Diário de viagem – Primeira parte

Diário de viagem – Primeira parte

E a viagem começa…

Montemor ,  Dia 09 de março de 1461.

montemor

Deixei Montemor acompanhando o Comandante Chefe Philippus no alvorecer do dia 09 de março. Cavalgamos bastante e fizemos poucas pausas, apenas para as refeições. Nenhum de nós levou carroça, então levávamos conosco apenas o indispensável, nossas armas, dinheiro e alguns poucos mantimentos que nossos cavalos permitiam carregar.

Inicialmente, meu cavalo Desheret parecia animado, mas na pausa para o almoço notei como ele estava cansado. Como pouco viajei com ele, a verdade é que ele não estava acostumado a longas distâncias. Mas nada como um pouco de exercício para melhorar o condicionamento físico do animal. Eu também estava desacostumada a cavalgar por muito tempo. E ao final do dia, a verdade é que começava a sentir as famosas dores de montaria. Não ia conseguir sentar direito por algum tempo. O Comandante Chefe ao contrário parecia bem disposto. Afinal, ele viajara bastante nos últimos meses, e estava habituado àquela lida.

Evidentemente eu não ia entregar os pontos, e trair o meu cansaço, e procurei demonstrar boa disposição por todo o trajeto, até mesmo buscando assuntos para nos distrair um pouco da monotonia da viagem e fazer o tempo passar mais depressa.

Contei a ele um pouco sobre a minha família e como meus pais chegaram a Montemor, vindos da Irlanda. Curioso como tenho tantos laços de cultura e amizade com Portugal, mas tão pouca ligação de sangue, uma vez que de minha família sou a única que aqui nasceu e cresceu. Todo o meu sangue é de fora, da Irlanda, mas meu coração é de Montemor e é português por acolhimento.

Agora que havia me batizado na Igreja Aristotélica, na Capela do Exército Real Português, e tinha padrinhos portugueses, estabelecia uma nova ligação com essa terra, uma ligação espiritual.

A maioria dessas reflexões eu não compartilhei com o Comandante Chefe, afinal, ele estava pensativo durante toda a viagem, e não parecia interessado nesse tipo de conversação. Provavelmente pensava em coisas mais importantes, pensava na missão e em coisas relativas ao planejamento militar. Ao menos eu supus assim. E por um bom trecho da viagem vigorou o silencio. Contudo, não era um silencio desconfortável, era um silêncio tranquilo e bom para a reflexão. Afinal, havia muito em que se pensar. Aquela não era uma viagem de passeio, era uma missão, e muitas coisas importantes estariam relacionadas a isso.

As notícias sobre a possibilidade de uma guerra já se espalhavam.

Soria – (KAP).En Castilla estamos al tanto de la invasión aragonesa, esto ha suscitado toda una sarta de dimes y diretes, verdades y mentiras que se van acomodando a la realidad de a poco.

Por una lado el ejército del Rey aragonés entró a territorio castellano ondeando bandera francesa, haciendo alarde del apoyo del Condado de Bearn. Por el otro, La Becaria de nuestra sede de la KAP de Aragón acaba de publicar una entrevista con Su Excelencia Azilize d’Herbauge quien asegura no haber autorizado invadir Castilla bajo su enseña, afirma que se disponen a pedir explicaciones y que no desea que la situación continúe.

A su vez, los invasores se proclaman defensores de la Fe Aristotélica y haber llegado a Castilla dispuestos a limpiarla de infieles. Sin embargo la jerarquía eclesiástica hispana publica un comunicado donde se niega el “pretexto esgrimido para la evangelización aristotélica del Reino de Castilla, puesto que es un reino donde se cumple el Concordato con la Santa Sede, firmado por Su Majestad Carolum I.” y que “desde la embajada episcopal también se rechaza la invasión aragonesa”

Para agregarle sal al lomo, el Chambelan de Aragón emite un comunicado donde declara en el punto 7° “Que recomienda a todos los aragoneses que estén en Castilla que hagan vida normal, pero que si quieren viajar por Castilla, pidan permiso previamente a Alcaudón, Rey de Aragón.” Pero los castellanos alegan que quien otorga los permisos de paso y estancia en Castilla es el Consejo de Castilla en ejercicio de la soberanía castellana. “Leyes antes que reyes”, decía una proclama aragonesa.

En tanto en Aranda de Duero, a la que algunos castellanos ya llaman “El Pico de las Viudas”, parece ser que se han calmado las aguas y las herederas Reales han recuperado su barco, por lo que ese frente habría dejado de ser incendiario… al menos en público, porque según cuentan en los pasillos de la Corte, las peleas por la titularidad del barco han sido motivo de comentario de todos los ujieres y guardias, por su virulencia.
Ya se sabe que donde hubo fuego…

Entre entrevistas y comunicados queda claro que ni por razones del Condado de Bearn, ni por razones religiosas dictadas por la curia hispana es que los invasores han entrado a Castilla como Pancho por su casa. Tampoco ha sido por el Decreto de cierre de fronteras, ya que el mismo fue dispuesto al conocerse la presencia del barco aragonés al norte de Burgos y su intención invasora según ha explicado el capitán de Castilla.

Pero esto no afecta solo al Reino de Castilla, ya que tres integrantes del nuevo Consejo de gobierno aragonés se encuentran en Castilla formando parte del ejército invasor, y ya se han presentado denuncia contra ellos en el Reino de Aragón por abandono de funciones.

Día tras día se cambian los motivos y los rumbos, pero la mayor parte del pueblo castellano no se confunde ni tiene dudas, la USAL ha cerrado sus puertas, las minas están a la espera y los castellanos, ciudad por ciudad, feudo por feudo, se han armado con lo que tenían y se encuentran listos a dar pelea para defender su tierra.

Nobles y sirvientes, aristotélicos, moros y paganos, codo a codo, en los batallones del Ejército Regular de Castilla, dispuestos a mezclar la sangre en el campo de batalla.

Se dice que la piel castellana, de venderla, la venderán cara.

Ferneta, para la KAP
____________________

Fuentes:

Entrevista a la Condesa de Bearn: http://www.degloriaregni.com/KAP/index.php?id_jeu=0&id_royaume=14&id_comte=57

Comunicado de la IA: http://foro.losreinos.com/viewtopic.php?t=150362&postdays=0&postorder=asc&start=180

Comunicado del Chambelan de Aragón: http://foro.losreinos.com/viewtopic.php?t=150362&postdays=0&postorder=asc&start=195

Comunicado del Capitán de Castilla: http://foro.losreinos.com/viewtopic.php?p=84628768#84628768

Entrevista a Cata46 en relación al avistaje del barco aragonés: http://www.degloriaregni.com/KAP/index.php?id_jeu=0&id_royaume=14&id_comte=57

Apesar das preocupações que esses fatos nos traziam, a viagem parecia tranquila e não tivemos grandes dificuldades em chegar a Avis na manhã seguinte. Do alto da colina se avistavam os campos e as vinhas de Avis, e o imponente castelo em meio às casinhas brancas da cidade. Essa brancura se tornava ainda mais destacada em meio aos campos verdes que a rodeavam. Era mesmo um belo espetáculo de se admirar ao alvorecer. Nesse momento, a cidade despertava, e as ruas já começavam a ser tomadas por comerciantes e artesãos, que levavam suas mercadorias para o mercado.


Comments are closed.