“Idade média, és a minha escura subjacência”. Clarice Lispector
Para encontrar respostas a estas perguntas é preciso fazer como aquele psicótico assassino esquartejador…ou seja, vamos por partes.
Neste sentido duas obras românticas são fundamentais:”Notre-Dame de Paris” de Vitor Hugo, e o “Castelo de Otranto” de Walpole.
O castelo medieval era ainda o cenário previlegiado do “roman noir”, com seus calabouços, masmorras, fossos, imensas salas, corredores sombrios e passagens secretas. É no castelo, em noites de tempestades e lua cheia que se dá o clímax das “gothic novels”, como ficou conhecido o gênero.
São resgatadas do cenário medieval personagens do imaginário cristão e popular, como o vampiro e também Satã.
O Drácula de Bran Stocker não é nada mais que o lendário conde Vlad Teps da Transilvânia que segundo consta teria vivido no século XVI, e que tanto deliciou a imaginação dos românticos do século XIX.
Quanto a Satã, Goethe traduziu-o na figura de Mefistófeles, uma das personagens mais marcantes da literatura mundial.
Todos os elementos estéticos, muitas vezes grotescos, que se encontram no “roman noir” ou no “gothic novel”, tem no castelo e na catedral góticos a sua melhor inspiração e representação. E não é nenhum mistério que daí tenha saído a inspiração para 09 entre 10 bandas de gothic rock.