Se o U2 queria
mudar sua imagem, a turnê promocional de Achtung Baby foi
um choque. Bono todo de preto, com os óculos conhecidos
como "the fly", irônico e todo egocêntrico,
tudo muito distante daquele grupo sério, messiânico
dos anos 80. Sem falar do palco com telões gigantescos,
que revolucionou o mundo da música e virou parâmetro
para todos. O U2 voltou! E que volta!
Antes
de começar esse capítulo quero fazer um agradecimento.
Encontros muitas vezes enormes problemas para coletar material
para escrever as colunas. Algumas bandas são verdadeiros
pesadelos para se pesquisar. Mas, grupos como o U2 acontece o
contrário. Não bastassem os livros, revistas, jornais
e sites, há ainda um pessoal dedicado que cria sites em
português e entopem de informações. Dois desses
- U2 Brasil
e Ultraviolet
- foram mais longe e ficam traduzindo livros inteiros, linha por
linha. Como ainda não tenho o livro U2 by U2,
estou usando essas traduções para me auxiliar e
muitas informações lá contidas estão
aqui e como gosto de dar nomes aos bois, agradeço aos insanos
desses dois sites por "dificultarem" minha vida, pois
o que não me falta é informação. O
duro é fazer uma síntese. Cara chato, não?
Reclama quando não tem e reclama quando tem demais. É
a vida...
1 - O novo U2
"I'm
fucking beautiful!!!!!!!!!!"
Já imaginou Bono,
com aquela imagem séria, compenetrada, vestindo todo de
preto, óculos escuros, beijando a câmera em cima
do palco e berrando "eu sou maravilhoso, mulheres me amem!"?
Não? Pois muitos fãs também não acreditavam
no que viam.
Bono, aliás, queria
mudar desesperadamente a imagem do U2 e sapecou um ácido
comentário, em uma entrevista para a MTV, durante o ano
de 1992: "nós crescemos e esperamos que nossos fãs
tenham crescido também. Se ficaram nos anos 80, podem ficar
por lá, pois não nos interessam mais." Que
pretensão, não?
Mas para chegar até
aí, é preciso dar uns passos para trás e
explicar como nasceu a nova turnê...
2 - O nascimento
da ZOOTV
Mais
do que ninguém, Bono queria enterrar a imagem sufocante
de sérios que tinham angariado com The Joshua Tree.
O U2 precisava revolucionar-se
internamente. Para isso, ele teve a idéia de conciliar
imagem, sons e tecnologia na nova turnê.
A idéia era complicada,
excêntrica e cara. Bono queria poder ter gigantescas telas
no palco e interagir com o público e também usar
um controle remoto para a exibição de várias
imagens ao mesmo tempo, como mostrar a Guerra do Iraque ao vivo
e uma novela mexicana qualquer, por exemplo.
The
Edge conta que a idéia de Bono usar um personagem começava
a tomar conta do vocalista e essa idéia nasceu quando ele
escreveu "The Fly", uma canção escrita
sobre um personagem diferente. Bono conta que eles não
poderiam ser mais eles mesmos, que queria encarnar um personagem.
E para isso convidou o velho amigo de infância e ex-líder
do Virgin Prunes, Gavin Friday.
Outra coisa importante
era o visual do grupo. Após serem ridicularizados por Frank
Sinatra, o grupo sabia que não poderia mais usar jaquetas,
jeans e chapéus.
Bono teve uma grande ajuda
de Fintan Fitzgerald, responsável pelo guarda-roupa do
grupo. Foi ele quem descobriu os óculos mais copiados dos
anos 90 em uma loja de segunda mão. Com eles, Bono poderia,
enfim, criar uma persona. Além disso, Bono seria vestido
todo de preto, em couro e vinil, além de deixar o cabelo
preto, mais curto.
The
Edge foi outro que mudou radicalmente, tosando a juba e deixando
um cavanhaque e bigode. Larry usou roupas mais modernas como se
fosse um soldado e Adam deixou um moicano loiro.
Mas havia ainda o problema
dos telões. Eles costumavam verdadeiras fortunas, quase
US$ 5 milhões cada um e o U2 precisaria de quatro. Uma
esperança se acendeu quando o grupo lembrou que a dona
da Polygram era a Philips, pioneira nesse setor.
Bono propôs a Paul
que convidasse o presidente da Polygram, Alain Levy, para um jantar.
Levy sabia o que iriam pedir mas ficou genuinamente irritado quando
Bono tocou no assunto de cara. De cara amarrada, disse que ia
tentar. Não conseguiu, no entanto, e o U2 desembolsou quase
US$20 milhões. O grupo suava de puro medo.
Enquanto
isso, o grupo ensaiava em Dublin as músicas. O grupo sentiu
que teria problemas imensos em passar as novas músicas
para o palco, especialmente "The Fly".
Foram semanas e mais semanas
tentando achar o ponto certo e com Bono ensaiando discursos.
O show ia tomando forma,
especialmente depois que o vários Trabants, os carros fabricados
no Leste Europeu, ultrapassados, velhos, mas pelos os quais o
U2 caiu de amores quando visitou Berlim Oriental. Eles seriam
pendurados no palco com guindastes e pintados por Catherine Owens,
antiga amiga dos rapazes.
3 - Contratempos
A banda também queria
esquecer duas polêmicas desagradáveis em 1991: a
primeira foi o assassinato de uma atriz chamada Rebecca Schaeffer
por um jovem que tinha se "inspirado" na canção
"Exit" de The Joshua Tree. O ato provocou
um certo medo nos membros, especialmente em Bono em expressar
certas emoções, mas The Edge afirma que não
podia fazer nada, pois a censura é algo que eles não
aprovam. O U2 acabou mandando condolências à família
da jovem atriz.
O segundo caso foi igualmente
chato: em setembro de 1991 uma banda chamada Negativland lançou
um disco pelo selo SST com os caracteres U2 e o nome da banda
bem pequeno. Paul McGuinness, Island e a Polygram exigiram a retirada
desse artigo das lojas, pois muitos fãs do grupo haviam
comprado o disco pensando que fosse o novo álbum do U2.
Como a SST havia se esquecido
de licenciar os direitos sobre o disco, eles sofreram um imenso
processo. O pequeno selo era especializado em punk e hardcore
e havia sido a casa do Hüsker Dü e ficou furioso com
o processo e lançou uma campanha "Kill Bono."
Porém, quando viram que a coisa havia ficado séria
e que perderiam a causa culparam o grupo, exigindo que a banda
ficasse responsável por 50% do prejuízo. Quando
um acordo judicial foi tentado, a SST recuou, dizendo que eles
estavam fazendo uso da liberdade de expressão e acusando
o U2 de serem fascistas.
Chris Blackwell, presidente
da Island, ligou para o Negativland dizendo que o U2 retiraria
a queixa, mas que ele e a SST teriam que arcar com as custas de
todo o processo. Desesperados, um dos integrantes da banda ligou
para The Edge pedindo dinheiro emprestado! O caso acabou esquecido,
mas acabou custando a carreira da jovem banda.
4 - Começa
a Zoo TV e a polêmica Pixies
![](imagens/u211_show92.jpg)
Não há dúvidas:
com a Zoo TV o mundo do rock mudou completamente. Mick Jagger
disse que o U2 lançou todos em uma "Guerra das Estrelas",
pois todos teriam que fazer algo mais gigantesco e grandioso.
Não haveria mais espaços para palcos sem pirotecnias.
O grupo abriu o primeiro
show dando um choque no público ao tocar quase todas as
faixas de Achtung Baby primeiro, sem entrar nas
antigas canções. O U2 queria que a platéia
entrasse de cabeça no espírito das novas músicas
e da concepção do espetáculo. Bono estava
totalmente à vontade na pele de "The Fly" e Larry
conta que foi meio estranho para eles e o público ver Bono
de óculos, já que anteriormente ele fazia questão
de encarar a audiência no olho. Mas agora Bono tinha um
personagem para satisfazê-lo.
The Edge lembra que muitos
acreditavam que Bono não voltaria depois dessa turnê,
pois havia mergulhado fundo e ele estava adorando representar
em um palco.
Paul McGuinness possui
pontos conflitantes sobre a turnê: apesar do gigantismo
- 157 shows e mais de US$ 155 milhões arrecadados - a Zoo
TV quase não deu lucro devido aos seus altos custos também
porque o U2 se recusou a fazer parceria com grandes corporações.
"Eu, Frank Barsalona, Ian Flooks e Barbara Skydel imploramos
pra banda pra poder aumentar U$5,00 no preço dos ingressos.
Eu acho que o preço dos ingressos era U$25,00 e era muito
barato. Eles eram muito sensíveis com relação
ao preço dos ingressos, sensíveis até demais.
Se nós tivéssemos colocado apenas mais alguns dólares
nos ingressos, isso teria sido além de um sucesso criativo,
um grande sucesso financeiro. Eu acho que esse foi um investimento
no futuro, era o que nós sempre nos falávamos para
nos sentirmos melhor em relação ao dinheiro."
Além
do personagem "The Fly", Bono resolveu inovar e inventar
um novo, "Mirror Ball Man".
O vocalista explica como
ele surgiu: "Na primeira perna americana da turnê,
nós criamos um personagem chamado 'Mirror Ball Man', um
tipo de showman americano. Ele tinha a confiança
e o charme de pegar um espelho, se olhar e dar um grande beijo
no vidro. Ele adorava dinheiro, e na sua cabeça o sucesso
era uma benção de Deus. Se ele fizesse dinheiro,
ele não estaria cometendo nenhum erro. Eu poderia pregar
a mensagem de prosperidade vestido na minha roupa de “mirror
ball” e acabar com a seguinte frase: ‘Eu tive uma
visão! Eu tive uma visão! Televisão’.
O 'Mirror Ball Man' poderá telefonar para a Casa Branca,
onde, muito mais para sua confusão, a telefonista número
dois se recusava à ligá-lo com o presidente. Tem
um filme em algum lugar do 'Mirror Ball Man' dirigindo um Trabant
na Times Square. Eu levei a Winona Ryder para me ajudar. Ela se
vestiu como o Mirror Ball Man, um Fly bem cuidadoso, toda de couro
com óculos escuros, nós a chamamos de 'The Flea'.
Durante toda essa turnê havia poucas performances artísticas
acontecendo pelo mundo, sem nenhuma razão particular. Você
poderia classificar isso tudo como uma grande loucura."
Enquanto os shows aconteciam
o grupo viu nascer um outro problema. Para abrirem os shows, a
banda havia convidado o grupo norte-americano Pixies, um dos mais
importantes grupos alternativos do planeta. Basta dizer que eles
são uma das grandes influências do Nirvana e são
ídolos de David Bowie.
Com suas letras surreais,
letras em inglês e espanhóis, vocais melódicos
e gritados e solos devastadores de guitarras, o Pixies deixou
cinco discos absolutamente perfeitos: Come on Piligrim,
Surfer Rosa, Doolittle, Bossanova
e Trompe Le Monde.
Quando
foram convidados pelo U2 estavam promovendo exatamente o último
disco e apesar de fazerem grandes shows praticamente não
conversaram com os membros do U2, exceto Larry Mullen em algumas
raras oportunidades.
O líder Black Francis
lembra que certa vez recebeu um bilhete de Bono escrito "lindo
show rapazes, mantenham o fogo", mas perguntou-se porque,
diabos, ele mesmo não veio conversar com eles ao invés
de mandar um pedaço de papel.
O problema é que
a baixista Kim Deal começou a andar pelo backstage com
um suposto namorado, que era na verdade um jornalista. Os dois
estavam enojados com o circo armado e Jim Greer, que trabalhava
na Spin escreveu uma matéria chamada "U2 on Tour:
The Story They Didn't Want You To Read". Foi como jogar
gasolina na fogueira.
Irritado, Bono chamou Kim
para uma conversa e perguntou o que era aquilo tudo. A baixista
disse que ela não suportava o que tinha visto e que eles
tinham ido longe demais. Mesmo com a confusão, os Pixies
continuaram abrindo os shows. O problema é que Black Francis
ficou revoltado com a atitude de sua companheira, argumentando
que o U2 estavam sendo legais com eles. Possivelmente, foi um
dos motivos para a dissolução da banda meses depois.
Não a principal, mas não há dúvidas
que ajudou.
A
primeira parte da turnê durou 32 shows em 30 cidades, começando
no dia 29 de fevereiro, em Lakeland e se encerrando no dia 23
de abril em Vancouver, no Canadá. O grupo havia tocando
apenas em arenas cobertas e o público e banda estavam extasiados
com o resultado. Larry disse que foi a turnê mais excitante
que já realizou, pois pode experimentar vários recursos
tecnológicos e também pelos resultados audiovisuais.
Enquanto a turnê
rolava era lançado o single One.
5 - Stop Sellafield
![](imagens/u211_even.jpg) ![](imagens/u210_even.jpg)
O U2 começou a primeira
parte da turnê européia em Paris, no dia 7 de maio,
no mesmo mês em que era editado um novo single, Even
Better than The Real Thing.
O público europeu
ficou tão extasiado quanto o norte-americano e para abrir
os shows convidaram a banda Fatima Mansions. Os espetáculos
corriam bem e o U2 virou notícia quando ajudou o Greenpeace
numa campanha contra a construção de uma usina nuclear
na Inglaterra, chamada Stop Sellafield. The Edge fala um pouco
mais disso: "O Greenpeace sempre foi algo que nós
apoiamos por vários anos, e eles estavam preparando uma
campanha para protestar contra a construção de uma
segunda usina nuclear em Sellafield, na Cumbria, no noroeste da
Inglaterra, onde eles reprocessavam lixo nuclear para fazer plutônio
e construir armas atômicas. Justamente quando o resto do
mundo estava acabando com a corrida das armas e começando
a pensar em formas de reduzir os seus estoques nucleares, Sellafield
teve essa idéia brilhante de construir uma fábrica
multibilionária de reprocessamento de plutônio para
a construção de armas."
Convidados
pelo Greenpeace, o grupo entrou num barco salva-vidas e chegando
ao lugar onde seria feita a nova usina e recriaram a capa de Help!
dos Beatles.
Finalizando a turnê
européia, a banda aceitou participar do show de protesto
realizando em Manchester, no dia 19 de junho, ao lado do Big Audio
Dynamite II, Public Enemu e do Kraftwerk. Anos depois, a usina
foi fechada pelo governo.
6 - Telefonemas
para a Casa Branca
Quando o U2 voltou em agosto
para a segunda parte da excursão norte-americana, em agosto,
o espetáculo havia evoluído. Batizada de Outside
Broadcast, o U2 começou a se aproximar da política
de forma mais direta ao apoiar o futuro candidato Bill Clinton.
Após ver uma montagem feita em cima de um discurso de George
Bush, tendo "Will Rock You", como música incidental,
resolveram usar isso como abertura dos shows.
Foi nessa época
que começou o romance entre The Edge e Morleigh Steinberg,
coréografa do show. Morleigh conhecia a banda desde 1987
e ela havia sido contratada para dar umas dicas a Bono no palco.
Durante "Mysterious Ways" uma dançarina do ventre
de nome Christine Petro, que topou dançar durante os shows
dos Estados Unidos. Porém, ela não poderia fazer
a parte européia. Mesmo não sendo dançarina
do ventre profissional, Morleigh disse que poderia desempenhar
o papel e começou um relacionamento entre os dois.
Era a época também
do envolvimento do grupo - especialmente Bono e Adam - com as
supermodelos que iam sempre aos shows do grupo. Nascia aí
um rumor de que o cantor teria um romance com Christy Turlington,
o que ele desmentiu: "nunca tive nada com ela por um motivo
muito claro: depois que ela conheceu Ali, minha esposa, se tornou
grande amiga dela. Mas as pessoas inventavam qualquer coisa. Certa
vez tiraram uma foto de nós dois juntos numa festa. O problema
é que quando tiraram a foto, Ali estava ao meu lado, mas
foi cuidadosamente limada na edição."
No entanto, Adam começaria
um caso com Naomi Campbell.
Em
agosto é a vez do compacto Who's Gonna Ride Your
Wild Horses ser editado.
Bono e Bill Clinton começava
uma amizade muito boa para o jovem governador do Arkansas, que
se mostrava um homem carismático, simpático, aberto
às novas idéias.
E no palco, Bono começava
a incomodar a Casa Branca. Toda noite, Mirror Ball ligava para
a casa do presidente George Bush numa tentativa, inútil,
de falar com o homem mais poderoso da América. A mensagem
que queria dizer era "veja mais televisão!".
Bono jamais conseguia passar pela telefonista. Bono conta que
existiam duas telefonistas e uma delas era bem mais simpática.
Quando Bush perdeu a reeleição para Clinton, Mirror
Ball conseguiu que ela anotasse um recado para o presidente: "Eu
queria apenas dizer que eu não vou mais incomodá-lo
de agora em diante. Eu vou incomodar o Bill Clinton agora..."
Bono também que
inventaram um vídeo confessionário: "Toda noite,
quando o público chegava, alguns deles ficavam em uma fila
para entrar em uma cabine telefônica toda revestida com
tecido de pele de leopardo e contavam os seus segredos mais profundos.
Isso era randomicamente editado, os mais sublimes e ridículos
eram cortados e mostrados nos telões antes dos shows. Havia
pessoas que faziam declarações genuínas,
de coisas que eles realmente tinham feito no passado, confissões
de amor para alguém da platéia que não sabia
desse sentimento, confissões de comportamentos abusivos,
tomadas ocasionais dos decotes (apesar de nós tentarmos
não colocar muito disso), alguns beijos. Isso era impressionante
e tinha algumas coisas muito emocionantes. Um cara confessou pro
seu irmão que ele tinha se envolvido em um acidente de
carro provocado por excesso de bebida alcoólica, e que
algumas pessoas ficaram feridas. Apesar de nós rirmos no
Jerry Spinger e desses filmes de confissões, havia algo
positivo, um benefício psicológico em dizer alguma
coisa em uma arena lotada de pessoas. De alguma forma fez isso
tudo ser verdadeiro. Era incrível as coisas que saíam
naquela pequena cabine telefônica, onde você tinha
que ser o tanto honesto quanto intimidado você quisesse
ser na frente de 20.000 pessoas que você não conhece."
Tais brincadeiras, no entanto,
renderam alguns problemas e a Casa Branca chegou a enviar um bilhete
de repúdio ao grupo insinuando que estavam desprezando
o atual mandatário dos Estados Unidos, algo deselegante
já que eram estrangeiros na América e estavam sendo
bem tratados.
![](imagens/u211_estudio.jpg)
A turnê que começara
no dia 7 de agosto, em Hershey, terminou em 25 de novembro na
Cidade do México.
Como a nova perna da turnê
só começava em maio de 1993, a banda resolveu que
deveriam entrar em estúdio e gravar novas músicas
para um EP, nascendo daí Zooropa, papo
que fica para outro dia. Um abraço e até mais!
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