Súplicas às moiras

Súplicas às moiras
Tecendo a teia da vida e da morte
Moiras irmãs, que cirzam minha sorte
Urdam e tramem por minha ventura
Tragam-me a amada em sua tessitura.
Inda que seja breve a minha vida,
Mesmo sendo fugaz, seja garrida,
Por ter por privilégio a companhia
Da puella que ora canto em elegia.
Mas, se, reinando acima do divino,
Julgando impróprio dar-me tal destino,
Nem mesmo Zeus possa atender meu rogo,
Clotho, fiandeira, tece uma fogueira
Sorteia-me, Láquesis, medianeira
Átropos, joga o meu destino ao fogo!
Por Oldney Lopes

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