Tecendo a teia da vida e da morteMoiras irmãs, que cirzam minha sorteUrdam e tramem por minha venturaTragam-me a amada em sua tessitura.Inda que seja breve a minha vida,Mesmo sendo fugaz, seja garrida,Por ter por privilégio a companhiaDa puella que ora canto em elegia.Mas, se, reinando acima do divino,Julgando impróprio dar-me tal destino,Nem mesmo Zeus possa atender meu rogo,Clotho, fiandeira, tece uma fogueiraSorteia-me, Láquesis, medianeiraÁtropos, joga o meu destino ao fogo!
Por Oldney Lopes