Tag Archives: tecelã

Mulheres-aranhas

Mulheres-aranhas

“Em várias culturas, a criadora cósmica, divindade dedicada à fiação e à tecelagem, é representada pela aranha.  Como epifania lunar, a aranha evoca, pela fragilidade de sua teia, uma realidade de aparência ilusória, enganadora. Sendo Senhora do Destino, tem função divinatória. Em algumas crenças, tem o papel de intercessora, fazendo a ligação com o plano celeste, ligando criatura e criador. Entre os navajos, a Mulher Aranha ou Mulher Mutante é a responsável pela manutenção do universo, fiando e tecendo continuamente a vida. Nessa cultura, as aranhas nunca são mortas, pois seria uma ofensa às Avós ou antepassadas.”

filtro-dos-sonhos

Existem muitas histórias relacionadas com aranhas e Mulheres-Aranhas entre as várias nações de índios americanos. Em muitas destas tradições, por exemplo, a Mulher-Aranha é um personagem fundamental e sábio, ora mensageira do Sol, ora avó do próprio Sol e organizadora da vida na Terra. Existem várias lendas relacionadas com os dream catchers. Esta é apenas uma das versões:

Uma aranha fiava sua teia próximo à cama da avó (Nokomi). Todos os dias ela observava a aranha trabalhar. Alguns dias depois, o neto entrou e, ao ver a aranha na teia, pegou uma pedra para matá-la. Mas a avó não deixou. O garoto achou estranho, mas respeitou o seu desejo. A velha mulher voltou-se para observar mais uma vez o trabalho do animal e, então, a aranha falou: Obrigada por salvar minha vida. Vou dar-lhe um presente por isso. Na próxima Lua nova vou fiar uma teia na sua janela. Quero que você observe com atenção e aprenda como tecer os fios. Porque esta teia vai servir para capturar todos os maus sonhos e as energias ruins. O pequeno furo no centro vai deixar passar os bons sonhos e fazê-los chegarem até você.

Quando a Lua chegou, a avó viu a aranha tecer sua teia mágica e, agradecida, não cabia em si de felicidade pelo maravilhoso presente: Aprenda, dizia a aranha. Finalmente, exausta, a avó dormiu. Quando os primeiros raios de sol surgiram no céu, ela acordou e viu a teia brilhando como jóia graças às gotas de orvalho capturadas nos fios. A brisa trouxe penas de pomba que também ficaram presas na teia, dançando alegremente e, por último, um corvo pousou na teia e deixou uma longa pena pendurada. Por entre as malhas da teia, o Pai Sol sorria alegremente. E a avó, feliz, ensinou todos da tribo a fazerem os filtros de sonhos. E até hoje eles vêm afastando os pesadelos de muita gente.

spider grandmother

Fonte:

Extase da Deusa: http://shaktilalla.blogspot.com.br/2011/06/medicina-da-mulher-aranha.html

 

 

Tanabata, a princesa tecelã

Tanabata, a princesa tecelã


O Tanabata é uma festa tradicional da cultura japonesa baseada em uma lenda chinesa existente há 4.000 anos adaptada pelos japoneses há mais de 1.300 anos.

O Tanabata Matsuri ou Festa das Estrelas e sua lenda têm origens em um festival chinês chamado kikkoden, que chegou ao país no período Heian (794-1185). Comemoração realizada apenas pelos nobres, que se popularizou no período Edo (1603-1867) quando Date Masamune, rei do norte do Japão no início do século XVII promoveu em Sendai, uma festa em homenagem às mulheres e crianças onde elas recebiam o deus da água na sua oficina de tear e passavam a noite tecendo. No dia seguinte, elas presenteavam o deus da água com o tecido já pronto. Estas mulheres eram denominadas tanabatatsume. Tanabata seria abreviatura de tanabatatsume, cuja tradução é tecelã. Desde então, o Tanabata é comemorado todos os anos, mas teve seu recesso durante as guerras. Após o conflito mundial foi importante comemorar a data para que novas esperanças alegrassem o povo japonês.

Segundo a mitologia japonesa, Orihime é representada pela estrela Vega, e o rapaz, a estrela Altair, do lado oposto da galáxia, que realmente só se encontram uma vez por ano.

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[RP] Ateliê A donzela tecelã

[RP] Ateliê A donzela tecelã

A Donzela Tecelã – tecendo sonhos… 
Ateliê de tecelagem e costura – Aceitamos encomendas 

“Acordava ainda no escuro, como se ouvisse o sol chegando atrás das beiradas da noite. E logo sentava-se ao tear.

Linha clara, para começar o dia. Delicado traço cor da luz, que ela ia passando entre os fios estendidos, enquanto lá fora a claridade da manhã desenhava o horizonte.

Se era forte demais o sol, e no jardim pendiam as pétalas, a moça colocava na lançadeira grossos fios cinzentos do algodão mais felpudo. Em breve, na penumbra trazida pelas nuvens, escolhia um fio de prata, que em pontos longos rebordava sobre o tecido. Leve, a chuva vinha cumprimentá-la à janela.

Mas se durante muitos dias o vento e o frio brigavam com as folhas e espantavam os pássaros, bastava a moça tecer com seus belos fios dourados, para que o sol voltasse a acalmar a natureza.

Assim, jogando a lançadeira de um lado para outro e batendo os grandes pentes do tear para frente e para trás, a moça passava os seus dias.”

O amplo galpão começa a ser tomado por mesas com peças de tecido, linhas, e pelos demais utensílios próprios do ofício.

Uma roca de fiar e um fuso são dispostos próximos a uma janela, para que a tecelã possa olhar a paisagem enquanto fia e ver o movimento na rua.

Lá fora, o espaço próprio para uma plaqueta de madeira está com o suporte vazio, o que indica que o ateliê ainda não abriu.

O tear é colocado com muito cuidado no canto oposto ao fuso. Os pentes e o urdume carentes da lã lhe dão um aspecto de ociosidade. Uma moça de vestido vermelho e cabelos presos começa a remover antigos fios do tear para que ele esteja pronto para quando o ateliê abrir suas portas.

O silêncio é quebrado pelo arrastar suave de uma vassoura, que varre os restos do que foi um armazém de cereais, alguns grãos de milho e palhas de trigo são jogadas para fora com o vai-e-vem da vassoura. Logo esse movimento será substituído pelo vai-e-vem dos teares e pelo giro sem fim do fuso da roca. E logo o silêncio cederá espaço para o canto alegre das fiandeiras.

OOC: Ainda que essa que vos escreve tenha realmente um negócio de tecelagem no jogo, esse espaço foi criado com o propósito de ser meramente um espaço de RP (Roleplay).

Claro que também divulgo meu trabalho, mas quem comparece aqui não precisa fazer encomendas “reais”. É apenas para simular compras e interagir por pura diversão.
Encomendas “reais”, no entanto, poderão ser feitas por mensagem privada caso o queiram.

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Continua aqui Ateliê A Donzela Tecelã

Festa no ateliê A donzela tecelã – 3

Festa no ateliê A donzela tecelã – 3

A DESPEDIDA

Por Lorennzzo
Já a alguns dias vinha preocupado pois recebera um convite da donzela Beatrix para a abertura de seu ateliê e ainda não havia conseguido oportunidade de comparecer.

Hoje, no entanto, aproveita que chegara de viagem e se dirige ao local para prestigiar a irmã de armas e amiga, neste momento de sua realização.

Ao aproximar-se ouve um agradável som vindo de dentro do prédio e apurando os ouvidos consegue identificar a canção que ouve. É uma tocata de Luar na Lubre. Read the rest of this entry