52 - Syd Barrett - Crazy Diamond

Quando fala-se em Pink Floyd todos lembram de clássicos como Dark Side of The Moon, Ummagumma, Atom Heart Mother, Meddle, Wish You Were Here e The Wall. Também ficaram famosas as brigas do ex-baixista Roger Waters e os outros integrantes (David Gimour, Nick Mason e Rick Wright) pelo uso do nome da banda, depois que Waters deixou o grupo após o fraco The Final Cut. Mas o que pouca gente (em especial a garotada que começou a ouvir o som do Floyd mais recentemente) sabe é que não é Waters e muito menos Gilmour, o responsável pelo nascimento desse grupo em plena Swingin' London nos anos 60 e que pulou do psicodelismo para a ópera-rock, criando o termo progressivo, que provoca arrepios em muitas pessoas.



A banda começou quando um excêntrico garoto chamado Roger Keith Barrett, apelidado de Syd, montou o grupo no meio da década de 60, tendo como base o rock dos anos 50 de Bo Diddley e de Buddy Holly, além de Rolling Stones.

Carismático, enigmático, foi um dos primeiros (ou o pioneiro) a se pintar para subir ao palco, usando unhas coloridas e roupas extravagantes. Sua influência foi tão devastadora, que mesmo ficando pouco tempo na banda que montou (1965 até 1968), deixou marcas em novos candidatos a astros do rock como David Bowie, que segundo uma lenda freqüenta até hoje uma sociedade secreta que cultua Syd. Bowie nunca negou sua paixão por aquela figura esquisita, magra e de olhar esparso: "Quando vi o Floyd ao vivo pela primeira vez, fiquei chapado com o visual dele. Imagina usar unhas pintadas, pinturas naquela época! Eu queria ser igualzinho. Ziggy (Stardust) foi uma homenagem minha ao Barrett", confessaria anos depois.

Depois de expulso do grupo por comportamento excêntrico e abuso das drogas, Syd Barrett produziu dois discos solos totalmente diferentes da concepção do som da banda, até se retirar definitivamente do mundo artístico para a reclusão total até hoje. Não é exagero considerá-lo a maior lenda viva do rock, já que como Hendrix, Morrison e outros, conheceu o auge, viveu o excesso, mas está vivo e quase incomunicável. Conheça um pouco mais desse personagem ímpar da música.

Durante uma entrevista na década de 70 quando promovia Barrett um jornalista pediu para que Syd se auto-definisse. A resposta não poderia ser mais apropriada: "Eu sempre achei que os jovens deveriam se divertir, mas acho que nunca consegui isso. Tenho uma mente totalmente estranha, mas não sou nada do que você gosta de imaginar."

Nascido em Cambridge, no dia 6 de janeiro de 1946, Roger Keith Barrett, ganhou o apelido de Syd ainda estudante da escola da cidade, onde começaria a fazer amizade com dois garotos: Roger Waters e David Gilmour. Começou a tocar em bandas com nomes como The Abdabs, The T-Sets, Sigma 6 e até Meggadeath.

O pessoal desses grupos era mais ou menos o mesmo: Bob Close, Roger Waters, Nick Mason e Rick Wright. Com a saída de Bob, Syd resolveu fundar uma nova banda: Pink Floyd. O nome fora retirado de dois 'bluesmen" obscuros, Pink Anderson e Floyd Council. Com Waters, Mason e Wright, Syd começou a montar o som do grupo. Extremamente talentoso, era um bom guitarrista, além de excelente letrista e vocalista.

Como todo jovem de sua época, não poderia ficar imune ao som dos Beatles e das bandas norte-americanas como Byrds e Love. Barrett era fã de Arthur Lee. Começaram basicamente a tocar com mais uma banda de R&B inglesa, como tanto outras.

Aos poucos, o som foi evoluindo e as letras esquisitas de Syd, que não tinham paralelo com nada que era apresentado na Londres daquele período, fez o Pink Floyd ser um cult-group e ter suas apresentações cada vez mais concorridas, em clubes como o UFO e o Rondhouse. O Floyd acabaria sendo a “banda da casa” e ficavam horas e horas no palco. Apesar de ser o líder e o guru de todos, Syd odiava o contato com as pessoas e não gostava de dividir a sua privacidade. “Eu prefiro desaparecer a fazer isso”, dizia. No palco, mostrava exatamente essa figura ambígua: tenso, pálido, com olhos esbugalhados, frágil fisicamente.

capa do disco The Piper at the Gates of DawnCom o sucesso, veio um contrato e lançaram dois compactos: "Arnold Layne/Candy and a Currant Bun" e "See Emily Play/The Scarecrow".

Os dois foram bem sucedidos comercialmente e em 1967, lançaram o primeiro disco, The Piper at the Gates of Dawn, que para muitos foi tão importante quanto Sgt. Pepper’s dos Beatles, lançado na mesma época. Uma curiosidade: os dois discos foram produzidos nos estúdios da Abbey Road. E tome mais lenda, entre elas, que os integrantes dos dois grupos ficavam horas e horas conversando nos corredores dos estúdios durante os intervalos.

O Floyd acabaria caindo na estrada junto com Jimi Hendrix, Move (os dois eram as estrelas), Amen Corner, The Nice, The Outer Limits e Eire Aparent. Suas apresentações eram de 20 minutos, o suficiente para três canções, em duas entradas por noite. Syd muitas vezes não suportava a maratona e era substituído por Davy O’ List, do Nice.

Apesar da exaustão, Barrett lembra-se com saudade da viagem, e em especial de Jimi Hendrix, seu músico favorito.

"Eu ficava no fundo do ônibus com Lindsay, enquanto Jimi estava na frente. Nós nunca chegamos a conversar, embora fosse muito educado. Ele era uma pessoa maravilhosa, mais do que imaginam. Mas possuía uma grande auto-consciência e sabia de sua importância. Me lembro que costumava trancar-se nos camarins antes do show assistindo televisão proibindo qualquer pessoa de vê-lo."

Syd começou a idolatrar Hendrix, adotando o mesmo padrão pouco antes de deixar a banda. “Jimi era um guitarrista perfeito. Era uma inspiração, tudo o que desejava ser quando garoto: tocar magnificamente e sair do palco tranqüilamente.”

A excursão ajudou o Floyd a consolidar-se com um dos expoentes da nova cena que começava a tomar conta do mundo.

Mas se o grupo começava a fazer sucesso, Syd começou a apresentar sérios problemas com as drogas. Usando e abusando de várias substâncias químicas, muitas vezes ficava vários minutos preso em um solo ou viajando enquanto a banda, desesperada, tocava o repertório.

O auge atingiu durante o programa “Pop of the Pops”. O grupo tocaria dois dias seguidos. No primeiro, tudo correu bem e Syd se comportou como um rock star. O grupo se assustou no dia seguinte, quando chegou sem se barbear, com roupas amassadas e olhar distante.

Mesmo assim partiram para a primeira excursão aos Estados Unidos, em especial para fazer alguns programas de televisão, quando Syd ficava mudo, olhando para o nada, desconcertando os companheiros e os apresentadores.

Mais uma vez, o estado mental do guitarrista fez com que ele abortasse a tour no meio, levando ao desespero seus colegas, que queriam expulsá-lo de qualquer maneira.

Foi nessa excursão que apareceu David Gilmour. Considerado o melhor amigo de Barrett, era uma espécie de músico reserva que foi ganhando espaço dentro do Floyd devido às constantes loucuras de Syd.

Ao voltarem para a Inglaterra, o grupo decidiu dar um bilhete azul para ele. Roger lembra da dificuldade de fazer isto: "Syd era nosso guru, nosso líder, nós o amávamos, mas ao mesmo tempo era incontrolável, não sabíamos como lidar com ele, principalmente nos shows, quando ficava solando fora de compasso e parava no meio da música, esperando aplausos ou continuava depois de terminamos a canção. David nos salvou muitas vezes durante a tour, mas percebemos que apesar de ser um músico excepcional e uma pessoa carismática, que não dava mais para trabalhar com ele."

Roger reconhece que sem Syd, The Piper.. jamais seria feito: "Ele era um gênio, esse disco é 100% dele. Mas ele tinha suas manias. Ficava horas e horas tocando 'Interestellar Overdrive', até a banda se encher. Mas bastava olhar para ele, de olhos fechados, com todo aquele carisma e charme e viajando não se sabe por onde, para que qualquer problema fosse superado."

capa do disco A Saucerful of SecretsO disco seguinte, A Saucerful of Secrets, só continha uma música de Syd - "Jugaband Blues", sendo as restantes de Rick Wright e Roger Waters, que assumia as rédeas da banda, embora Syd tenha participado de outras duas.

Durante as gravações do disco o Pink Floyd foi um quinteto, já que David Gilmour já havia entrado na banda e as faixas foram gravadas com os dois guitarristas, em separado e até juntos. Mesmo fora do Floyd, Syd tentou uma carreira solo.

Em 1969, começou a compor material para seu primeiro álbum-solo, The Madcap Laughs. Mas continuavam os problemas. Depois de passar um tempo nos estúdios Abbey Road, durante julho de 1968 até abril de 1969, resolveu suspender as gravações.

Queria começar tudo do zero. Em uma das faixas "No Use Trying", tinha a companhia nada menos do que do Soft Machine. Mais uma vez o amigo David Gilmour correu para socorrê-lo, oferecendo-se para gravar o disco. Em junho, chamou Roger Waters para ajudar em algumas faixas e em três dias fizeram o disco.

capa do disco The Madcap LaughsO resultado era totalmente diferente do som que havia forjado no Floyd: cantando mais baixo, com voz frágil, instrumentalmente mais estranho. "Octopus" foi escolhido como o primeiro single, mas o destaque era a faixa Golden Hair, um pedaço do poema "Chamber Music" do escritor irlandês James Joyce. Eis um trecho da letra, em inglês.

Lean out of the window,
Goldenhair,
I heard you singing
A merry air

My book was closed;
I read no more,
Watching the fire of dance
On the floor

I have left my book,
I have left my room,
For I heard you singing
Through the gloom

Singing and singing
A merry air,
Lean out of the window
Goldenhair

O empresário da banda, Peter Jenner, até hoje guarda vívidas lembranças de Barrett. "A imagem mais forte que ele me passava é que quando ficava em seu apartamento pintado círculos coloridos. Ao mesmo tempo era capaz de escrever uma canção. Eu conseguia notar que o abusivo consumo de ácido estava deixando-o com uma certa loucura, mas era essa quase insanidade que o fazia extremamente criativo.”"

Syd era apaixonado por pintura e havia estudado na escola de arte em Cambridge. Ao ser perguntado como conseguia conciliar as duas habilidades - música e pintura - apenas respondia que eram uma extensão: “reconheço ter talento com palavras, mas acho que pinto igualmente bem.”

Jenner vai mais longe: “Era uma figura excepcional, de longe o mais importante membro da banda. Compunha, cantava, tocava guitarra, era a alma. Possuía mais criatividade do que os outros integrantes do Floyd juntos, o que era normal, já que eram apenas estudantes. O mais importante é dizer que Syd era selvagem, desenhava febrilmente e voltava ao grupo para tocar. Possuía um talento incomum para as artes, aposto que foi um aluno brilhante. E se conseguia ser bom com pinturas, porque não faria o mesmo compondo?”

Uma mostra de seu talento pode ser conferido nesta canção, que escreveu aos 16 anos.

Effervescing Elephant

An Effervescing Elephant
with tiny eyes and great big trunk
once whispered to the tiny ear
the ear of one inferior
that by next June he'd die, oh yeah!
because the tiger would roam.
The little one said: 'Oh my goodness I must stay at home!
and every time I hear a growl
I'll know the tiger's on the prowl
and I'll be really safe, you know
the elephant he told me so

Roger lembra do começo da amizade: "Nós passamos muitos anos juntos, bebendo, andando de moto, paquerando as garotas, tomando drogas, todas essas coisas. Eu o achava uma grande inspiração: era uma pessoa carinhosa, muito afável."

Apesar de toda a admiração por Syd, Roger confessa que começou a ficar apavorado quando teve que assumir as rédeas criativas da banda, vendo seu amigo desintegrar-se: "Foi assustador, porque eu não havia escrito nada no Pink Floyd, todas as idéias e canções eram dele. Após o primeiro álbum e sua progressiva loucura, percebi que ou fazia algo ou seria nosso fim. Nós sabíamos que ele estava doente, mas só quando foi constatado uma esquizofrenia é que o grupo resolveu começar a escrever canções e não ficar esperando Syd."

A esquizofrenia começava a afetar o talento. Após The Madcap Laughs, mergulhou em um segundo trabalho. Intitulado apenas Barrett, foi o canto do cisne. O baterista Twink lembra de uma apresentação em fevereiro de 1972, na Cambridge Corn Exchange: "Foi um desastre, horrível. Após o fiasco, ele foi até a minha casa e disse que não voltaria mais a tocar ou compor, sem dar nenhuma explicação aparente."

"Nesta época, Barrett estava morto assim como Hendrix. Todo mundo tentou ajudá-lo - eu, Twink, David - mas foi inútil. O mais triste é que algumas vezes ele visitava o grupo e se referia como sua banda. Acho que ficou ressentido com sua expulsão e nunca conseguiu aceitá-la direito", lembra Jenner.

Repare nesse sujeito: é Syd na década de 80!Depois disso, nunca mais deu uma entrevista. Manteve-se recluso de todos e só conseguiu ser fotografado alguns anos atrás. Para espanto dos fãs, nada lembra aquela figura carismática. Syd hoje está quase careca, gordo, e as poucas palavras ditas sobre ele são feitas raramente e algumas vezes por algum familiar.

Sua vida pessoal é mantida distante, mas há quem jure que hoje leve uma vida quase vegetativa, assistindo televisão e dando caminhadas perto de sua casa. Talvez o maior (e único) sobrevivente do abusivo uso de drogas, Barrett, mesmo com uma discografia pequena, virou a maior lenda viva do rock. Talvez apenas Hendrix ou Jim Morrison pudessem rivalizar, se estivessem vivos.

Depois de abandonar a carreira de músico, Barrett só entrou mais uma vez em um estúdio. E mesmo assim, deixou marcar profundas em seus colegas: o Pink Floyd estava finalizando a canção "Shine On You Crazy Diamond". Encontraram no estúdio uma pessoa que ninguém conhecia. Aos poucos foram se tocando que se tratava do Barrett.

Foi a primeira e a última vez que apareceu no estudio desde The Madcap Laughs. Segundo a descrição, estava com todos os pêlos do corpo raspados. Syd estava com um pequeno saco de mão, com uma escova de dente na outra mão, e dando pulinhos enquanto escovava os dentes. A cena foi extremamente chocante para todos.

Syd conversou mais com Roger e David, que são os seus dois grandes amigos na banda. Aliás, Roger certa vez disse que o maior fator de união da banda é a amizade que eles têm pelo Syd. Afora isto em comum, são pessoas totalmente diferentes. Gilmour lembra que Syd estava dizendo como ele estava melhor e pronto para voltar a banda. Gilmour iria casar naquele dia, após a sessão e Syd acabou se convidando. O guitarrista dizia que não teve como sugerir que ele não fosse e passou o evento todo estressado na expectativa que Syd chegasse naquele estado. Syd Barrett não apareceu. Syd nunca mais apareceu.

Outra história até hoje pouco explicada é a tentativa de Syd gravar um novo disco em 1974, patrocinado por pessoas que preferiram ficar anônimas. Especula-se que uma delas era David Bowie. As sessões duraram quatro dias, sem resultado prático algum e todo o material desses dias simplesmente desapareceram.

A caixa Crazy Diamond inclui os dois LPs oficiais e mais Opel, lançado em 88, com out-takes das gravações dos trabalhos.

É quase que a totalidade do trabalho do "mestre da lisergia", como ficou conhecido. Muito interessante são as anotações de estúdio e histórias. Uma caixa valiosa e uma aula de música, ainda que pareça um tanto perdida devido ao estado psicológico de Syd.

A caixa trazia as seguintes faixas, dos seguintes discos:

Disc 1 (The Madcap Laughs)

* Tracks 14-19: Bonus tracks

1. "Terrapin"
2. "No Good Trying"
3. "Love You"
4. "No Man's Land"
5. "Dark Globe"
6. "Here I Go"
7. "Octopus"
8. "Golden Hair" (Syd Barrett/James Joyce)
9. "Long Gone"
10. "She Took a Long Cold Look"
11. "Feel"
12. "If it's In You"
13. "Late Night"
14. "Octopus" (Takes 1 & 2)
15. "It's No Good Trying" (Take 5)
16. "Love You" (Take 1)
17. "Love You" (Take 3)
18. "She Took A Long Cold Look At Me" (Take 4)
19. "Golden Hair" (Take 5) (Barrett/Joyce)

Disc 2 (Barrett)

* Tracks 13-19: Bonus tracks

1. "Baby Lemonade"
2. "Love Song"
3. "Dominoes"
4. "It is Obvious"
5. "Rats"
6. "Maisie"
7. "Gigolo Aunt"
8. "Waving My Arms in the Air"
9. "I Never Lied to You"
10. "Wined and Dined"
11. "Wolfpack"
12. "Effervescing Elephant"
13. "Baby Lemonade" (Take 1)
14. "Waving My Arms In The Air" (Take 1)
15. "I Never Lied To You" (Take 1)
16. "Love Song" (Take 1)
17. "Dominoes" (Take 1)
18. "Dominoes" (Take 2)
19. "It Is Obvious" (Take 2)

Disc 3 (Opel)

Tracks 15-20: Bonus tracks

1. "Opel"
2. "Clowns and Jugglers"
3. "Rats"
4. "Golden Hair" (Barrett/Joyce)
5. "Dolly Rocker"
6. "Word Song"
7. "Wined and Dined"
8. "Swan Lee (Silas Lang)"
9. "Birdie Hop"
10. "Let's Split"
11. "Lanky (Part One)"
12. "Wouldn't You Miss Me (Dark Globe)"
13. "Milky Way"
14. "Golden Hair"
15. "Gigolo Aunt" (Take 9)
16. "It Is Obvious" (Take 3)
17. "It Is Obvious" (Take 5)
18. "Clowns And Jugglers" (Take 1)
19. "Late Night" (Take 2)
20. "Effervescing Elephant" (Take 2)

Mas, se você não tem tanto dinheiro para queimar, não se desespere. Milagrosamente saiu no Brasil este ano (2001) uma boa coletânea do mestre, intitulada The Best of Syd Barrett: Wouldn’t You Miss Me?, que inclui a inédita “Bob Dylan Blues”.

Um ótimo documento para começar no mundo pessoal e àsd vezes assustador de Syd.

Corram atrás!

A coletânea traz as seguintes faixas:

1. "Octopus" -3:48
2. "Late Night" -3:14
3. "Terrapin" -5:03
4. "Swan Lee (Silas Lang)" -3:14
5. "Wolfpack" -3:45
6. "Golden Hair" (Barrett/Joyce) -2:00
7. "Here I Go" -3:11
8. "Long Gone" -2:49
9. "No Good Trying" -3:25
10. "Opel" -6:26
11. "Baby Lemonade" -4:10
12. "Gigolo Aunt" -5:45
13. "Dominoes" -4:06
14. "Wouldn't You Miss Me (Dark Globe)" -3:01
15. "Wined and Dined" -2:56
16. "Effervescing Elephant" -1:55
17. "Waving My Arms in the Air" -2:07
18. "I Never Lied to You" -1:49
19. "Love Song" -3:02
20. "Two of a Kind" (Possibly written by Richard Wright) -2:35
21. "Bob Dylan Blues" -3:14
22. "Golden Hair (Instrumental)" -1:50

Discografia

compactos com o Pink Floyd

"Arnold Layne"/"Candy and a Currant Bun" (1967)
"See Emily Play"/"The Scarecrow" (1967)
"Apples and Oranges"/"Paint Box" (1967)

Discos com Pink Floyd

The Piper at the Gates of Dawn (5 August 1967)
A Saucerful of Secrets (29 June 1968)
London 1966/1967 (2005)

Solo

The Madcap Laughs (1970)
Barrett (1971)
The Peel Sessions (1987)
Opel (1988)
Octopus: The Best of Syd Barrett (1992)
Crazy Diamond Box Set (1993)
The Best of Syd Barrett: Would'nt You Miss Me? (2001)

Pré-Floyd

Those Without: Baixista (1963)
The Hollerin’ Blues: Guitarrista (1964)
The Spectrum Five: Guitarrista-Base (1964)
The Pink Floyd Blues Band: Guitarrista-Base, Vocalista (1965)
The Tea Set: Guitarrista-Base (1965)

Maiores Influências: Bo Diddley, Buddy Holly, Miles Davis, Cream, Rolling Stones, Steve Cropper, Taj Mahal, The Band, Byrds, Love, Beatles





 

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