Mês: abril 2009
A partida do trem – Clarice Lispector
A partida era na Central com seu relógio enorme, o maior do mundo. Marcava seis horas da manhã. Ângela Pralini pagou o táxi e pegou…
Toda a minha vida gaguejei – Alberto Morávia
Saio de casa, olhando à direita e à esquerda, para ver se “ele” está lá. Moro numa rua das que se chamam particulares, ou melhor…
Em sonhos ouço sempre passos na escada – Alberto Morávia
Como tanta gente, tenho o costume de dormir depois do almoço. Já que como e bebo muito, adormeço facilmente. Durmo no meu estúdio, uma magnífica…
Um trovão revelador – Alberto Morávia
Havia cinco dias que eu fugia em ziguezague, para confundir as minhas próprias pegadas, de Paris a Amsterdão, de Amsterdão a Londres, de Londres a…
O passeio do espectador – Alberto Morávia
A chave gira na fechadura da maneira violenta com que gira uma chave quando quer exprimir repugnância e rejeição. E, com efeito, logo a seguir,…
As mãos no pescoço – Alberto Morávia
A sua mulher lhe diz: Segura‑me no pescoço com as duas mãos. Não é estranho? Um homem grande e atlético como você, com umas mãos…
Uma mulher na casa do guarda alfandegário – Alberto Morávia
Sou um homem de ordem, não só psicológica, mas profissionalmente também: presto serviço como guarda alfandegário no aeroporto. Como todos os homens de ordem, todavia,…
A disciplina do amor – Lygia Fagundes Telles
Foi na França, durante a Segunda Grande guerra: um jovem tinha um cachorro que todos os dias, pontualmente, ia esperá-lo voltar do trabalho. Postava-se na…