Monthly Archives: setembro 2017

Moda na Idade Média

Moda na Idade Média

Introdução


A Era Medieval, foi um período da História Européia que durou do século IV ao século XV, compreendendo aproximadamente o período entre a queda do Império Romano do Ocidente e o período histórico determinado pela afirmação do capitalismo sobre o modo de produção feudal, o florescimento da cultura renascentista e os grandes descobrimentos.  Os historiadores atuais Dividem a Idade Média em três partes: Idade Média Inicial (476-1000), Alta Idade Média (1000-1300) e Idade Média Tardia ou Baixa Idade Média (1300 – 1453). Não há exatamente um consenso, pois alguns historiadores preferem utilizar apenas dois períodos, sendo estes a Alta Idade Média (Século V a XI ou XII), que vai da formação dos reinos germânicos, a partir do século V, até a consolidação do feudalismo, entre os séculos IX e XII; e a Baixa Idade Média (Século XII a XV), , que vai até o século XV, caracterizada pelo crescimento das cidades, a expansão territorial e o florescimento do comércio.

Considerada desde o Renascimento como período obscurantista e decadente, situado entre a antiguidade e o Renascimento, só em meados do século XIX a Idade Média passou a ser entendida como etapa necessária da história da civilização ocidental. Durante cerca de um milênio, a Europa medieval passou por lentas mudanças econômicas e políticas que, no entanto, prepararam o caminho da modernidade.

A civilização medieval foi, em essência, a síntese de três elementos: o legado da antiguidade greco-latina, a contribuição dos povos germânicos e a religião cristã. O império bizantino e a civilização muçulmana na península ibérica constituem os limites geográficos e culturais mais claros entre os quais transcorreu essa longa fase histórica. Do ponto de vista cronológico, essas civilizações também tiveram sua Idade Média, durante a qual viveram processos de características próprias.

Em relação a vestimenta,a divisão cronológica não corresponde totalmente a divisão histórica dos períodos, definido-se a Idade Média Inicial entre 400 e 1200, a Alta Idade Média entre 1200 a 1350 (Gótico Inicial) e entre 1350 e 1450 (Gótico Tardio).

Read the rest of this entry

Guia para cuidar de carneiros e produzir lã e pele

Guia para cuidar de carneiros e produzir lã e pele

A criação de carneiros tem por objectivo a produção de novelos de lã e peles que servem de matéria-prima para todo o tipo de vestuário, além de itens para decoração e velas para barcos, além de peles que servem para fabricar vestuário, calçados e escudos.  Os carneiros são adquiridos ao Condado, através do seu campo de carneiros.

Read the rest of this entry

Rumpelstiltskin

Rumpelstiltskin

O CONTO

VERSÃO RECENTE:

Para impressionar o Rei, com o objetivo de fazer o príncipe casar com a sua filha, um moleiro bastante pobre mente e diz que ela é capaz de fiar palha e transforma-la em ouro. O Rei chama a moça, fecha-a numa torre com palha e uma roda de fiar, e exige-lhe que ela transforme a palha em ouro até de manhã, durante três noites, ou será executada. Algumas versões dizem que, se ela falhasse, seria empalada e depois cortada em pedaços como um porco, enquanto outras não são tão gráficas e dizem que a moça ficaria fechada na torre para sempre. Ela já tinha perdido toda a esperança, quando aparece um duende no quarto e transforma toda a palha em ouro em troca do seu colar; na noite seguinte, pede-lhe o seu anel. Na terceira noite, quando ela não tinha nada para lhe dar, o duende cumpre a sua função em troca do primeiro filho que a moça desse à luz.

O Rei fica tão impressionado que decide se casar com ela, mas quando nasce o primeiro filho do casal, o duende regressa para reclamar o seu pagamento: “Agora dá-me o que me prometeste”. A Rainha ficou assustada e ofereceu-lhe toda a sua riqueza, se este a deixasse ficar com a criança. O duende recusa, mas por fim aceita desistir da sua exigência, mas cria outra exigência: se a Rainha conseguisse adivinhar o seu nome em três dias. No primeiro dia, ela falhou, mas antes da segunda noite, o seu mensageiro ouve o duende a saltar à volta de uma fogueira e a cantar. Existem muitas variações da canção, mas a mais conhecida é:

Hoje eu frito, amanhã eu cozinho!
Depois de amanhã será meu o filho da rainha!
Coisa boa é ninguém saber
Que meu nome é Rumpelstiltskin!

Quando o duende foi ter com a Rainha no terceiro dia, ela revela o nome dele, Rumpelstiltskin, e ele perde o seu negócio.

Read the rest of this entry

O tecelão de sonhos

O tecelão de sonhos

“Nós somos do tecido de que são feitos os sonhos…” William Shakespeare.

“Desde 1911, quando Freud o discutiu pela primeira vez, tem havido uma mística cercando o sonho inicial que o paciente relata em análise. Freud achava que esse primeiro sonho era pouco sofisticado e pouco revelador, porque os pacientes no começo da análise são ingênuos e ainda estão desprevenidos. Numa etapa posterior da terapia, quando fica evidente que o terapeuta tem uma capacidade minimamente refinada de interpretar sonhos, o tecedor de sonhos que reside em nosso inconsciente torna-se cauteloso, entra em alerta máximo e, a partir daí, toma o cuidado de fabricar sonhos mais complexos e obscuros.

Seguindo Freud, muitas vezes imaginei o tecelão de sonhos como um homúnculo gorducho e jovial, que leva uma boa vida numa floresta de dendritos e axônios. Dorme durante o dia, mas, à noite, reclinado numa almofada de sinapses zumbidoras, tece preguiçosamente sequências de sonhos para seu anfitrião. Na noite que antecede a primeira ida à terapia, esse anfitrião adormece cheio de ideias conflitantes sobre a terapia que virá e, como de praxe, o homúnculo cuida de sua tarefa noturna, entremeando alegremente esses temores e esperanças num sonho simples e transparente. Depois, muito alarmado, o homúnculo descobre que o terapeuta interpretou habilmente seu sonho. Com graça, tira o chapéu para o adversário competente – o terapeuta que decifrou seu código onírico -, mas, desse momento em diante, toma o cuidado de enterrar cada vez mais fundo o significado do sonho num disfarce noturno.

Conto de fadas bobo. Típica antropomorfização oitocentista. O erro muito difundido de concretizar as estruturas psíquicas abstratas de Freud em elfos independentes, dotados de livre-arbítrio. Ah, se eu não acreditasse nisso!”

– Irvin D. Yalom. In: Mamãe e o sentido da vida


Fonte: https://lastjasmines.wordpress.com/