que não é um lar, por ser apenas
quase um dormitório) ainda come uma comida industrializada
sem gosto e assistindo televisão. Sinceramente, que tipo
de vida é essa?"
Se você acha que
o rapaz estava brincando, veja a letra de "Life Stinks":
"A vida fede/ Já estou em cor-de-rosa/ Não
posso pestanejar/ Não posso piscar/ Eu gosto dos Kinks/
Preciso de uma bebida/ Não consigo pensar/ Gosto dos Kinks/
A vida fede."
No
mesmo ano, já por uma grande gravadora, lançaram
Dub Housing o desespero aumenta e o desconforto
do ouvinte chega a ser até superior ao de Modern
Dance. A depressão é ainda maior, a melancolia,
maior e os personagens parecem ainda mais incapazes de berrarem
perante a tanto horror, um hino à depressão que,
talvez, apenas o Joy Division pudesse igualar, embora sob outra
ótica. O "cardápio" aumenta e é
mais horripilante do que nunca.
Eis a letra da faixa-título...
Dub housing
Have you heard about this house?
Inside, a thousand voices talk
and that talk echoes around and around
The windows reverberate
The walls have ears
A thousand saxophone voices talk
You should hear how we syllogize
You should hear
about how Babel fell and still echoes away,
how we idolize,
theorize,
syllogize,
in the dark,
in the heart
Talk!
All I hear is...
Talk!
Hear the sound of the jibberty jungle
In the dark, a thousand insect voices chitter-chatter
The sun goes up,
goes over,
goes down
I seek sleep,
I sleep,
I forget
O ano fecha ainda com o
EP Datapanik In The Year Zero e a volta para
casa após uma série de shows tendo o Human League
abrindo para o grupo no Reino Unido e a lendária diva Nico
e o grupo psicodélico Red Crayola pelo resto da Europa.
Em Londres, o público comprava ingressos para a Magical
Mystery Ubu Tour, e ganhava uma surpresa: todos eram
colocados dentro de um ônibus e rumavam para um rumo desconhecido,
até chegarem em Chislehusrt Caves, onde assistiam o Pere
Ubu tocar em um palco improvisado, em alguns buracos dentro das
cavernas.
No
ano seguinte, mudam de selo, indo para a emergente e independente
Rough Trade, que anos depois seria a casa dos Smiths. Mas antes
disso, o Pere Ubu faria mais um disco-pesadelo, New Picnic
Time. O ano havia começado com uma aparição
no The First International Garage Exhibition, mas os atritos começaram
a pipocar. Os choques internos já eram notados e Tom era
o mais frustrado de todos. Mesmo assim, começaram as gravações
do disco. O disco era ainda mais desajustado, as letras ficaram
mais abstratas e os vocais gritados de David com mais ênfase
do que antes. O som ficara mais encorpado, mais denso, rico e
pode ser considerado um marco de um novo rótulo, o "rock
industrial". Peças como "The Dogs Are barking"
ou "Small Dark Cloud" são as provas de que o
grupo arriscara muito em termos técnicos e estéticos.
E se as coisas não ia bem dentro do Pere, a gota d'água
para Tom foi após um show frustrante com apenas cinco espectadores.
Irritado com a falta de sucesso e brigando por um espaço
maior, deixou o grupo. A banda entrou em uma crise profunda e
só voltou a respirar quando David e Allen convocaram um
novo guitarrista: Mayo Thompson, guitarrista do Red Crayolas.
Mayo conta que ficou gostou
dos integrantes de cara e um jantar na casa de Allen, fechou a
questão. E, se Thompson gostou dos integrantes, foi também
decisivo para o próximo disco. The Art Of Walking,
o segundo disco pela Rough Trade, de 1980, é uma virada
musical, com a banda abandonando um pouco seu pesadelo sonoro,
e agora quase dadaísta, e fazendo um som mais psicodélico.
Retrocesso? Nem tanto. Apesar de suavizarem, ficaram mais palatáveis,
acessíveis, calmos. Mesmo assim, mostravam seu lado ousado
como em Loop, herdeira do estilo de Brecht de compor. Allen, no
entanto, deixava suas esquisitices comerem soltas e há
até quem apontava a banda de estar flertando com o som
gótico da época. O grupo saiu em turnê com
o reformado Gang of Four e Andy Gill ainda se lembra desses shows:
"eles eram a única banda expressionista do mundo com
equipamento e conhecimento para produzirem música concreta
com um nível de consciência nunca visto antes na
música popular. A música deles era cheia de alma,
coração. Mesmo não fazendo um rock básico,
havia esse elemento em suas composições."
O
disco marcou a debandada de outro integrante original, o baterista
Scott Krauss, que no entanto, voltaria em 1987, na segunda reencarnação
da banda. Sem Scott, o grupo era um quinteto: Thomas, Ravenstine,
Maimone, Thompson e o percussionista Anton Fier, ex-Feelies e
Lounge Lizards. Enquanto a banda se organizava, foi lançado
um álbum ao vivo, em 1981, 390 Degrees of Simulated
Stereo, Ubu live Vol.1.
No ano seguinte, lançaram
The Song Of The Bailing Man. O grupo se mostrava
meio cansado, repetindo fórmulas e perdendo força.
As idéias originais, soavam agora datadas, sem impacto.
Uma desastrada série de apresentações no
inverno daquele ano sepultou o grupo. Não havia mais conversa,
não havia amizade. O Pere Ubu acabaria e ficaria esquecido,
perdido no limbo até 1987. Nesse anos todos, apenas uma
coletânea, Terminal Tower: an archival collection,
em 1985.
Mas se o grupo terminou,
os integrantes, continuaram a trabalhar. Krauss e Maimone juntaram-se
ao guitarrista Jim Jones e montaram o Home and Garden lançando
um EP em 1983, com o sugestivo título How I Spent
My Vacation.
Mas ninguém foi
mais prolífico que o vocalista que construiu uma sólida
carreira-solo com uma série de discos: Sound of
the Sand (And Other Songs of the Pedestrians), em 1981;
Winter Comes Home, (1982); Variations
a Theme, de 1983; Monster Walks the Winter Lake
e More Places Forever, ambos de 1985
e Blame the MessengerErewhom (1996); Mirror
Man, de 1999; Bay City, em 2000, e finalmente,
Surf's Up!, em 2001.
E
em 1987, eles voltaram com tudo. Os velhos companheiros lá
estavam: Scott Krauss, Alan Ravenstine, Tony Maimone e com dois
novos membros: o parceiro de Scott, Jim Jones e Chris Cutler,
também baterista. Uma grande volta com um grande disco,
The tenement years. Ao invés da anarquia e rebeldia dos
anos anteriores, surge uma banda mais madura, experiente, mais
satírica, menos engajada.
O disco seguinte, Cloudland, de 1989, mostra
já uma banda bem mais acessível e até sonhando
com um sucesso radiofônico, com "Breath". A idéia
é serem menos excêntricos, a conquistarem uma audiência
maior. "Cansamos de ser comentados, mas pouco ouvidos. Queremos
o inverso agora", desabafa David, em entrevistas. Mas a primeira
baixa é Allen Ravenstine, o mago do grupo, que vai tentar
a carreira de piloto de avião, entrando Eric Drew Feldman
em seu lugar, ex-Captain Beeheart. Em compensação
lançam em 1991, o disco Worlds in Collision,
com o maior hit da banda, "Oh Catherine", uma canção
quase-romântica e uma estrutura muito próxima de
uma música convencional.
Eis a letra...
Oh Catherine
Oh Catherine
I was out on a river and stuck on a raft
Swept out to sea I don't know how to get back
Like a house on a hill
I remember you still
Oh Catherine
I was riding a blue train flat out on the rails
I looked out the window
I was livin in hotels
A house on a hill I remember you still
But I ain't ever gettin home
and you ain't ever gonna know
how I tried to love you
Now that I only know
what I used to know
it's like I live in a ghost tale
Catherine
there's a place in my heart the years don't go
The days pass it by and you never grow old
A house on a hill I remember you still
But I ain't ever gettin home
and you ain't ever gonna know
the story
Mas Feldman pouco fica
e já no disco seguinte, The Story Of My Life,
de 1993 o grupo é apenas um quarteto, com David, Scott
e Jim Jones (que dividem sintetizadores e teclados) e Tony Maimone.
O disco é um fiasco, com canções longe do
velho Pere Ubu, que parecia flertar com bandas pops. Logo após
o disco, Garo Yellin e Michele Temple, entram na banda. Michele,
inclusive, ocupa o lugar do demissionário Tony Maimone.
Meses depois entra Robert Wheeler nos teclados e theremin. A grande
curiosidade sobre Wheeler é que é um descendente
do inventor da lâmpada, Thomas Edison.
Krauss sai novamente da
banda e é substituído por Scott Benedict. Em 1995
a banda lança uma série de álbuns: Ray
gun suitcase, Harpen singles, Beach boys see
dee plus e Folly of youth see dee plus.
Em
1996, lançam uma caixa de cinco cds que leva, curiosamente,
o mesmo nome do EP de 1978, Datapanik In The Year Zero.
A caixa engloba todas as faixas gravadas entre 1975 e 1982, além
de um show pirata intitulado 390 Degrees of Simulated
Stereo, Ubu live vol. 2 e um cd com faixas de bandas
pré-Pere, tocando, entre outras coisas, Seeds.
Quando o grupo era dado
como morto lançam, em 1998, o disco Pennsylvania
e um disco ao vivo, em 1999, intitulado Apocalypse Now
(Thirsty Ear, 1999), gravado em 1991.
O
último registro da banda é o CD St Arkansas,
de 2002, que conta a história de um homem de negócio
pela América.
O grupo segue ainda na estrada e com a mesma disposição
em gravar, embora sua inspiração pareça ter
sumido. Essa foto abaixo é da atual formação,
ou pelo menos dos músicos que começaram o ano de
2003.
Se
você quiser conhecer apenas um disco da banda, fique com
The Modern Dance. Se tiver mais dinheiro compre
a caixa Datapanik in The Year Zero, ou então
abaixe todas as canções via internet. Mas não
deixe de conhecer o som dessa banda, uma das mais peculiares e
pessoais de toda a música. Um abraço e até
a próxima!
Discografia
30 Seconds Over Tokyo/Heart of Darkness
(EP, 1975)
Modern Dance (1978)
Datapanik In The Year Zero (1978)
Dub Housing (1978)
New Picnic Time (1979)
The Art of Walking (1980)
390 Degrees of Simulated Stereo, Ubu live Vol.1 (1981)
Song of the bailing Man (1982)
Terminal tower: an archival collection (1985)
The tenement years (1988)
Cloudland (1989)
Worlds in collision (1991)
Story of my life (1993)
Ray gun suitcase (1995)
Harpen singles (1995)
Beach boys see dee plus (1995)
Folly of youth see dee plus (1995)
Datapanik in the year zero (caixa com cinco cds, 1996)
Pennsylvania (1998)
Apocalypse now (live, 1999)
St Arkansas (2002)
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