O RP nos Reinos

O RP nos Reinos

Falando dos graus e seus efeitos…

Foi criado há algum tempo uma série de graus que teriam como objetivo incentivar a participação dos jogadores dos Reinos da Renascença em atividades de RPG ou simplesmente RP (role-play) principalmente no fórum e nas tascas das cidades. Essa seria uma parte importante do jogo, referente ao desenvolvimento do personagem e sua interação com outros jogadores. Também expande as possibilidades de jogo indo além de alimentar o personagem e pô-lo a trabalhar como se fosse um tamagotchi renascentista. É algo que faz parte de diversos jogos do gênero, mas que nos Reinos tem uma função mais relevante, pois sem o RP não há política nem se consegue desenvolver muito as outras opções que o jogo apresenta, incluindo o comercio e a administração das cidades. Claro que isso pode até ser feito sem uma linha de RP, mas perde pelo menos a metade da graça e muitas coisas ficam sem um sentido.

A possibilidade desses graus deveria ser um elemento motivador para quem faz e gosta desse estilo de jogo, mas acaba muitas vezes se tornando tão somente um agrado entre amigos, quando se vê jogadores que nunca postaram mais que algumas linhas no fórum, sendo promovido aos graus mais altos, e até mesmo ao máximo grau.

Sinceramente sou da opinião que o RPG deve ser jogado por quem realmente o aprecia e se diverte com isso e não se deve fingir fazer RP apenas para se obter uma bolinha colorida em seu perfil. Contudo, o fato de várias pessoas que não se dedicam ao RP serem promovidas, têm desestimulado os jogadores dos Reinos da Renascença em Portugal a participarem dessas atividades ou verem o RP como algo bastante superficial.

Claro que esse não é o único problema, uma vez que percebemos que muitos jogadores possuem uma imagem bastante distorcida do que seria interpretar um personagem nesse MMORPG. Começando pela própria definição do que é RPG. Muitos só conhecem o RPG de computador, e nunca tiveram o prazer de jogar o RPG tradicional de mesa, em que a narrativa é o ponto principal, ainda que seguindo regras pré-definidas e valendo-se em determinadas situações de rolagens de dados.

Jogar Ragnarok ou WoW não me faz um jogador de RPG, a não ser que durante as sessões com os amigos eu não me limite a matar monstros e outros jogadores e realmente “encarne” o personagem, através das minhas ações no jogo e interações, que incluem diálogos com os demais personagens com quem jogo e envolvimento com o cenário do jogo.

Nos Reinos da Renascença, como o próprio nome diz, deveria ser portanto um cenário renascentista para o desenvolvimento de personagens e ações de acordo com a época. A proposta escolhida pelos desenvolvedores da Celsius foi o século XV (segunda metade), talvez com o desejo de nessa fase de transição, contemplar tanto quem busca um jogo renascentista como quem se interessa por um cenário mais medieval.

Isso acaba gerando leituras diferenciadas sobre o que condiz com a época, desde jogadores que desenvolvem uma perceptiva puramente medieval ( ou ao menos do que consideram Idade Média) ou então de uma renascença mais tardia. É comum encontrar personagem com estética e construção de séculos seguintes, como piratas do século XVII ou mesmo damas do século XIX com perspectivas de moral vitorianas.

Esses elementos ainda que constituam problemas de interpretação do cenário, são menores do que o maior de todos, que diz respeito aos problemas de relacionamento entre os jogadores no desenvolvimento de suas atividades. Isso tem sido uma causa constante de desistências e de afastamento do RP, principalmente no fórum e consequente abandono do jogo.

No RPG de mesa temos a figura do Mestre ou Narrador, que funciona como um mediador das disputas do grupo. Como esse elemento é ausente no fórum de RP dos Reinos, se vê os próprios jogadores resolvendo suas disputas, nem sempre de forma satisfatória. As disputas infelizmente extrapolam o RP e vão de encontro aos jogadores e não somente aos personagens. Há uma confusão constante entre o jogo e a vida real, o que torna esses conflitos ainda mais intensos, o que vem causando sérios problemas e afastando os jogadores do RP como uma diversão saudável.

Até mesmo os ditos graus são um elemento de querela em vez de incentivo, e portanto passível de um questionamento.

Tinha como objetivo aqui, apenas apresentar os graus do RP nos reinos, mas ao apresentar os graus, contudo, fica difícil não fazer uma leitura ainda que rápida das questões referentes ao  RP que é atualmente praticado nos reinos da Renascença, para descrever o impacto que os graus vem causando desde a sua adoção.

Ainda que se apontem como problemas principais a qualidade dos textos e excessos de imagens de elementos estranhos à renascença, esse ao final das contas acaba por ser o menor dos males no que se refere ao RP.

Quanto aos graus atualmente são os seguintes, com suas respectivas exigências. Destacando que algumas tem sido mal interpretadas no que se refere ao seu elemento qualitativo.

Será que realmente os jogadores que detém os graus marrom e preto nos reinos da renascença em Portugal atentam a essa qualidade apontada? É algo a se refletir.

 Branco: o grau inicial.

Amarelo: para alcançar o grau Amarelo, o jogador deve ter preenchido sua caixa de status e escrito ao menos uma sentença RP no seu perfil.

Laranja: para alcançar o grau Laranja, o jogador deve ter escrito ao menos dez linhas de RP no seu perfil de qualidade moderada.

Verde: o jogador deve ter participado em pelo menos 3 RPs no fórum , adequados, ainda que breves.

Azul: o jogador deve ter feito a descrição apurada do seu personagem no perfil e participado em pelo menos 3 RPs no fórum onde esta descrição tenha claramente sido usada.

Marrom: O jogador deve ter iniciado um Role-play no fórum e mantido este RP ativo por no mínimo uma semana, e na sua povoação deve claramente representar uma figura com personalidade distinta e reconhecida.

Preto: O jogador deve participar regularmente no fórum e encarnar um personagem memorável, com consistência entre o que acontece no ambiente de jogo e o seu role-play. Seu estilo de escrita deve ser marcado pela precisão e riqueza de linguagem notável ou por um estilo incomum.

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