Os Kuei-Jin, Cataianos ou Vampiros do Oriente, não são realmente vampiros. Eles são uma forma similar de morto-vivo proveniente da Ásia. Os Kuei-Jin geralmente não gostam dos vampiros europeus, e tem uma visão negativa em relação a eles, considerando-os inferiores, mas não necessariamente os vêem sempre como inimigos. Os mortos ressurgidos são como uma espécie de fantasma, que precisam sanar suas dívidas cármicas, a diferença é que seu desejo de viver era tão grande que o Grande Ciclo lhes deu uma oportunidade de voltar a viver, e assim ressurgir em seus próprios corpos mortos. Precisam de sangue para viver assim como os vampiros europeus, chamados por eles de Kain-jin, mas não é o sangue que os mantém vivos e sim o Chi que o sangue contém.
Alguns deles são capazes de retirar o Chi da respiração da vítima, outros do ambiente (osmose), enquanto alguns refinaram a arte da culinária com a carne humana. Seguidores de um dos Cinco Dharmas, que lhes mantém no curso da redenção dármica, são suscetíveis à luz do sol e ao fogo assim como os vampiros ocidentais.
Os Kuei-jin são vulneráveis até certo ponto à luz solar, mas o grau de vulnerabilidade varia de acordo com a quantidade de energia Yin em seus corpos. Eles não “queimam” com a luz; na verdade, eles apodrecem, uma vez que a energia Yang do sol corrói a mágica sobrenatural que anima os corpos dos Kuei-jin.
Nem todos os Kuei-jin precisam beber sangue para se sustentar. Os mais inferiores, os chih-mei, obtêm seu Chi da carne humana (ou de outros seres conscientes). Vampiros mais refinados são capazes de “beber” a respiração, o espírito ou mesmo a essência bruta. Como efeito secundário, os Kuei-jin, são perfeitamente capazes de comer e beber alimentos normais, embora isso não os nutra. Os Kuei-jin podem até ficar bêbados, embora a quantidade de álcool exigida para esse efeito seja extremamente prodigiosa (considere que um Kuei-jin seja capaz de beber 10 vezes mais álcool que um humano normal.
Os Kuei-jin possuem uma segunda natureza, a natureza do demônio. As duas naturezas (Hun, sua natureza normal e P’o, sua natureza demoníaca) vivem em conflito, o que freqüentemente afasta o vampiro de seu caminho dármico.
Os Kuei-jin não acreditam ser descendentes de Caim, portanto o conceito de gerações é irrelevante para eles. Eles medem seu poder por idade e progresso ao logo do Dharma. Como efeito secundário, não existem “clãs” de Cataianos. Embora geralmente eles se agrupem em seitas, hierarquias, escolas e outras estruturas sociais, tais unidades não são ditadas pelas excentricidades do Sangue.
Os Kuei-jin não criam carniçais. Seu karma é sofrer essa maldição sozinhos, não compartilha-la com outros. Contudo, Kuei-jin que sofrem de desequilíbrios de Yang podem engravidar ou engravidar outros! Essas crianças híbridas são chamadas de Dhampyrs.
Os Kuei-jin precisam regular cuidadosamente sua ingestão de Chi, ou sofrerão de um desequilíbrio de Chi. Um desequilíbrio de Chi Yin pode levar o vampiro a tornar-se mais desumano ou parecido com um cadáver ao longo do tempo; por outro lado, um desequilíbrio de Yang pode levar a uma série de doenças vampíricas fatais e extremamente contagiosas.
Para os Kuei-jin, o torpor é um estado chamado de Pequena Morte. Durante a Pequena Morte, o corpo do vampiro “morre”, mas a alma dual permanece dentro do cadáver. Os Kuei-jin temem a Pequena Morte, pois é um momento angustiante de visões e pesadelos, quando o espírito fica bastante vulnerável a mágicas hostis. Muitos Kuei-jin perdem seu caminho dhármico após passar pela Pequena Morte.
A Morte Final é tão real para os Kuei-jin quanto para os Cainitas. Através dela, a alma retira-se do corpo, que imediatamente cai e transforma-se em cinzas. Na verdade, os Kuei-jin temem a Morte Final como poucas criaturas. Eles acreditam que, para eles, não haverá outra reencarnação. Eles morrerão outra vez sem estar completos, e o Grande Ciclo irá recusa-los de novo, obrigando-os a enfrentar um Esquecimento (Oblivion) semelhante ao da maioria dos espectros monstruosos.